Falta de neurologistas em Parnaíba agrava situação de pacientes e gera longa espera por atendimento

CES - Foto de arquivo

O Bom Dia Piauí, da TV Clube, exibiu nesta segunda-feira (1º/12) uma reportagem realizada no CES de Parnaíba que evidenciou a grave carência de neurologistas na rede pública do município. A falta de profissionais tem comprometido o atendimento e provocado longas filas de espera para pacientes que necessitam de avaliação especializada.

Um dos casos mostrados é o de Jorge, pedreiro de 30 anos, que há pelo menos dois meses não consegue mais trabalhar após descobrir um nódulo próximo à coluna. Com fortes dores e dificuldade de locomoção, ele passou a depender de cadeira de rodas e da ajuda de amigos para alimentação e compra de remédios.

Mesmo com exames que comprovam a gravidade do quadro, Jorge relatou que teve consulta negada na Atenção Básica, sendo informado que a espera poderia variar de três meses a um ano. A esposa dele ainda ouviu orientação para buscar atendimento particular, opção inviável para a família devido ao custo de aproximadamente R$ 600.

A reportagem explicou que a fila da regulação funciona de forma dinâmica: casos mais graves, como pacientes com câncer, têm prioridade, o que aumenta o tempo de espera dos demais. A Secretaria de Saúde de Parnaíba reconheceu o problema e afirmou que a situação é consequência direta da escassez de médicos neurologistas disponível para atuar no município.

Após insistência, a família conseguiu uma consulta para o dia 4 de dezembro, quando Jorge deverá ser avaliado e encaminhado para fisioterapia, já que o caso é considerado grave e não há indicação de cirurgia no momento.

O secretário municipal de Saúde, Thiago Judá, informou ao Bom Dia Piauí que o município conta atualmente com apenas três neurologistas. Entre fevereiro e novembro deste ano, foram realizados 1.145 atendimentos em neurologia adulto, além da implantação da neuropediatria a partir de julho. Ele destacou que a baixa oferta de profissionais dificulta novas contratações.

Enquanto isso, moradores seguem enfrentando atrasos e incertezas na busca por atendimento especializado, o que agrava o sofrimento de quem luta contra doenças que exigem acompanhamento imediato.

Da redação do Portal PHB em Nota