
João Vitor Almeida Pereira, conhecido como Vitor Mídia, gravou vídeos para suas redes sociais nesta sexta-feira (21), em resposta à investigação da Polícia Civil do Piauí que mira influenciadores digitais por promoção de rifas e apostas ilegais. No material publicado, ele afirma manter “serenidade” e garante que tudo será esclarecido.
“Estou tranquilo”, disse Vitor. Ele agradeceu aos seguidores que confiam no trabalho do canal e destacou o respeito que recebeu durante a ação policial. O influenciador afirmou que a operação se deve a “falta de informação” e garantiu sua colaboração para o esclarecimento total dos fatos.
Em relação à arma encontrada em sua casa, Vitor afirmou que ela está registrada em seu nome e armazenada corretamente. Ele enfatizou que não houve apreensão: “A arma tá aqui na minha casa, guardada, como ela devidamente tem que ser guardada.”
Quanto às rifas que promovia — mencionadas na investigação —, ele disse que ninguém será prejudicado: “Se a gente não puder trabalhar por um tempo, vocês vão ser reembolsados”, afirmou, e expressou otimismo de que “tudo vai ser resolvido quanto antes” para que voltem à rotina normal.
O que a Polícia investiga
A operação que envolve Vitor Mídia é chamada de Operação Laverna. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), a fase 2 da investigação tem como alvo ele e outros influenciadores suspeitos de promover rifas irregulares e apostas clandestinas via redes sociais.
Conforme apurado pela polícia, Vitor teria movimentado mais de R$ 1,17 milhão, principalmente por meio de microcréditos entre R$ 0,02 e R$ 20, vindos de mais de 3 mil pessoas – padrão típico, segundo a investigação, de rifas clandestinas.
A polícia acredita que os valores recolhidos não foram repassados de forma legítima, já que as rifas foram apresentadas como “beneficentes”, mas sem comprovação de destinação.
Entre os crimes apurados estão estelionato, indução de consumidor ao erro, exploração de loteria não autorizada e lavagem de dinheiro.
Defesa de Vitor
Em nota divulgada por seu escritório de advocacia, Vitor esclarece que suas ações são legais e estão “em total conformidade com a lei” e que seus sorteios têm autorização da empresa titular das rifas, bem como auditoria e repasses corretos de impostos. Segundo a nota, ele reforça a lisura dos sorteios, desde a emissão do bilhete até a entrega do prêmio.
Além disso, a defesa garante que todos os pagamentos de prêmios foram feitos e que não houve favorecimento indevido ou uso indevido de dinheiro dos participantes — sustentando que não há ilegalidade na forma como conduz suas rifas.
Próximos passos
A investigação segue em andamento. A Polícia Civil já cumpriu mandados de busca e outras medidas cautelares na chamada Operação Laverna. A expectativa é que o desfecho traga mais clareza sobre a origem dos valores e se houve ou não gasto indevido.
Vitor Mídia afirma que está disposto a colaborar totalmente com as autoridades para esclarecer os apontamentos feitos contra ele.
Da redação do Portal PHB em Nota