18/09/2016

Energia eólica produzida em Parnaíba já abasteceria 140 mil habitantes

Capacidade instalada atualmente no Litoral do Piauí é de 88 megawaltts. Em um dos parques, ampliação de geradores possibilitará mais 40 MW. 

Parque Eólico instalado na Praia Pedra do Sal, em Parnaíba (Foto: Gustavo Pereira/Arquivo Pessoal)

Ainda tímida, a produção de energia eólica é responsável por apenas 7% da matriz elétrica no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica. O Piauí tem ampliado a sua participação nas energias renováveis. Um exemplo disso é a cidade de Parnaíba, cuja capacidade instalada atualmente atenderia seus mais de 140 mil habitantes, a tornando autossuficiente, caso funcionasse apenas como uma rede local. A produção dos dois parques instalados no município é de 88 megawaltts.

O Parque Eólico Complexo Delta da Ômega Energia, localizado no litoral do estado, está em processo de ampliação. Com o aumento do Delta 1 e Delta 2, os parques, que hoje têm uma capacidade instalada de 70 MW, passam a produzir mais 40 MW.

Atualmente, o complexo possui 36 turbinas eólicas, sendo que cada uma possui 90 metros de altura e gera 2 MW de energia. Para a circulação dos 110 MW, serão implantados de 20 a 25 geradores, que devem entrar em operação até o segundo semestre de 2017.

O diretor de Petróleo e Gás da Secretaria de Mineração, José William explicou que a relação entre produção e consumo não é feita de forma direta, pois o que é gerado no Piauí é repassado para um sistema nacional de distribuição, ou seja, a energia é para consumo em todo o país.

“O que produzimos aqui no estado atualmente, 1.200 megawatts, seria suficiente para tornar até todo o Piauí autossuficiente se a energia fosse para uma rede local de distribuição, mas não é assim que funciona”, esclareceu.

Cidades do Piauí têm grande potencial para a produção de energia limpa (Foto: Reprodução/TV Clube)

Ainda de acordo com José Willian o grande potencial do Piauí para esse tipo de energia renovável representa uma grande contribuição do estado para melhorar a matriz energética do Brasil com a produção de energia limpa, sem poluir o meio ambiente. “Com a nossa contribuição podemos reduzir o riscos de apagões e de racionamento pois já temos uma reserva de energia”, reforçou.

Além de Parnaíba, que conta também com o Parque Eólico da Pedra do Sal, com geração de 18 megawatts, no Piauí há ainda turbinas eólicas instaladas em Marcolândia e Simões. Outras cidades como Betânia, Paulistana, Queimada Nova e Lagoa do Barro também deverão receber parques eólicos.

Quanto ao benefício para os usuário, o diretor explica que os reflexos, na conta de energia vai poder ser sentido no decorrer do tempo. “É um processo que vai acontecer naturalmente. Vamos sentir quando os aumentos sucessivos nas contas deixarem de existir, mas não temos ainda como mensurar um período”, falou.

A expectativa do governo é que a produção de energia eólica no Piauí fomente o desenvolvimento econômico de forma sustentável, além de elevar o PIB per capita, renda e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Cenário nacional
O Brasil alcançou a emblemática marca de 10 GW de capacidade eólica instalada, distribuída em 400 parques e mais de 5.200 aerogeradores. Em 2015, a energia eólica foi a fonte que mais cresceu na matriz elétrica brasileira, responsável pela participação de 39,3% na expansão, seguida pela energia hidrelétrica (35,1%) e energia termelétrica (25,6%).

De acordo com o “Boletim de Energia Eólica Brasil e Mundo – Base 2015”, divulgado pelo Ministério de Minas e Energia no mês passado, o Brasil subiu sete posições, nos últimos dois anos, ocupando hoje o oitavo lugar em geração, representando cerca de 3% de toda produção eólica mundial.

Fonte: G1 PI

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