Foto: Arquivo Pessoal
O pai do jovem Bruno Stanley de Carvalho Viana, de 25 anos, que morreu no último sábado (16) na praia de Maramar, no município de Luís Correia, relatou em entrevista ao Cidadeverde.com que o sentimento da família é de chateação e revolta com o ocorrido.
De acordo com Elton Viana, no local não havia nenhum socorrista do Corpo de Bombeiros e as equipes demoraram cerca de uma hora e meia para chegar após serem notificadas do desaparecimento do jovem.
“O Corpo de Bombeiros chegou quase uma hora e meia depois, não tinha prancha, equipamentos. E a gente fica chateado porque uma praia não ter salva-vidas e é algo que é para ter em cada praia”, desabafou Elton Viana.
Ainda segundo o pai, Bruno Stanley estava banhando na praia com a sobrinha dele de 13 anos e sua mãe quando a maré subiu de repente e após uma onda, o jovem empurrou a sobrinha para salvá-la, mas ele foi levado e desapareceu no local.
O fato aconteceu por volta das 12h do sábado e o corpo foi encontrado por um pescador durante a noite, por volta das 21h. Elton Viana acrescentou ainda que ele foi quem levou o filho para o IML.
“Ele estava banhando com a sobrinha dele, minha esposa, a maré subiu do nada ele empurrou a sobrinha e a onda veio e levou ele. Pessoas vieram me ajudar a procurar ele e um pescador o encontrou por volta das 21h e me chamou. Eu peguei ele, levei para o hospital de Parnaíba, mas estava lotado e me mandaram ir para o IML, eu que levei no meu carro para o IML” conta o pai.
Procurado pelo Cidadeverde.com, o tenente-coronel José Veloso, relações públicas do Corpo de Bombeiros, informou que a Praia de Maramar não é um local com recorrências de acidentes e por isso não havia a presença de bombeiros na praia.
“O Corpo de Bombeiros faz as prevenções no nosso litoral conforme as características geológicas do local, riscos de acidente e Maramar não é uma praia que tem históricos de acidentes fatais e por conta dessa condição é feita a distribuição considerando os locais que apresentam mais acidentes e não foi mandado equipamentos por conta do tempo de resposta”, explica o tenente-coronel José Veloso.
Ainda de acordo com o relações públicas, os fatos que provocaram o acidente serão analisados para a avaliação da distribuição dos bombeiros nas praias do litoral.
“Os fatos que envolveram esse acidente vão ser analisados para a gente avaliar a ação dos bombeiros, no caso, ter uma equipe fazendo a proteção ao local porque a gente tem que otimizar os bombeiros nos locais que oferecem mais riscos”, acrescenta.
Confira nota na íntegra:
O Corpo de Bombeiros Militar, ao tempo que lamenta, se solidariza com a família enlutada pelo acidente fatal que vítimou o Sr. Bruno Stanley Carvalho Viana, vem a público esclarecer que durante o final de semana foram realizadas prevenções aquáticas nos pontos de concentração de banhistas que oferecem maior risco de acidentes por conta de profundidade e violência das águas.
A praia de Maramar, em Luis Correia, é de relevo suave e não tem histórico de acidentes, motivos pelos quais não foi colocada equipe de prevenção aquática.
Será feita apuração dos fatos relacionados ao acidente para implementação de ações no sentido de melhorar cada vez mais a qualidade dos serviços prestados a sociedade piauiense.
“Ele amava fazer a obra de Deus”
Elton Viana contou ainda que o filho estava terminando o curso de Engenharia Civil na Universidade Federal do Piauí. O jovem era evangélico e também tocava instrumentos musicais.
“Ele gostava e amava fazer a obra de Deus, era a vida que ele vivia. Ele gostava de tocar o teclado dele, a guitarra dele e amava está no altar do senhor”, complementou o pai.
Nas redes sociais, amigos e familiares prestaram homenagens a Bruno Stanley.
O jovem foi velado em uma igreja evangélica na zona Sul de Teresina e sepultado no final da tarde deste domingo, no cemitério Jardim da Ressureição, zona Sudeste da capital.
Rebeca Lima
redacao@cidadeverde.com
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