14/10/2016

Clima mais quente e umidade cairá no Piauí, prevê meteorologista da Semar


Teresina vive alguns dos piores dias do ano devido a grande quantidade de incêndios e o aumento do calor. E as coisas podem piorar, segundo a meteorologia, que prevê temperaturas ainda mais altas e sem possibilidade de chuvas, o que amenizaria as queimadas. Além disso, a baixa umidade deixa a capital em estado de atenção.

De acordo com a meteorologista da Semar- Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos-, Sônia Feitosa, os próximos quatro dias serão ainda mais quentes e a previsão é que as chuvas só cheguem mesmo em dezembro. “Infelizmente não teremos nenhuma possibilidade de chuva nos próximos quatro dias de Norte a Sul do Estado. A previsão é que de amanhã em diante a umidade caia ainda mais e temperatura fique mais elevada que a de hoje”, destacou em entrevista ao Jornal do Piauí. 

Segundo a meteorologista, as queimadas estão agravando a situação, evitando que a umidade aumente e que sejam formadas as chuvas. “As condições não prometem melhorar por conta de estarmos há quatro meses sem chuva. No mês passado no sul do estado percebemos que as maiores temperaturas e umidade estavam lá. Aconteceram poucas chuvas e minimizaram a situação”, relatou. 

A meteorologia aponta que as chuvas estáveis só devem chegar no mês de dezembro, mas até lá devem acontecer chuvas eventuais. “A sensação térmica por conta do ambiente em que estamos só aumenta. Até o mês de dezembro teremos temperaturas elevadas”, frisou. 

De acordo com o último boletim hidrometeorógico, nesta quinta-feira em Teresina a previsão é de máxima de 39° e a umidade em torno de 20%. Já a média de todo o Piauí é de 40° e umidade abaixo de 25%. 

Foto: Thiago Amaral/Cidadeverde.com
Incêndio na Cacimba Velha que iniciou na quarta-feira (12) e ainda não foi controlado 

Baixa umidade
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) para valores entre 30 e 40% a região fica em estado de observação, para valores entre 20 e 30% em estado de atenção, entre 12 e 20% em estado de alerta e de emergência para valores abaixo de 12%. 

A baixa umidade, bem como a alta umidade, geram uma série de problemas, principalmente respiratórios. Com a umidade muito baixa (menos que 30%), as alergias, sinusites, asmas e outras doenças tendem a se agravar. Já, quando a umidade relativa do ar é muito alta, podem surgir fungos, mofos, bolores e ácaros. 

Diego Iglesias
Redacao@cidadeverde.com

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