A Câmara Municipal de Parnaíba realizou, nessa terça-feira (16), uma audiência pública para discutir os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário prestados pela Águas do Piauí, empresa administrada pela Aegea. A concessionária assumiu a operação da antiga Agespisa em todo o estado e apresentou um panorama sobre investimentos já feitos e os que ainda estão previstos.
O encontro foi marcado por questionamentos dos vereadores, que tiveram cinco minutos cada para expor dúvidas e cobrar soluções para os problemas relatados pela população, como o atendimento lento, reajuste tarifário e a falta d’água em bairros e comunidades rurais.
Um dos pontos levantados foi a demora no atendimento presencial no escritório de Parnaíba. O diretor-presidente da Águas do Piauí, Guilherme Dias, explicou que a população pode recorrer ao call center e ao WhatsApp para registrar demandas.
“Nós temos três atendentes na loja, mas reforçamos que o 0800-223-2000 é um canal que resolve as mesmas solicitações, seja falta d’água ou vazamentos. O sistema gera um número de protocolo, que organiza as ordens de serviço e agiliza a chegada das equipes ao local”, disse Dias.
Segundo ele, o uso desse canal também permite que os pedidos sejam fiscalizados pela agência reguladora, já que cada protocolo fica registrado com data e horário.
Sobre o aumento na conta de água após a mudança de gestão, o diretor-presidente esclareceu que houve atualização com base no IPCA.
“Pode ser chamado de aumento, mas foi uma atualização prevista em contrato. O percentual foi de 6,1% em relação ao valor anterior”, explicou.
Os vereadores também cobraram soluções para a falta de água em regiões críticas, como a comunidade Olho d’Água e na região do Quilômetro 16, na zona rural de Parnaíba.
De acordo com Guilherme Dias, a situação dessas áreas ainda depende de definições contratuais, já que nem todas estão sob responsabilidade da concessionária.
“Hoje, áreas rurais como Olho d’Água continuam sob gestão do município. Nós só podemos assumir após avaliação e autorização da agência reguladora”, destacou.
Sobre o Quilômetro 16, ele informou que a empresa aguarda autorização do DNIT para concluir uma obra de interligação que deve aumentar a pressão da rede.
“A expectativa é que, com essa intervenção, o problema seja resolvido. Enquanto isso, a companhia prioriza o envio de caminhões-pipa para escolas e unidades de saúde”, acrescentou.
Outro ponto discutido foi o planejamento da companhia para os próximos anos. Dias lembrou que o contrato prevê até um ano para apresentação do plano de investimentos.
“As metas estão em análise e o plano será entregue ao poder concedente e à agência reguladora. Ele vai orientar os próximos 35 anos de contrato, com revisões a cada cinco anos. Enquanto isso, já estamos antecipando algumas obras para reduzir os problemas mais urgentes, como a falta d’água em bairros de Parnaíba”, afirmou o diretor-presidente.
Fonte: Portal Costa Norte
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