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17/05/2018

ARTIGO: Vencer é uma decisão sua!

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Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito
O mundo é dos vencedores. Parece apenas uma frase feita, mas é uma verdade absoluta. Pessoas perdedoras não tem espaço num mundo tão competitivo. Mas, em primeiro lugar, precisamos definir quem são as pessoas vencedoras: são aquelas que nunca desistiram.

Não importa sua formação acadêmica nem mesmo a experiência profissional. Qualquer um de nós pode chegar muito longe se prestar atenção nas atitudes e características dos profissionais de sucesso. Existem muitos passos para se tornar um vencedor, seja em qualquer aspecto da vida, alguns são comuns a todos eles, como o otimismo. O oposto de um vencedor é um perdedor, ou seja, alguém que só enxerga as coisas ruins que acontecem. O otimista é aquele que aprende com tudo e com todos. Uma das coisas mais importantes que podemos e devemos aprender é a extrair as lições de nossos erros e derrotas.

Na busca pelo sucesso também é preciso ter consciência de suas qualidades e de suas fraquezas, ou seja, é preciso ter autoconhecimento. A percepção que temos de nós mesmos precisa ser honesta para que possamos melhorar a cada dia. Outro ponto a ser lembrado é que é preciso ser dedicado, incansável e eficiente. Os vencedores não contam a dedicação por horas, mas pelos resultados conquistados, independente de quantas horas foram gastas com qualquer atividade.

É preciso ser criativo. No caminho do sucesso existem muitos obstáculos e o que distingue as pessoas é a atitude delas em relação aos problemas – se você for criativo não irá se focar no problema, mas irá focar na solução.

Ter sucesso não precisa ser necessariamente algo difícil, pois antes de qualquer coisa, saber como ser um vencedor inclui ter foco e determinação para persistir na realização do seu sonho. O que acontece é que muitas pessoas estabelecem alvos bastante audaciosos na carreira, mas não lembram que seus objetivos precisam ser coerentes com suas habilidades e limitações. É preciso um plano ou uma estratégia para alcançar seus objetivos.

Os verdadeiros vencedores são pessoas que ganham e perdem sempre, pois colocam movimento na sua vida para criar e atrair oportunidades. São aquelas pessoas que vão atrás de seus sonhos, metas e objetivos pessoais, amorosos e profissionais, que buscam conquistar seus sonhos e realizar seus objetivos para serem felizes e realizadas. Quem nunca perdeu ou nunca aceitou uma derrota, nunca será um vencedor.

E se você acha que não pode ser um vencedor, pense novamente. Vencedores não nascem vencedores. Por isso, celebre as pequenas vitórias, foque naquilo que você pode fazer melhor, e, como resultado, você irá se tornar mais forte, mais sábio e extraordinário.

Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Reitor da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau – Reitor da UNAMA – Universidade da Amazônia – Reitor da UNIVERITAS – Centro Universitário Universus Veritas – Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional – janguie@sereducacional.com

10/05/2018

ARTIGO: De volta para o passado?

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Os recentes debates envolvendo a aplicação da tecnologia na educação, para que a modalidade a distância seja incentivada nos ensinos médio e superior, têm motivado uma espécie de demonização de toda proposta e até do tema. Como se fosse proibido o Brasil revisar sua legislação, antevendo o avanço das possibilidades de se educar nossos jovens e os condenando a viver no passado.

Um exercício interessante é pedir para as pessoas responderem de supetão há quantos anos Steve Jobs apresentou em São Francisco, nos EUA, o primeiro modelo de smartfone e revolucionou nossa sociedade. A resposta é surpreendente: apenas 11 anos.

Precisamos compreender a velocidade com que se desenvolve a chamada era digital e buscar formas para que ela contribua com a redução de algumas mazelas da educação brasileira. O que não podemos é ignorá-la, como se o mundo não estivesse em transformação.


Mas isso só será possível se nossas leis estiverem atualizadas e, importante, permitam que a tecnologia seja aplicada, sem jamais obrigar seu uso. Até porque é notório que nem todo aluno ou escola está apto a mudanças de forma homogênea.

O tempo se encarregará de trazer equilíbrio ao modelo educacional e indicar o caminho adequado. O MEC poderá, então, utilizar os instrumentos tradicionais ao seu alcance, como portarias e decretos, para adequar a legislação.

No ensino médio, por exemplo, que concentra 88% dos alunos na rede pública, ao invés de lamentar a eterna falta de bibliotecas, laboratórios e professores, bem como a dificuldade com o transporte, devemos refletir de que forma computadores portáteis e smartfones podem amenizar a deficiência de aprendizado que os jovens apresentam em sua formação, causada pela falta de infraestrutura.

A discussão na educação superior, com 75% dos estudantes nas instituições particulares, passa pelos mesmos questionamentos. Conselhos profissionais querem fazer crer que um aluno não pode ter parte de seu aprendizado a distância.

Tentam criar uma falsa impressão de que se incentiva a formação de um enfermeiro, por exemplo, que nunca esteve presencialmente com seus professores, sendo que isso jamais foi sequer cogitado.

A regulamentação do MEC prevê que atividades presenciais obrigatórias, definidas em diretrizes curriculares nacionais, continuem sendo realizadas. Mais uma vez, o que se propõe é o uso da tecnologia como instrumento facilitador do aprendizado.

O debate sobre a permissão ou não da inclusão da educação a distância na carga horária dos ensinos médio e superior precisa levar em conta a realidade do aluno. Se em casa ele joga, assiste os mais diversos vídeos e pesquisa em segundos sobre qualquer tema utilizando um smartfone, que atrativo ele encontrará na sala de aula com carteiras e quadro-negro?

A professora Lucia Dellagnello, doutora e mestre em educação pela Universidade de Harvard, representou recentemente a América Latina na presidência do júri que escolheu, em Paris, os melhores projetos de tecnologia na educação do Prêmio Unesco, organismo da ONU para educação e cultura.

Ela informa que as pesquisas às quais teve acesso indicam que, para a tecnologia ter um impacto positivo na educação, é importante que seja trabalhada em quatro dimensões: visão clara do objetivo, para que e como vou usar a tecnologia; competência dos professores e gestores no uso daquela tecnologia; qualidade dos conteúdos e recursos educacionais digitais desenvolvidos; e infraestrutura. Considera fundamental, também, que a política educacional seja abrangente e de longo prazo.

E cita uma realidade muito próxima da nossa, na Índia, onde é alta a evasão no que seriam os nossos fundamental 2 e ensino médio. “O jovem faz a escola primária, aprende a ler e escrever, e depois tem muita dificuldade em seguir adiante não só por problemas econômicos, mas também porque, em vilas muito pequenas e distantes dos grandes centros, não existe oferta de ensino médio. Não há quem dê aula de física e química nesses lugares, por exemplo”.

A solução, segundo Lucia, se dá por meio de videoaulas a distância, usando uma parceria com a (universidade americana) MIT no desenvolvimento de tecnologia e laboratórios virtuais. “A medida conseguiu baixar o índice de evasão de jovens oferecendo um conteúdo de muita qualidade".

No Brasil, segundo reportagem da Folha de São Paulo (Governo Temer quer liberar até 40% do ensino médio a distância – 20/03/18), em torno de 1,5 milhão de jovens de 15 a 17 anos (14,6% do total) já abandonaram os estudos.

Mesmo assim, ao invés de fazermos nosso dever de casa, vemos entidades respeitáveis e especialistas ignorarem as chances de mudar nossa realidade e pedirem ao ministro Mendonça Filho que impeçam a iniciativa do Conselho Nacional de Educação (CNE) de abrir a possibilidade da utilização da modalidade a distância no ensino médio.

Por que não enxergamos que o problema do Brasil está justamente na falta dos pontos que a professora Lucia indicou: política educacional abrangente e de longo prazo, e não no uso da tecnologia? Enquanto isso, embarcamos em um trem sem volta rumo ao passado: a proibição, restrição ou qualquer outra forma de impedir a discussão de uma solução moderna, que passa necessariamente pela adoção de modelos ligados à educação a distância.

Janguiê Diniz - Mestre e Doutor em Direito - Reitor da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau - Reitor da UNAMA - Universidade da Amazônia - Reitor da UNIVERITAS - Centro Universitário Universus Veritas - Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional - janguie@sereducacional.com

02/05/2018

Artigo: Insatisfação generalizada: até quando?

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Insatisfação é uma palavra que tem estado no vocabulário brasileiro por um tempo talvez longo demais. Escândalos de corrupção, medidas econômicas polêmicas e a escalada da violência nas cidades vêm fazendo com que muitos percam aquele “orgulho de ser brasileiro” que tanto enchia os nossos olhos. Há razões para acreditar no futuro melhor? Sempre há. Mas a realidade nos faz pensar o contrário cada vez mais.

É clara a insatisfação com a política nacional. Não escapa ninguém. Sejam da situação ou oposição, os políticos são alvos constantes de críticas – e alguns acabam pagando pelos pecados de outros. Sejamos francos: é difícil não falar mal da classe política frente a todos os escândalos que vemos diariamente nos noticiários. A impressão é que eles passam mais tempo se defendendo de acusações do que fazendo seu trabalho – aquilo para que foram eleitos, ou seja, cuidar dos interesses da população. O próprio governo de Michel Temer amarga níveis baixíssimos de popularidade e aprovação, com algumas medidas impopulares que não parecem estar produzindo os resultados esperados.


Muito se fala da falta de identidade dos partidos políticos, e até mesmo do crescente número deles – a cada momento vemos surgir uma nova sigla ou, mais recentemente, denominações com palavras. Não se sabe mais, no entanto, se os novos grupos surgem para representar demandas de partes da sociedade ou simplesmente para dar voz aos interesses dos próprios membros. Parece que a ideologia política passou a ser cada vez menos importante, o que aumenta a sensação de distanciamento entre representantes e representados.

O aumento astronômico da violência também é algo que assusta e causa indignação. Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte foram os estados que mais tem sofrido com esse fato, mas a situação é generalizada. A intervenção militar na capital fluminense, embora tenha sido autorizada com foco no combate ao tráfico organizado, tem recebido duras críticas da população local por possíveis excessos cometidos pelas tropas, principalmente nas favelas. O brutal assassinato da vereadora carioca Marielle Franco de seu motorista Anderson Gomes chocou profundamente a todos. Ela que lutava pelos direitos de todos foi claramente silenciada. As investigações prosseguem e nenhum culpado foi encontrado até agora. Um crime como esse ficar sem solução só faz crescer a descrença e revolta na população.

O princípio básico da democracia é primar pelo bem comum e pela igualdade econômica, política e social. Democracia não se sustenta sem diálogo. Assim, os anseios da população precisam ser ouvidos. As dificuldades pelas quais passamos atualmente, tanto na política, quanto no meio social não irão acabar com nosso país, mas também não podemos deixar que as forças que tentam a todo custo fazer o Brasil retroceder se fortaleçam. A mudança começa em cada um de nós, por meio da consciência e da cobrança efetiva aos que nos representam na política. Devemos exigir não apenas uma política mais justa, mas precisamos trabalhar por uma sociedade mais ética.

Janguiê Diniz - Mestre e Doutor em Direito - Reitor da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau - Reitor da UNAMA - Universidade da Amazônia - Reitor da UNIVERITAS - Centro Universitário Universus Veritas - Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional - janguie@sereducacional.com

27/04/2018

ARTIGO: O Maranhão anda nadando em dinheiro!

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Já atravessei a ponte do Jandira uma pá de vezes desde que estou no Piauí. Já me embrenhei outras tantas vezes neste pedaço de fronteira aqui entre Parnaíba no Piauí e o Maranhão, Araioses, Tutoia, Água Doce, Magalhães de Almeida, Brejo e São Bernardo, somente pra dar nome a algumas cidades. E o pouco que vi dá pra imaginar o que a gente vai encontrar mais lá pra dentro se tiver coragem de entrar. 

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Agora em fevereiro li matéria publicada em portais e blogs onde o secretário de educação da terra de Sarney, do reggae e do babaçu, se gabava de que o professor no Maranhão tem o mais alto salário do Brasil. Isso pra um estado miserável, sem indústrias ou outras atividades que gerem impostos. O governador metido a comunista Flávio Dino, aproveitando a folia do carnaval aumentou no dia 27 daquele mês o salário para R$5.750 pra um professor de 40 horas semanais. 

No caso daquele professor em início de carreira e com 20 horas semanais a baba é de R$2.875. Desde 2015, tão logo colocou os dois pés dentro do Palácio dos Leões, Dino deu aumento salarial pra categoria dos professores na base de mais de 30%. Quem disse se gabando e estufando o peito foi o secretário Felipe Camarão. Dizendo assim ninguém acredita, mas ao que parece o Maranhão anda nadando em dinheiro. 

Qualquer pessoa que não esteja com febre e ainda seja bom da cabeça percebe que alguma coisa está errada. Muita esmola pra pouco milagre, como se dizia nos bons tempos de dona Onorata, lá no bairro de Fátima. Onde é que pode uma coisa dessas? Um Maranhão pobre, atrasado, hostil, com sua gente necessitando de um tudo, mas generoso com seus políticos seculares e as suas famílias tradicionais. 

O Maranhão de famílias dessas que têm brasão na parede e tudo o mais, enriquecidas com o dinheiro público ou explorando sua população miserável e analfabeta, pagando salário de alto executivo a professor pra depois, passados dois, três meses não poder mais cumprir a folha. 

O Maranhão tem uma pobreza e um atraso que derrubam feito catapora ou caxumba, melhor dizendo, a papeira, em casa de pobre que tem muito menino. Uma pobreza e um atraso que contaminam a região fronteira com o Piauí. Porque enquanto se paga mais de cinco mil reais pra um professor de quarenta horas semanais se embrenhar no mato, os hospitais de Parnaíba vivem cheios, atulhados de gente da terra do comunista por correspondência Flávio Dino. 

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Eu tenho muitos amigos e conhecidos que vivem na chamada semana corrida ou aos finais de semana saindo de Parnaíba pra o interior do Maranhão levados por este canto de sereia chamado de melhor salário do Brasil. Não é apenas estadual. Muitas prefeituras também pagam salários a peso de ouro. É fácil imaginar a qualidade das instalações e as condições de trabalho que um professor, depois de passar em média quatro anos com a bunda sentada numa cadeira, formado em pedagogia, letras, filosofia, enfermagem, nutrição, fisioterapia e direito vai encontrar de Maranhão adentro. 

É fácil imaginar a situação de um professor em início de carreira, saído da Parnaíba, doido pra ter um carrinho ou uma motocicleta, tendo que se sujeitar a percorrer distâncias enormes pra dar aula naquele fim de mundo. Correndo feito maluco e tendo que gastar mais da metade dos cinco mil reais somente com combustível, hospedagem, roupas, calçados, alimentação entre outros, pra chegar numa sala de aula em lugares distantes, mal localizados e pouca clientela estudantil. 

Toda sorte de dificuldades. Escolas improvisadas em casas de taipa, casas cobertas com palhas de babaçu e falta de transporte de qualidade. Enquanto isso outros setores produtivos vão sendo esquecidos ou colocados de lado. Estradas, pontes, rede elétrica, abastecimento de água, hospitais, delegacias, esses equipamentos que geram a curto prazo conforto à população. E ainda há quem diga que a situação está melhorando pra justificar uma medida dessas!

Por Antonio de Padua (Padinha)

25/04/2018

ARTIGO: Somos patriotas na Copa. E depois?

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Quando a Rússia der o pontapé inicial da partida contra a Arábia Saudita, que abre a Copa do Mundo de 2018, milhões de corações por todo o mundo começarão a bater mais forte. Para nós, brasileiros, a Suíça é o primeiro adversário. Sabemos que, em tempos de Copa do Mundo, o país praticamente para. Mas quais as consequências disso?


Durante a Copa, as pessoas encarnam um sentimento ufanista e vestem as camisas de suas seleções com toda satisfação. Costuma-se dizer que o futebol é o ópio do povo brasileiro. É bem verdade que vem do esporte o sustento de inúmeras famílias, o sonho de futuro de muitas crianças e a felicidade de muitos torcedores. Durante o campeonato mundial, o sentimento de amor ao país se exacerba. Acontece que, enquanto isso, todos o resto perde importância. Aí que mora o perigo. Podemos chamar nosso patriotismo de seletivo?

Talvez esse ufanismo seja um momento de fortalecer a identidade do nosso povo. Quem não se sente mais animado com as vitórias da Seleção? Entretanto, não podemos nos distrair de outras áreas, principalmente da política. É necessário lembrar que estamos em ano de eleições para presidente, governadores, deputados e senadores. É necessário lembrar, também, que os parlamentares atualmente nos cargos podem aproveitar esse momento de “distração” nacional para realizarem manobras maliciosas, visando unicamente seus interesses pessoais.

Enquanto estivermos torcendo por Neymar e companhia, aqueles que foram eleitos para defender nossos interesses – e muitos deles sabem que não serão reeleitos – podem, na surdina, aprovar emendas, leis e projetos que são contrários aos anseios do povo brasileiro. Daí, ficam prejudicadas a saúde, a educação e os demais direitos de uma forma em geral..

Mas afinal, o que significa ser patriota? Ser patriota é vestir verde e amarelo e aprender a cantar o Hino Nacional? Ou seria se emocionar com 60 mil pessoas ecoando as rimas em estádios lotados? Ser patriota é muito mais que isso. Patriota é todo aquele que ama sua pátria e procura servi-la.

As eleições vêm em outubro, pouco após a Copa. Independente do placar dentro de campo, é nas urnas que precisamos de ótimos resultados. O Brasil clama por mudança, por novos representantes que de fato nos representem. Não adianta ganhar o Mundial se perdemos a disputa contra a corrupção, por exemplo, reelegendo os mesmos políticos profissionais já conhecidos e que tem participação em esquemas de desvios de verbas, superfaturamento de obras, recebem propinas, etc.

Peço perdão aos fanáticos pelo futebol, mas o fato é que não podemos ser patriotas apenas durante a Copa do Mundo. O patriotismo deve ser um sentimento diário de todo cidadão. A população deve acreditar nessa união e dirigi-la para buscar melhores condições de saúde, alimentação, ensino e moradia. Mas, muito mais que isso, a população precisa acreditar nesse sentimento porque apenas assim podemos construir realmente a “pátria amada, Brasil”. Vamos torcer e festejar, viver a Copa, mas sem esquecer a nossa realidade, que atualmente não está muito festiva. Cabe a nós torná-la mais alegre, e uma das armas é o voto.

Janguiê Diniz - Mestre e Doutor em Direito - Reitor da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau - Reitor da UNAMA - Universidade da Amazônia - Reitor da UNIVERITAS - Centro Universitário Universus Veritas - Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional - janguie@sereducacional.com

18/04/2018

ARTIGO: A importância da autoconfiança na carreira

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O mercado de trabalho é, cada vez mais, exigente e são inúmeras as características essenciais para quem quer ter sucesso, seja como empregado ou empreendedor. Entre essas características está a autoconfiança, que nada mais é do que ter confiança em si mesmo. Mas, ao contrário do que muitos pensam, ter esta postura não é tão simples. Mesmo quando se tem muito conhecimento sobre determinado assunto ou talento para executar certo tipo de tarefa, mas não existe confiança no próprio potencial, os resultados não vêm. 

A autoconfiança abrange muito mais que ter conhecimentos técnicos ou práticos, experiência de mercado, etc. Trata-se de acreditar no seu potencial, se achar capaz de alcançar seus objetivos, acreditar em si mesmo. É uma característica necessária em tudo o que fazemos. Pessoas autoconfiantes inspiram confiança e transmitem mais credibilidade. Acabam sendo mais influentes e poderosas.

Claro que ninguém nasce autoconfiante e essa característica pode e deve ser desenvolvida com o tempo. E por que ser autoconfiante é tão importante? Pessoas autoconfiantes não recuam diante dos obstáculos que encontram no caminho pessoal e profissional. Não desistem, mesmo quando tudo parece conspirar contra seus objetivos. Sabem que podem chegar ao sucesso melhorando suas próprias estratégias. Cultivam bom humor, que influencia no ambiente de trabalho, e procuram tentar aprender sempre mais para fazer o seu melhor.

Prezados, o sucesso acontece quando o conhecimento e/ou o talento encontram uma mente vencedora. O que eu quero dizer com isso? É bem simples: conhecimento e talento sozinhos não chegam a lugar algum. É preciso mais que isso. Para ser protagonista, é preciso querer mais. Nossa mente é o nosso melhor trunfo e é preciso usá-la ao nosso favor, saber explorar a sua infinita capacidade de aprender coisas novas e superar desafios.

A história nos traz grandes exemplos: Walt Disney foi demitido de seu trabalho em um jornal por sua falta de imaginação e boas idéias; Abraham Lincoln perdeu sete eleições antes de se tornar presidente dos Estados Unidos; Steve Jobs foi demitido da própria empresa; J.K. Rowling foi rejeitada por diversas editoras antes de conseguir publicar o primeiro livro de “Harry Potter”. O que há em comum em todos esses exemplos: eles não desistiram e acreditaram em seu potencial. Uma pessoa com autoconfiança toma para si a responsabilidade sobre seus atos e consegue reunir forças para se levantar e seguir em frente.

A importância da autoconfiança está na capacidade de um profissional se sobressair em ambientes cada vez mais competitivos e que exigem uma postura diferenciada daqueles que almejam alcançar o reconhecimento pelo seu desempenho. Por isso, reúna esforços para se informar rotineiramente sobre tudo o que diz respeito à sua área de atuação e ao meio social no qual você está inserido.

Há uma frase certa: o fracasso chega para todos. A diferença será a maneira como você irá lidar com ele. Quanto mais autoconfiante você se tornar, mais seguro você será em seu trabalho, na realização de seus sonhos e projetos. Ignore críticas destrutivas e foque apenas no seu autodesenvolvimento, dessa forma, você vai conquistar o que deseja e em pouco tempo.

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05/04/2018

ARTIGO: estratégias para crescer profissionalmente


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Todos sabemos que o conceito de sucesso é relativo e individual. Entretanto, muitas pessoas consideram sucesso como crescimento profissional. Conseguir um bom cargo, ter estabilidade e bom salário é o que a maioria dos profissionais que estão no mercado almejam. A grande questão é: em um mercado extremamente competitivo, como é possível se destacar diante de tantos profissionais?


De um modo geral, o que a maioria das empresas espera de seus funcionários é qualificação, compromisso, ética profissional e que ele seja produtivo na função determinada. Porém, e infelizmente, todas essas características não garantem um futuro promissor dentro de nenhuma empresa. Essas são exigências mínimas que qualquer profissional do mercado tem que assumir no transcorrer da vida.

Planejar sua carreira não é algo simples, que deve ser feito ainda quando jovem e depois basta apenas deixar as coisas seguirem seu caminho. Crescer, profissionalmente falando, de forma consistente e em ritmo acelerado é algo que requer planejamento, revisão e adaptação constante de atitudes. O segredo para se destacar no mercado vai muito além de inteligência e talento.

A verdade, meus caros, é que mais difícil do que chegar ao cume é permanecer por lá. O melhor caminho para se sobressair na equipe e ter sucesso na carreira é se tornar indispensável. Isso significa que se você almeja ter mais do que um simples emprego, deverá mostrar muito mais do que meras habilidades exigidas e estar disposto a fazer melhor do que os seus concorrentes fazem.

A primeira regra para quem busca o sucesso profissional é praticar o ”kaizen”, ou seja, o aprimoramento contínuo. Para crescer profissionalmente você precisa buscar conhecimento através dos estudos. É preciso fazer cursos técnicos, de extensão, ensino superior, pós-graduações. Porém, mais importante que buscar o conhecimento é colocá-los em prática. Para crescer profissionalmente você precisa sair do óbvio, da sua zona de conforto, ou seja, assumir a condição de correr riscos. Não tenha medo, calcule, planeje e encare tudo com confiança.

Nem sempre um profissional conseguirá se destacar pelo talento. Já dizia Dave Weinbaum: “Se não puder se destacar pelo talento, vença pelo esforço”. Pessoas que não se conformam com o comum, que não desistem no primeiro “não”, que vencem suas limitações, que planejam com cautela as suas atividades, que são proativas e que buscam qualificação contínua são as que se destacam.

Vivemos em um período que tudo muda muito rápido e, no setor profissional, muita coisa pode mudar em um ano. Não se acomode, queira sempre mais, tenha fome se sucesso! Trabalhe com honestidade, humildade, sinceridade, proatividade, exerça liderança e busque sempre algo positivo para você e a empresa que trabalha. Tenha em mente de que sucesso e fracasso caminharão sempre juntos, lado a lado, e a sua jornada será do tamanho da sua determinação.

Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Reitor da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau – Reitor da UNAMA – Universidade da Amazônia – Reitor da UNIVERITAS – Centro Universitário Universus Veritas – Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional – janguie@sereducacional.com

02/04/2018

ARTIGO: A importância de não desistir


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Quantas vezes você já olhou para todos os lados, analisou todos os problemas, refletiu sobre as possíveis soluções e, ainda assim, pensou em desistir? Desistir de tudo, desistir dos sonhos, desistir da vida, desistir da felicidade e tudo o mais que faz o seu sangue pulsar? Certamente muitas.


Acontece que somos testados, desafiados, confrontados a todo instante. Seja com situações inesperadas, outras um tanto previstas e até aquelas situações que parecem ser de outro planeta, mas que, ainda sim, surgem para analisar o nosso poder de insistência, a nossa força.

Viver não é uma tarefa fácil ou simples, porém é muito prazerosa. É cheia de encantos, de possibilidades e de grandes aventuras, e é justamente por isso mesmo que, quando nos deparamos com os momentos difíceis, tudo parece perder o sentido e a vontade de recuar surge querendo ganhar tamanho.

Em uma sociedade altamente conectada, ágil, cheia de afazeres e responsabilidades, é normal encarar os prognósticos do dia a dia como dilacerantes. Estão aí as contas para pagar, as questões de saúde, o comportamento dos filhos, os exemplos de violência, os conflitos internos e tantas outras coisas. Mas então vem o questionamento: quem não enfrenta esses dilemas hoje em dia? Todo mundo. Porém, a resolução está na maneira de encarar as situações e como dar a volta por cima.

Desistir, todo mundo vai querer, pelo menos uma vez na vida, mas o seu otimismo precisa ser mais forte e presente, e isso quem diz é a ciência. O nosso cérebro tem a capacidade de elaborar uma estratégia que faz com que nossos neurônios tendenciem ao otimismo, sobretudo para o futuro. Esse mecanismo se chama “viés otimista” e implica na propensão do cérebro humano em enxergar o amanhã como uma grande promessa.

Por isso é preciso compreender que o otimismo gera iniciativas e estas iniciativas farão com que a palavra desistir não ganhe força.

Janguiê Diniz - Mestre e Doutor em Direito - Reitor da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau - Reitor da UNAMA - Universidade da Amazônia - Reitor da UNIVERITAS - Centro Universitário Universus Veritas - Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional - janguie@sereducacional.com

09/03/2018

ARTIGO: Os encantos da Noruega

A Noruega é um dos dez países mais ricos do mundo
Também chamada como Terra do Sol da meia-noite, a Noruega sagrou-se campeã da Olimpíada de Inverno de 2018. Entretanto, a pequena nação nórdica é muito mais que uma potência nos esportes de inverno e tem, cada vez mais, se destacado em várias áreas e está entre os melhores países para se viver do mundo.

A Noruega é um dos dez países mais ricos do mundo, sendo um dos maiores fornecedores mundiais de petróleo com aproximadamente 50% das exportações. Porém, com uma economia bem diversificada que também inclui grandes reservas de gás natural e minerais. Suas indústrias fabricam navios, produtos alimentícios, máquinas, metais, papel e outros produtos variados. A pesca, com destaque para o bacalhau, anchova e atum, além da extração de madeira também são atividades importantes para a economia.


Os noruegueses desfrutam de uma excelente qualidade de vida. O país detém o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo: 0,938. A eficiência com que funciona o país permite ver como são revertidos os impostos arrecadados justamente para a realização de serviços públicos de qualidade. O índice de desemprego é baixíssimo. Os serviços de saneamento ambiental atendem a todas as residências; a taxa de mortalidade infantil é uma das menores do mundo: 3 óbitos a cada mil nascidos vivos.

Na área do empreendedorismo, o destaque é que, na Noruega, se valoriza muito a reinvenção de um negócio. A oportunidade de se atrever a inovar e a se transformar deriva de um elemento-chave da sociedade norueguesa: a educação. Todos os habitantes acima de 15 anos são alfabetizados e o país está entre os 20 nos quais os estudantes melhor resolvem problemas em grupo, segundo o Programa Internacional de Avaliação de Alunos, o Pisa.

Lá está, também, a prisão mais humana do mundo. Halden é considerado um modelo no sistema carcerário para o mundo todo. A aposta é na recuperação e não na punição. Nessa prisão estão os criminosos mais perigosos da Noruega e mesmo assim há a preocupação de oferecer condições dignas para todos, não há superlotação e os presos são acomodados com o suficiente conforto que dignifica qualquer ser humano.

Outro ponto que mostra, na prática, como funciona uma sociedade evoluída em questões de gênero é o fato de, ao menos 40% das vagas em empresas serem, obrigatoriamente, para mulheres. Como qualquer nação, a Noruega tem muitos problemas e defeitos, mas ela é conhecida em rodas de conversa como o socialismo real que deu certo em um país capitalista. 

São esses e tantos outros fatos que explicam por que os noruegueses são "as pessoas mais felizes do mundo", segundo o Relatório Mundial de Felicidade de 2017 da ONU, que analisou esse critério em 155 países. Um exemplo a ser conhecido, acompanhado e replicado. Será que o Brasil um dia chegará lá? Quem sabe um dia...

Os encantos da Noruega – Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Reitor da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau – Reitor da UNAMA – Universidade da Amazônia – Reitor da UNIVERITAS – Centro Universitário Universus Veritas – Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional – janguie@sereducacional.com

07/03/2018

Artigo: Brasil: entre os mais corruptos do mundo


Imagem: merecedestaque.com/Ilustrativa

O Brasil despencou 17 posições e está na 96ª posição entre os 180 países mais corruptos do mundo. O resultado foi divulgado pelo relatório Transparência Internacional e este é o pior resultado do Brasil no indicador nos últimos cinco anos. O Índice leva em consideração aspectos como propinas, desvios de recursos públicos e proteção legal a denunciantes, jornalistas e investigadores quando reportam casos de corrupção.


De acordo com o ranking, quanto melhor a posição no ranking, menos o país é considerado corrupto. A nota do Brasil caiu de 40 para 37, ficando atrás de países como Arábia Saudita, Sri Lanka, Ruanda e Burkina Faso, e está empatado com Colômbia, Indonésia, Panamá, Peru, Tailândia e Zâmbia.

O ranking é baseado na percepção da corrupção por seus cidadãos, isso significa que quanto pior está o país no ranking, maior é percepção da corrupção. O relatório alerta, ainda, para o risco que o combate à corrupção no Brasil pode estar vivendo e revela que os fatos políticos do ano de 2017 foram o estopim para a queda, visto que, para a população, aumentou a sensação de impunidade.

Desde 2014 o Índice de Percepção da Corrupção (IPC) do Brasil está em queda. Em quatro anos, a nota do nosso país caiu 6 pontos e saímos da posição 69º para 96º, além disso, nos distanciamos de outras nações em desenvolvimento, como por exemplo, o grupo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).

Teoricamente, quando um país começa a combater a corrupção, como foi o caso do Brasil, é normal acontecer um agravamento da percepção da corrupção, pois é como se a população tomasse conhecimento do problema. Entretanto, o resultado negativo deste ano pode ser um indicativo que são necessárias ações mais eficientes para o combate à corrupção.

Infelizmente, as consequências da corrupção são vistas em todos os setores do Brasil e lutar para minimizar o problema é uma necessidade. Apenas assim poderemos gerar mais segurança no mercado - resultando na recuperação econômica -, além de mais atrativos para investimentos e gerando, também, um ambiente de prosperidade e justiça social.

A ajuda no combate à corrupção deve partir de todos. A Fundação Getúlio Vargas e a Transparência Internacional prepararam o maior plano de combate à corrupção do mundo para o Brasil. São 80 propostas que vão ficar em consulta pública para receber sugestões. Estão na lista a redução drástica do foro privilegiado; tornar crime a corrupção entre empresas; melhorias no sistema de recursos judiciais, para torná-lo mais rápido, entre outros.

Entretanto, o mais importante a se saber é que nada vai mudar se a população não se unir para cobrar tais mudanças. Se o poder público não é capaz de construir um plano de combate à corrupção, a população é. O Brasil é um país rico e não podemos permitir que o desvio de recursos impeça a nossa população de ter uma qualidade de vida, com educação, saúde, lazer e transporte dignos.

Brasil: entre os mais corruptos do mundo – Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Reitor da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau – Reitor da UNAMA – Universidade da Amazônia – reitor da UNIVERITAS – Centro Universitário Universus Veritas – Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional

21/02/2018

ARTIGO: Educação e esportes como ferramentas de integração social


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O esporte não é apenas uma palavra, um substantivo comum e não se define com um único conceito. A prática esportiva no contexto atual vem ganhando diversas formas, modalidades e, principalmente, sua finalidade tem sido ampliada. Vivemos hoje em uma sociedade onde, em várias áreas, os valores éticos e morais, de tradições e conceitos foram praticamente esquecidos. Sendo assim, o grande ídolo, já não é mais um escritor famoso ou um cientista, mas sim, um jogador de futebol, um cantor ou vencedor do Big Brother Brasil.


Nos últimos anos é expressivo o aumento de projetos esportivos destinados aos jovens das classes populares, financiados ou não por instituições governamentais e privadas. A prática de esportes não é apenas um símbolo de cuidado com a saúde. Os esportes têm sido, cada vez mais, uma ferramenta de integração e inclusão social. Durante a prática esportiva, crianças e jovens aprendem muito mais que as técnicas que envolvem o esporte. Aprende-se a ter respeito pelas regras e pelos outros jogadores, agregam-se o entendimento, o convívio com o coletivo, a resoluções de conflitos, o esforço e responsabilidade.

A prática esportiva como instrumento educacional visa o desenvolvimento integral das crianças, jovens e adolescentes, capacita o sujeito a lidar com suas necessidades, desejos e expectativas, bem como, com as necessidades, expectativas e desejos dos outros. É uma forma de desenvolver as competências técnicas, sociais e comunicativas, essenciais para o seu processo de desenvolvimento individual e social.

Nesse contexto, vale ressaltar que o esporte, aliado à educação, é uma poderosa ferramenta da proteção social e resgate de crianças e jovens em situação de risco, pois, quando não estiverem na escola, estes se manterão ocupados com atividades prazerosas, diminuindo o ócio e evitando o risco de estarem nas ruas, convivendo e aprendendo “o que não devem”. O esporte, como instrumento pedagógico, precisa se integrar às finalidades gerais da educação, de desenvolvimento das individualidades, de formação para a cidadania e de orientação para a prática social.

Entretanto, é preciso entender o esporte, acima de tudo, como um instrumento pedagógico capaz de agregar valor à educação, ao desenvolvimento das individualidades, a formação pessoal para a cidadania e a orientação para a prática social. Já a educação propriamente dita, através da escrita, da leitura, da sala de aula, tem a capacidade de formar o indivíduo para participar da vida política, econômica e social das cidades, estados e do país. Precisamos entender que o papel decisivo do esporte, junto à educação, é a busca por princípios e valores sociais, morais e éticos.

Ao aliarmos esporte e educação de qualidade é possível que nossas crianças e jovens se sintam participantes da sociedade. Além de ampliar o campo experimental do indivíduo, essa junção cria obrigações, estimula a personalidade intelectual e física e oferece chances reais de integração social. Nas instituições particulares, vemos aumentar a cada dia o número de alunos nas equipes esportivas que são bolsistas. Esta é uma forma de incentivo no setor privado. Cabe, também, ao poder público investir mais nesta área, criando e ao mesmo tempo melhorando a relação existente entre esporte e educação como elementos básicos para a melhoria da qualidade de vida da sociedade como um todo.
Arrematando, friso que apenas e somente a educação básica de qualidade é capaz de garantir uma inclusão social completa e permanente. O acesso ao mercado de trabalho e as vagas de emprego bem remuneradas estão disponíveis para aqueles que buscam e possuem qualificação de mão de obra. Este é o grande desafio.

Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Reitor da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau – Reitor da UNAMA – Universidade da Amazônia – Reitor da UNIVERITAS – Centro Universitário Universus Veritas - Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional - janguie@sereducacional.com

09/02/2018

ARTIGO: Educação e a desigualdade estampada no orçamento público


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Nas últimas décadas, o Brasil praticamente conseguiu superar o desafio de colocar todas as crianças e adolescentes na escola. Hoje, são mais de 48 milhões de meninos e meninas que frequentam os bancos escolares nos três níveis que compõem a educação básica, número maior do que a população de países como Espanha, Argentina, Canadá e Austrália. Desse total, quase 40 milhões frequentam a rede pública de ensino.


Já na educação superior, são pouco mais de oito milhões os que cursam graduação, sendo menos de dois milhões os universitários que frequentam as instituições públicas e gratuitas de ensino. Entretanto, embora o contingente de alunos entre os níveis de ensino mencionados seja praticamente seis vezes menor e haja inversão na quantidade de atendidos pelas redes pública e particular, há um dado que precisa ser levado em consideração: em 2017, o governo federal destinou cerca de 58% do orçamento do Ministério da Educação (MEC) para a educação superior e 42% para a educação básica.

Esses números jogam luz sobre um debate que há algum tempo vem ganhando fôlego no país: o pagamento de mensalidades em universidades públicas por alunos que podem pagar. A questão ficou ainda mais evidente com o lançamento do relatório “Um ajuste justo – propostas para aumentar a eficiência e equidade do gasto público no Brasil”, elaborado recentemente pelo Banco Mundial. De acordo com o documento, as despesas com a educação superior no país são ineficientes e regressivas.

No entanto, há que se refletir sobre qual despesa com a educação superior realmente impacta o orçamento público. No momento em que o governo federal apresenta o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) como um dos grandes vilões e retira o caráter social do programa, é preciso avaliar se esta é, realmente, a melhor saída para o tão alardeado ajuste fiscal.

Para se ter ideia, o custo médio anual para o governo de um estudante que cursa faculdade particular e é beneficiado com o Fies ou o ProUni é de R$ 14 mil. Já o aluno que frequenta uma instituição pública de ensino superior custa R$ 41 mil. Contudo, não é novidade que, enquanto a maior parte dos favorecidos pelas instituições públicas na educação básica são pessoas das classes C e D, no ensino superior quem mais usufrui da gratuidade são representantes das classes A e B.

Portanto, se é verdade o que o país precisa reduzir o investimento na educação superior para voltar a crescer economicamente, como preconiza o Banco Mundial, a cobrança de mensalidades nas instituições públicas para quem pode pagar e a ampliação do investimento em programas que garantem o acesso à graduação em instituições particulares de ensino consistem não só em medidas de ajuste fiscal, mas em questão de justiça social. O que não pode ocorrer, em hipótese alguma, é o estudo servir como justificativa para um corte drástico no orçamento público para a área de modo a continuar privilegiando a parcela da população que se beneficia do modelo vigente há décadas.

Além disso, não podemos esquecer que o país se comprometeu a elevar a taxa bruta de matrículas na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% das pessoas com idades entre 18 a 24 anos até 2024, condição fundamental para que possa se desenvolver enquanto nação e assegurar melhores condições de vida para sua população. E esses índices não serão atingidos sem os investimentos públicos necessários.

Não são decisões simples nem fáceis, mas existem, sim, soluções capazes de garantir a manutenção de um direito humano fundamental, a educação, e, ao mesmo tempo, contribuir para o acerto das contas públicas brasileiras. Basta direcionar a energia – e o orçamento – para onde ela é mais certeira e necessária.

Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Reitor da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau - Reitor da UNAMA - Universidade da Amazônia - Reitor da UNIVERITAS - Centro Universitário Universus Veritas – Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional – janguie@sereducacional.com

02/02/2018

Artigo: A faxina geral na oficina de desmanche.

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Vai levar um tempo ainda para que o povo brasileiro veja a olhos nus o resultado desta verdadeira faxina que o judiciário anda fazendo na política e colocando na cadeia os políticos ladrões e corruptos de toda ordem. Ainda não será amanhã e assim num estalar de dedos que esta geração e a que está passando vão sentir os efeitos desta limpeza de gavetas.




Há quem ache que a Operação Lava Jato não vai dar em nada. Há quem morra acreditando que dentro de pouco tempo tudo isso será esquecido e que passado um rasgo de tempo a situação volta à normalidade com a pouca vergonha correndo solta. Essa dita normalidade compreende a volta à cena de políticos ladrões e corruptos bem mais estruturados.

Há neste momento no Brasil quem acredite que, igual como acontece em outras situações da vida nacional, esta assepsia não vai ter efeito nenhum porque os germes da ladroagem e da corrupção estão entranhados demais na sociedade, feito mucuins e carrapatos. Que mais cedo ou mais tarde a sociedade vai se cansar e rejeitar os agentes da lei cobrando uma finalidade e uma resposta.

Nós estamos confiantes que esta faxina que se anda fazendo na política, de ponta a ponta, ainda vai levar muito tempo e vai ter um fim com excelentes resultados. Até porque a geração de pretensos políticos mais novos já está aos poucos se desvinculando do velho caciquismo do mato. Existe uma geração atualmente muito mais urbana e interessada em respostas.

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Imagem ilustrativa/(Foto: Adneison Severiano/G1 AM)

Mas esta limpeza da oficina mecânica ou de costura em que virou o Brasil de uns dias pra cá vai continuar produzindo momentos de excelente debate. É bom que assim seja. Nunca neste momento se falou e se discutiu política fora do período eleitoral como agora. É um bom sinal. Sinal de que estamos os brasileiros avançando. 

O importante é que a partir de nossa cidade e do nosso estado apontemos ao poder judiciário, sem medo, aqueles indícios e casos comprovados de roubalheira, desvio de finalidade e corrupção, nas câmaras municipais e assembleias legislativas, antes tidas como irremovíveis, feito manchas de graxa em uma oficina de consertar carros. A Operação Lava Jato é um bom sinal de que existe finalmente no mercado um produto para remover sujeira.

Por Pádua Marques (Padinha)

31/01/2018

Artigo: 2018, ano de eleições

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Iniciamos 2018 e este é mais um ano de eleições no Brasil, período em que todos os governantes e candidatos querem ressaltar suas virtudes e comprometimento em prol do bem-estar e do desenvolvimento da população.


Em contrapartida, é também o ano em que os trabalhadores mais reivindicam direitos e melhorias nas condições, não apenas de trabalho, mas também de infraestrutura das cidades. Como resultado dessas movimentações, temos inúmeras obras por todos os cantos das cidades, correria para finalizar projetos em andamento além de movimentos de protestos e greves.

Quando se fala em futuro do Brasil e um hipotético marco temporal para o adeus à crise econômica e política, o mês de outubro de 2018 se torna emblemático. Será nele que elegeremos o novo presidente da república, governadores, senadores e deputados estaduais e federais. São mais de 145 milhões de brasileiros aptos a votar e repletos de perguntas que se impõem pela avassaladora crise moral e ética que paira na quase totalidade da classe política nacional, embasada em escândalos sucessivos de corrupção e uso da máquina pública para fins pessoais.

Pesquisas apontam que a população quer saber onde estão e o que acontecerá com o ProUni, o Fies, o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida, por exemplo. Será preciso que os partidos políticos reinventem discursos e práticas. Em uma cena política com 35 partidos políticos e mais 50 outros aguardando a confirmação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para participar das eleições, há um desencanto da população com as lideranças políticas e com a política em si.

Um levantamento feito pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), no início de 2018, mostra que 47% dos brasileiros esperam que o combate à corrupção esteja na lista das principais prioridades do novo presidente do país. Já 39% citaram o investimento na saúde como ação primordial e 33% o investimento na educação. Em seguida aparecem a segurança pública (32%) e a geração de empregos (29%).

A grande verdade é que nós, cidadãos, só veremos mudanças reais no país se nos envolvermos no processo político durante o ano de 2018 e subsequentes. É preciso discutir, participar, se envolver e acima de tudo cobrar para que tudo que a população anseia e que é prometido nas campanhas políticas, seja realizado. A transformação nacional é resultado do envolvimento de todos.

Em uma eleição nacional, sem o excesso de recursos que marcaram as eleições anteriores, a exploração do fato de estarmos em franca recuperação econômica deve ser uma força para ser explorada pelos candidatos.

Caro leitor, não podemos pensar que vivemos como a política do “Pão e circo”, instituída em Roma há séculos atrás e utilizada para abafar os problemas sociais que vivemos e convivemos. Para sermos um país modelo, com baixo índice de corrupção e altos níveis de serviços públicos e qualidade de vida, precisamos cuidar primeiro de nossa população e isso só virá com a participação efetiva de toda a sociedade na política.

*Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Reitor da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau – Reitor da UNAMA – Universidade da Amazônia - Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional – janguie@sereducacional.com

24/01/2018

Artigo: A corrupção no dia a dia



No Brasil, política e corrupção acabaram se tornando palavras agregadas. Passaram-se alguns anos após a instauração da operação Lava Jato e, todos os dias, ainda são inúmeras as matérias publicadas falando de desvio de verbas, superfaturamento de obras e tantos outros crimes cometidos pelos políticos, que deveriam usar o poder para ajudar a população.


A palavra corrupção deriva do latim corruptus, que, numa primeira definição, significa “quebrado em pedaços” e em um segundo sentido, “apodrecido; pútrido”. Em uma definição ampla, corrupção política significa o uso ilegal – que pode ser por parte de governantes, funcionários públicos ou privados - do poder político e financeiro de órgãos ou setores governamentais com o objetivo de transferir renda pública ou privada de maneira criminosa para determinados indivíduos ou grupos de indivíduos ligados por quaisquer laços de interesse comum – negócios, localidade de moradia, etnia, entre outros.

Infelizmente, é pesaroso afirmar que a corrupção no Brasil vai muito além de um erro cometido uma única vez. A condição da política brasileira foi e ainda é baseada na acomodação da sociedade com a situação atual, na aceitação da corrupção como normalidade, na legislação defasada e complacente com os erros. Durante anos, as constantes denúncias de desvio das verbas públicas, divulgadas pela mídia, fizeram com que a indignação dos cidadãos fosse diminuindo, e, sem ser pressionados, os réus encontram métodos para se livrar das acusações.
Felizmente, desde meados de 2015, esse comodismo da sociedade começou a mudar e os seguidos protestos de rua contra a “política da corrupção” fizeram boa parte da população pensar e passar a exigir investigações e punições mais rigorosas para os corruptos.
Se ampliarmos para um quadro mundial, o Brasil está na 79º posição do Índice de Percepção de Corrupção da ONG Transparência Internacional. Vale salientar que o país tem um índice de 40 pontos em uma escala que vai de zero - países vistos como muito corruptos - a 100 – países com poucos corruptos - em um ranking de 179 países. Ainda de acordo com o Índice, entre as principais causas da corrupção estão o uso do cargo para obtenção de vantagens, improbidade administrativa, abandono de cargo, recebimento de propina e lesão aos cofres públicos.
Os números ficam ainda mais impressionantes quando relacionamos com os dados monetários. De acordo com uma matéria publicada pela revista Isto É, em 2017, o Brasil perde cerca de R$ 200 bilhões por ano com corrupção. Somente no caso da Petrobras, os desvios de recursos de forma ilegal envolvem entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões, o que consta inclusive de um estudo da Polícia Federal.
Como vai ser possível esquecer nomes como Marcelo Odebrecht, Eduardo Cunha, Sergio Cabral,  Sérgio Vaccari... Todos passaram a fazer parte da história do Brasil como políticos e empresários corruptos que desviaram bilhões de reais dos cofres públicos. Além disso, o quadro atual mostra que muitos governantes entram na política apenas para beneficiar-se e não para trabalhar em prol da população.
É preciso que a população tenha a consciência de que a corrupção produz pobreza e impede o desenvolvimento do país. Apenas com o dinheiro encontrado no apartamento do ex-ministro Geddel Vieira Lima, R$ 51 milhões, seria possível pagar 54.429 salários mínimos, ou comprar 994 viaturas policiais ou construir 1.020 casas populares no país.
Se questionarmos o que falta para o Brasil tornar-se uma potência mundial, diríamos que a resposta está na política com moral e ética.
A corrupção no dia a dia – Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Reitor da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau – Reitor da UNAMA – Universidade da Amazônia - Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional – janguie@sereducacional.com

18/01/2018

ARTIGO: carnaval e o impulso da economia


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Todos nós conhecemos e sabemos da importância do Carnaval para a cultura nacional. Mundialmente conhecido como o país do Carnaval, o Brasil tem uma diversidade de festas e ritmos que se espalham por quase todos os estados e fazem deste um dos feriados mais impactantes, responsável por movimentar boa parte da economia em setores como turismo e negócios, influenciando positivamente no cenário econômico geral do país pelo resto do ano.




Uma pesquisa realizada no Rio de Janeiro, após o carnaval de 2017, apontou que 1,1 milhão de turistas passaram pela cidade no período de Momo. A festa movimentou cerca de R$ 3 bilhões na economia da cidade. Ainda segundo o estudo, 94% dos turistas estrangeiros disseram que voltariam à cidade, 17,4% pretendiam retornar no mesmo ano e 91,9% recomendariam a visita.

Já no Recife, outro tradicional carnaval, estima-se que durante os quatro dias de folia, 1,3 milhão de foliões foram às ruas da cidade. O número representou 96,8% de ocupação nos hotéis e pousadas da cidade, além de uma receita de R$131,4 milhões. Já em Salvador, capital baiana, foram 700 mil turistas, sendo mais de 100 mil estrangeiros. Os dados apontam que a ocupação hoteleira em Salvador chegou a 95% no período de carnaval, gerando 200 mil empregos temporários e R$308,7 milhões de receita.

Ao todo, em 2017, as atividades turísticas ligadas ao carnaval movimentaram cerca de R$ 5,8 bilhões. Vale lembrar que, para oferecer um evento grandioso, as escolas de samba de São Paulo ou do Rio de Janeiro, e os blocos de carnaval, sejam de Recife, Salvador ou de outras cidades, começam a trabalhar com meses de antecedência.

Um negócio que no fim do século passado tinha como referência apenas o Rio de Janeiro, tomou grandes proporções e hoje, o Carnaval move as economias das principais cidades brasileiras, tanto das capitais como dos municípios. Esse segmento funciona como uma grande empresa, empregando várias pessoas – da confecção da fantasia ao gerenciamento e organização da festa –, gerando lucro e renda para várias famílias.

Com uma leve recuperação na economia nacional, aliada ao crescimento das vagas de emprego e a retomada do consumo, estima-se que o carnaval de 2018 supere os números do ano passado. Salvador, por exemplo, acredita que irá atingir lotação máxima nos hotéis. Já em Recife, os 40 anos do Galo da Madrugada e os shows de artistas nacionais em polos descentralizados deverão aumentar o número de turistas e o consumo de serviços por parte deles na cidade.

O Carnaval permanece sendo um período de extrema importância, não apenas para alguns setores da economia mas, principalmente, para cidades que veem neste período boa parte de sua renda anual.

Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Reitor da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau – Reitor da UNAMA – Universidade da Amazônia – Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional – janguie@sereducacional.com

05/01/2018

ARTIGO: Os desafios para 2018

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Intensifico a minha reflexão quanto aos desafios vindouros e relembro as conquistas dos anos que se passaram. Mas, não podemos pensar exclusivamente em nossas conquistas. Precisamos refletir sobre as conquistas coletivas da sociedade brasileira, porém, continuamos com imensos desafios.

2018 chega com seu maior desafio: as eleições presidenciais após dois anos de polêmicas. É também ano de Copa do Mundo após o último fracasso, em 2014, em território nacional. Ano em que que precisaremos investir em parcerias, alianças, acordos e uniões para atingir os objetivos pessoais e profissionais.

O Brasil vive um momento de otimismo na economia. Em 2017, a ordem foi “arrumar a casa”. Nos anos anteriores, as dificuldades do cenário impuseram muitos desafios às empresas. Algumas fecharam as portas, outras precisaram enxugar custos e redefinir todas as suas estratégias. O desenvolvimento econômico brasileiro carece de mais investimento do estado. Não sou defensor do capitalismo estatal, mas, prego o investimento público na infraestrutura. Ele provoca o espírito animal do empresariado.

O investimento público deve estar acompanhado da iniciativa privada. As parcerias público-privada estão sendo constantemente implantadas por vários gestores públicos. Tais parcerias precisam continuar a existir, já que, através delas, é possível aumentar a capacidade do investimento estatal e, por consequência, dotar o Brasil de atrações para investimentos privados, inclusive estrangeiros. 
A saúde pública brasileira continua a ser um problema e um desafio. É absolutamente necessário que o tema saúde pública esteja na pauta dos debates em 2018, não apenas nas promessas políticas, mas como uma preocupação governamental. Entretanto, é preciso esquecer que o debate simplista, ou seja: mais verbas, melhor saúde. Precisamos discutir a oferta de médicos, a eficiência da gestão dos hospitais públicos e a construção de laboratórios públicos para garantir que todo brasileiro possa ter condições dignas de atendimento.

A educação é outro desafio permanente. O Brasil avançou, mas ainda ocupamos posições inferiores nos rankings educacionais. É preciso debater a federalização do ensino básico. A educação básica requer investimentos nas estruturas das escolas e dos professores. A educação superior uma avaliação de custos.

Mais um ano se passou e os desafios continuam. O ano de 2018 precisa ser de total recuperação e crescimento. Precisamos buscar soluções dos problemas apresentados, já que teremos eleição presidencial e, assim, tais temas ficam aflorados.

Por Janguiê Diniz - Mestre e Doutor em Direito - Reitor da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau - Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional - Presidente da ABMES - Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior – janguie@sereducacional.com

03/01/2018

ARTIGO: Dois animais em extinção, o moleque de recados e a fofoqueira.

Com a chegada de mais um ano a gente vai percebendo o quanto o tempo está mudando e as formas de vida se modificando. Nestes dias, antes da passagem de Ano Novo, fiquei aqui imaginando como as coisas e as pessoas estão e andam diferentes. Se da água pro vinho é difícil de classificar. Mas de uma coisa eu tenho certeza: umas morrem, outras se alteram e mais outras lá na frente se adequam ao curso do tempo.

Dois animais estão em extinção, o moleque de recados e a fofoqueira. O primeiro é coisa de meu tempo. Havia moleque pra dar todo tipo recado. De feira, pedido de namoro, correr na vizinha pedindo uma xícara de açúcar, alguém que havia chegado e por tantas outras coisas. Aquele moleque da canela e dos pés cinzentos, criado no olho da rua, de calção encardido e com catinga de sol.

Bastava colocar na mão dele uma moeda, um bombom ou outro tipo de agrado e lá ia ele cumprir o mandado. Mas naquele tempo havia menino de rua. Não menino de rua com essa nomenclatura, essa classificação de ser menino abandonado à própria sorte, sem pai e mãe pra lhe dar de vez em quando um puxão de orelhas. Hoje não. Basta ver um adulto conversando com um menino que é logo tido como assédio.

Moleques desses que jogavam bola, peteca, brincavam com carrinhos de lata, soltavam pião ou papagaio em mês de agosto pra cima. Moleque de recados conhecidos pela obediência e respeito aos mais velhos. Fossem parentes aderentes ou apenas conhecidos de passagem. Dava o recado e voltava pra sua brincadeira. Até poderia ficar ouvindo conversa de gente grande pra mais tarde sair espalhando com acréscimo. 

Outro animal que está em extinção é a fofoqueira. Dessas que ficavam o dia inteiro na calçada com a vassoura na mão ouvindo e dizendo. Falando da vida alheia, acenando pra um conhecido debochado. Chamando uma pariceira pra uma conversa de pé de muro ou de cerca. Aumentando um fuxico aqui, falando da filha da vizinha que agora andava perdida em más companhias namorando homem casado ou aquele sujeito vagabundo que nunca deu um prego numa barra de sabão!

Puxar pela memória tem é coisa. Tudo isso acabou com esse negócio de redes sociais! Se bem que eu acabei de ouvir de um amigo ilustre, o professor e confrade de academia, Antonio Gallas Pimentel, é que estes dois tipos não se extinguiram. Apenas mudaram as ferramentas de trabalho. Hoje tem esse negócio de facebook e whatsap. 

A vida da gente não tem mais um dia, um minuto de sossego. Caiu nas redes sociais, está lascado! É coisa de efeito rápido, feito coceira de cansanção de boi ou de urtiga. Gallas está coberto de razão. O moleque de recados e a fofoqueira se modernizaram. Engraçado, levou tempo, mas se modernizaram. 

Por Pádua Marques (Padinha)

26/12/2017

Educação brasileira e o contexto global: por que não avançamos?

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No momento em que o Brasil corre o risco de ver extinta sua maior política pública de acesso à educação superior da história, o Relatório de Monitoramento Global da Educação 2017/18, recém divulgado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), alerta para o quanto a transformação de uma política social em política econômica pode comprometer o progresso do país.

A agenda de desenvolvimento sustentável adotada pelas Nações Unidas, lançada em setembro de 2015 com metas a serem atingidas até 2030, inclui entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) a garantia de educação inclusiva, equitativa e de qualidade, além de promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todas e todos.

Algumas metas relacionadas a esse objetivo, o 4º em uma lista de 17, ressaltam exatamente a relevância da educação superior para que as nações consigam melhorar a vida das pessoas. A meta 4.3, por exemplo, diz que cabe aos Estados-Membros assegurarem a igualdade de acesso para todos os homens e mulheres à educação técnica, profissional e superior de qualidade, a preços acessíveis, incluindo universidade. Além disso, também está entre as metas o aumento do contingente de professores qualificados.

Ao fazer um recorte específico com relação aos ODS, os resultados apresentados no relatório da Unesco mostram que o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer. Estamos atrás de outras nações latino-americanas, como Venezuela e Belize, com relação à performance na educação profissional e técnica, além de apresentarmos um dos maiores níveis de desigualdade no acesso à educação pós-secundária quando comparados os mais ricos e os mais pobres da população.

Os dados amplamente anunciados pela Unesco não são novidade para quem acompanha o contexto educacional do país. Fundamentados em números oficiais (do Inep e do IBGE), eles apenas revelam ao planeta parte dos desafios que enfrentamos internamente para atingir nossas próprias metas, como as que estão previstas no Plano Nacional de Educação (PNE). No entanto, eles voltam a jogar luz sobre a urgente necessidade de avançarmos na esfera educacional. Ao sermos comparados com outros países do globo, nossas fraquezas ficam ainda mais evidentes.

Estamos entre as principais economias do mundo e insistimos em ocupar as posições finais nos estudos e rankings que mensuram a qualidade da educação. Nesse contexto, é preciso avaliar se o caminho que devemos trilhar rumo ao futuro que almejamos e necessitamos é o que passa, mais uma vez, pelo corte em políticas públicas essenciais para o desenvolvimento de cada indivíduo e da nação como um todo. Acredito que, juntos, podemos construir soluções mais sustentáveis e capazes de melhorar a qualidade de vida da população e elevar nosso país a outro patamar na esfera internacional.

Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Reitor da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau - Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional – janguie@sereducacional.com

14/12/2017

Estão matando gente que nem se mata cachorro no Oriente Médio.

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Dia desses, há pouco mais de um mês, um rapaz de seus dezessete anos, ladrão de pequenos objetos e guardador de carros nas horas vagas, quase, por uma peinha de nada não acaba sendo linchado no centro de Parnaíba por uma multidão de gente enfezada, feito assim do tipo, comerciantes, clientes, desocupados e a sempre pronta milícia dos mototaxistas das esquinas e da praça da Graça.

Pelo que se sabe o jovem é morador de rua, natural de Fortaleza e já tendo na ficha técnica e no curriculum vitae uma acusação de ter matado uma pessoa. Segundo testemunhas, acabara de roubar uma caixa de som numa loja. Está naquele chamado, curso de graduação, depois vem a pós e, coisa rápida, assim num esfregar de olho, algumas passagens pela Central de Flagrantes deve tentar um voo mais alto, um mestrado no mundo do crime.

O certo é que o rapaz de iniciais J.A.C apanhou mais que galinha pra largar o choco. Foi taca pra todo lado e em tudo que era parte do corpo. Cabeça, tronco, membros, os inferiores e os superiores, entre as pernas, no solado dos pés. Pelo que fiquei sabendo uma milícia de mototaxistas foi a que bateu mais e só não matou porque a uma altura daquelas alguém havia chamado a polícia. Essa, chegando tratou apenas de apreender o rapaz.

Mas pelo que se soube deixou sem qualquer punição as pessoas que por pouco não cometeram um homicídio. Sem querer ser advogado de defesa de um marginal, fico aqui pensando a quantas anda a falta de segurança em todo o Brasil e na Parnaíba a ponto de mais de trinta pessoas pegarem um aprendiz de ladrão, desarmado, magro, faminto, usuário de drogas e, baterem na base do chute, golpes de pau e murros. Mais um pouco e era capaz de terem capado ele.

Baterem nele mais que cozinheira bate em bife. E este não foi o primeiro e certamente não será o último caso de tentativa de linchamento de pessoas cometendo crimes aqui em Parnaíba. E a gente que era acostumado a ver apenas nos filmes policiais ou nos noticiários da televisão, agora nem precisa mais esperar por Hollywood. Todo dia os portais e a televisão mostram. Desde as seis da manhã até às seis da tarde na televisão.

A violência está solta. Roubo e furto de celular a toda e qualquer hora do dia e da noite. Aliás, ladrão, de terceira linha não e nem procura mais dinheiro entre as vítimas. Procura o celular. Virou a primeira moeda, aquela de maior poder de troca no mundo da criminalidade. E por causa de celular estão matando gente aqui que nem cachorro nesses países muçulmanos. 

Deus mesmo é que há de livrar os cachorros daqui caírem na besteira de pender praquele lado. Diabo é quem quer ser cachorro naquele fim de mundo. Por uma besteira de nada a pessoa pode perder a vida. Ninguém tem mais segurança nem sentado na calçada pra falar mal de quem passa. Ninguém se admira mais de ver gente morta, assassinada, ensanguentada, desfigurada. E a gente da minha geração achando que a Segunda Guerra havia terminado...



Por Pádua Marques
Jornalista e Escritor
 

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