03/06/2018

Pesquisa desenvolvida no Piauí utiliza insetos na alimentação animal e humana

Estudo desenvolvido pela Embrapa substitui ração tradicional por larvas, grilos e baratas. Cardápio também pode ser adaptado para consumo humano.


Imagem capturada do vídeo

Estudantes das universidades públicas de Parnaíba, Litoral do Piauí, tiveram uma experiência bastante diferente essa semana. Eles experimentaram um cardápio com grilos, larvas e baratas, que fazem parte da primeira etapa do estudo desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).


Inicialmente a pesquisa fez comparativos entre as farinhas de peixe e de soja, utilizadas na ração animal, e a farinha produzida através de insetos. Os primeiros resultados agradaram e os pesquisadores confirmam a possibilidade de incluir na alimentação humana.

Pesquisa da Embrapa de Parnaíba utiliza insetos na alimentação humana

"A gente viu que podemos substituir as farinhas de peixe e de soja por este outro ingrediente proteíco, que seria a farinha de insetos. Testamos a farinha de grilos, tenebra e mosca soldado negra, que foram cultivados em laboratório, e a partir daí vimos que os animais tiveram um desempenho melhor ou igual as rações que já são usadas no mercado normalmente", explicou Janaina Kimpara, pesquisadora da Embrapa.

Em médio ou logo prazo, o preço da nova ração poderia ser reduzido e isso refletir no valor pago pelo consumidor. A curto prazo, o pequeno produtor pode fazer a sua própria produção de insetos, isto já reduziria custos e estaria contribuindo com o meio ambiente.

O estudante Moisés Araújo não imaginava que os insetos tinham mais proteínas a cada 100 gramas, do que o boi, frango ou porco, por exemplo. Desde que soube da novidade, ele tenta implantar o cardápio em casa.

"Quando eu ouvia falar em produção de insetos, achava que era apenas para consumo animal. A partir dessa descoberta fiquei sabendo que tinha também criação para consumo humano. Já experimentei a tenebra, uma larva comedora de trigo, e ela tem um sabor diferenciado", comentou.

Segundo o professor Rafael Gurgel, da Universidade Federal do Ceará, para que os insetos cheguem ao estágio de alimentação humana e animal é necessário um rígido controle de produção. "Os insetos que basicamente consumimos hoje são coletados em ambientes naturais, saudáveis ou produzidos em cativeiros. Geralmente a composição dos insetos traz o sabor de amendoim, castanha, amêndoa ou pipoca, basicamente são crocantes", acrescentou.

Fonte: G1/Por Clube Rural

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