26/01/2018

Juíza marca audiência de capitão da PM acusado de matar namorada no Piauí

Oito testemunhas de acusação serão ouvidas na audiência que acontece em fevereiro. Alisson Wattson continua preso em presídio militar.

Camilla desapareceu após sair com o namorado, segundo a polícia (Foto: Reprodução/Facebook)

A juíza Maria Zilnar Coutinho Leal marcou nesta sexta-feira (26) a audiência de instrução do capitão da Polícia Militar do Piauí, Alisson Wattson da Silva Nascimento pelo homicídio da estudante Camila Abreu para o dia 23 de fevereiro. Em dezembro a juíza recebeu a denúncia contra o policial militar em que o Ministério Público do Piauí (MP-PI) pediu o indiciamento do acusado por feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual.


De acordo com o promotor João Mendes Benigno Filho o capitão da PM vai continuar preso no presídio militar até a realização da audiência. “Foi marcada para o dia 23 de fevereiro e mantida a prisão dele. Ele continua preso no presídio militar até a polícia se manifestar”, comentou Benigno Filho. A audiência de instrução é o primeiro passo para a definição se Alisson Wattson será ou não julgado pelo júri popular.

“Se tiver alguma diligência, algum trâmite, alguma perícia a ser feita pode ser requerida depois. Se não vai ser apresentar as alegações finais, ou seja o relato de tudo que foi feito no processo. Em seguida é esperar a pronúncia e ir para o Tribunal do Júri”, explicou o promotor. Na mesma decisão a juíza indeferiu as 20 testemunhas da defesa por terem sido apresentadas fora do prazo estipulado pelo Código de Processo Penal (CPP). Da parte da acusação serão ouvidas oito testemunhas.

Na denúncia apresentada pelo Ministério Público do Piauí o promotor Benigno Filho apontou três crimes: feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual. O feminicídio é uma qualificadora do homicídio, incluída no código penal em 2015, que leva em conta as condições em que a morte aconteceu. O crime é classficado como feminicídio quando ocorre pela condição do sexo feminino, havendo violência doméstica ou familiar ou ainda menosprezo ou discriminação à condição da mulher.

Morta com disparo de arma de fogo
O crime aconteceu na madrugada do dia 26 de outubro, quando Camilla foi vista pela última vez. Inicialmente, a família acreditou que a estudante estivesse desaparecida. No entanto, após investigações, a polícia informou que a jovem foi assassinada e iniciou as buscas pelo corpo.

O corpo da vítima foi encontrado no povoado Mucuim, na BR-343, no dia 31 de outubro. A prisão do acusado ocorreu no mesmo dia. De acordo com a Delegacia de Homicídios, o laudo do exame cadavérico da estudante aponta que ela foi morta com um disparo de arma de fogo na cabeça e que o tiro não foi acidental.

A prisão temporária do capitão Allison Wattson foi convertida em preventiva no dia 27 de novembro. Atualmente, ele está no presidio militar e também responde a processo administrativo movido pela Polícia Militar para avaliar a conduta do acusado e decidir sobre a expulsão dele da corporação.

Fonte: G1 PI

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