A Câmara Municipal de Parnaíba publicou, no final da tarde desta segunda-feira (17), um pronunciamento oficial em vídeo no perfil da instituição no Instagram, onde o presidente da Casa, vereador Daniel Jackson, esclarece que não existe até o momento nenhum protocolo de denúncia ou pedido de cassação contra o prefeito Francisco Emanuel.
Daniel Jackson afirmou que, se qualquer eleitor formalizar uma denúncia, conforme prevê o artigo 5º do Decreto-Lei nº 201/1967, a Câmara tem obrigação legal e institucional de dar andamento ao processo, seguindo o Regimento Interno e a Lei Orgânica do Município.
Câmara tem autonomia e não pode sofrer interferência externa
O presidente reforçou que o Poder Legislativo possui autonomia garantida pela Constituição Federal, pelas leis municipais e pela norma federal que rege infrações político-administrativas de prefeitos.
Ele destacou que nenhuma força externa pode interferir ou determinar como o processo deve seguir, caso uma denúncia seja protocolada.
Como funciona o rito, caso a denúncia seja apresentada
Se um cidadão protocolar o pedido, o procedimento obrigatório será:
- Recebimento formal do documento pela Câmara
- Leitura em sessão ordinária ou extraordinária
- Votação de admissibilidade pelo plenário
- Se aceita, ocorre:
- Sorteio de uma comissão processante entre os vereadores
- Notificação do prefeito
- Garantia de defesa e contraditório
- Fase de instrução, depoimentos e coleta de provas
- Elaboração de relatório final
- Julgamento público em plenário, conforme determina a lei
Daniel Jackson frisou que receber a denúncia não significa condenar, mas cumprir a obrigação legal de analisar com justiça, transparência e técnica.
Não dar andamento ao processo seria crime de omissão
O presidente declarou que não há escolha pessoal da presidência em seguir ou não o rito. Tentar impedir, ignorar ou engavetar uma denúncia seria violação legal e omissão no exercício da função pública.
Compromisso com a legalidade e com a população
O vereador afirmou que, se a denúncia chegar, o processo será conduzido com responsabilidade institucional, imparcialidade e transparência, assegurando os direitos do denunciante e do prefeito.
“A Câmara não age por conveniência política nem por pressão externa. Age porque a lei manda.” — reforçou Daniel Jackson.
O esclarecimento foi divulgado após rumores nas redes sociais sobre uma possível cassação do prefeito.
Até o momento, não existe pedido protocolado na Câmara, mas, caso ocorra, o Legislativo afirma que cumprirá a lei na íntegra.
Da redação do Portal PHB em Nota