28/05/2019

Dia estadual do combate ao feminicídio: Piauí registra 12 casos este ano

Municípios contam com redes de atendimento no combate ao crime de violência contra a mulher.

PITV1 faz giro pelo Piauí para saber como está a rede de combate ao feminicídio

No dia estadual de combate ao feminicídio, comemorado nesta segunda-feira (27), o Piauí já registrou 12 casos somente este ano. O estado possui redes de atendimento especializado que atuam diretamente em defesa das mulheres, mas alguns municípios o serviço ainda é precário.

Em Parnaíba, Litoral do Piauí, as vítimas contam com o serviço do Grupamento de Atendimento Especializado à Criança, ao Idoso e à Mulher (Gaecim), desde 2015. O grupo atua no combate a violência a esses grupos, que podem solicitar pelo número 190.

“As nossas ações são voltadas as medidas preventivas, contamos com 100 medidas protetivas para atendimento, somos em quatro equipes de policiais, cada uma com média de 25 medidas protetivas para fazer as visitas e verificar como está o andamento delas”, destacou o tenente Henry Jony.

Na cidade de Floriano, Sul do Piauí, o apoio as vítimas é realizado através da Defensoria Pública, que oferece serviço jurídico de forma gratuita. O defensor público Marcos Martins ressaltou que o ideal é a vítima ao procurar o órgão já esteja com o boletim de ocorrência em mãos e que o órgão trabalha como distribuidor das demandas.

“Já ocorrido um fato, caracterizado pelo código penal, as vítimas são encaminhadas a nossa equipe de assistência social para elas tenham um indicativo de algum benefício social ou acompanhamento psicológico também. Na sequência, elas recebem atendimento jurídico, onde é elaborado a medida protetiva de urgência, especialmente pedindo afastamento do agressor do lar, alimento para mulher e os filhos, bloqueio de conta bancária, ação de divórcio ou união estável”, explicou o defensor público Marcos Martins.

O município de Picos registrou um caso de feminicídio no início do mês de março. A cidada conta com a Delegacia Especializada da Mulher, além de uma Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher.

O coordenadora de Políticas Públicas para as Mulheres, Maria Alves, destacou que ainda é necessário fortalecer o atendimento as vítimas. “O atendimento ainda é precário, seria melhor se a coordenadoria contasse com uma equipe multidisciplinar para auxiliar no acompanhamento as vítimas. Nossa luta é para que seja criando um plantão de gênero para realizar o trabalho sem interrupção as finais de semana, por exemplo”, comentou.

Em Teresina, a diretora de Gestão Interna da Secretária de Segurança Pública, delegada Anamelka Cadena, ressaltou que a capital já conta com muitas políticas de apoio as vítimas, como por exemplo o plantão de gênero, que é um das solicitações da cidade Picos, mas ainda é possível melhorar em alguns pontos. Este mês foi aprovada uma lei que permite que qualquer autoridade aplique e fiscalize uma medida protetiva, que auxiliará no combate a violência contra a mulher em situação de risco.

"Precisamos reforçar a conscientização para o engajamento social no enfrentamento e a questão do atendimento, que inclusive já foi muito bem contemplada com essa nova lei, onde 130 cidades contarão com a possibilidade da aplicação da medida protetiva pela Polícia Militar”, explicou.

Fonte: G1 PI

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