Mesmo após ser derrotada judicialmente e ter recebido um prazo de seis meses da Justiça para resolver a situação do lixão de Parnaíba, a atual gestão municipal agora corre para tentar recuperar o tempo perdido. Nesta semana, uma ação conjunta com forças de segurança no aterro sanitário resultou na suspensão imediata da produção de carvão, em função da intensa fumaça gerada na área.
Na tarde da última quarta-feira (09), a Prefeitura de Parnaíba realizou uma reunião no Parque José Estevão com os trabalhadores que atuam há décadas na produção de carvão no lixão. A iniciativa, segundo o poder público, visa ouvir as demandas da categoria e oferecer alternativas de acolhimento diante do encerramento das atividades na área.
Apesar da promessa de apoio feita pela gestão do prefeito Francisco Emanoel, os trabalhadores seguem desconfiados. A principal preocupação é que, com o fim imediato da atividade, as medidas emergenciais anunciadas não sejam suficientes até que uma solução definitiva seja implementada.
O problema vai além da simples retirada de resíduos ou do fim da produção de carvão. Envolve sérias implicações ambientais, sanitárias e sociais. Até o momento, no entanto, a realidade é marcada por improviso, discursos genéricos e ações pontuais, enquanto o lixo segue a céu aberto, as cooperativas permanecem inativas e famílias seguem desamparadas.
A Prefeitura afirma que trabalha em um plano de transição e acolhimento social, mas não apresentou detalhes públicos sobre prazos, investimentos ou garantias de geração de renda para os trabalhadores que atuavam no local.
A Justiça já havia determinado, anteriormente, o encerramento das atividades do lixão com base em irregularidades ambientais e violações de direitos humanos. A decisão estabeleceu um prazo de seis meses para a adequação total da gestão de resíduos sólidos no município, que inclui a ativação de um aterro sanitário regularizado e alternativas sustentáveis de manejo.
Da redação do Portal PHB em Nota