Jovem morto em baile de reggae simulou ação policial para cometer homicídio em 2023, diz delegado

Na ocasião, Pedro Gustavo Pereira matou um desafeto identificado como Josué

Jovem morto em baile de reggae simulou ação policial para cometer homicídio em 2023 | Foto: Reprodução

Pedro Gustavo Pereira, de 20 anos, que morreu na madrugada de domingo (17) após ser baleado durante um baile de reggae, em Teresina, já tinha passagens pela polícia.

Segundo o delegado Bruno Ursulino, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Pedro participou de um homicídio com outros quatro jovens na região de Monte Horebe em 2023, quando tinha 17 anos, e mantinha envolvimento com grupos criminosos.

“O Pedro teve envolvimento em uma morte que aconteceu na região de Monte Horebe. Passou os dias, ficou respondendo posteriormente, mas infelizmente não se desvinculou desse grupo criminoso”, afirmou o delegado Bruno. Na ocasião, Pedro chegou a se vestir com roupa preta, tentando simular uma ação policial durante o crime. No dia do ataque, ele foi baleado no joelho, mas sobreviveu. O alvo, um homem identificado como Josué, morreu.

Segundo o delegado, a motivação do ataque no baile de reggae parece estar relacionada à atuação de facções criminosas e a rivalidades entre grupos. “A gente acredita que tem envolvimento de facções criminosas. Até porque todas as vítimas já foram presas aqui pelo departamento de homicídio. Pelo menos três têm envolvimento em homicídios que ocorreram aqui na capital. E chegaram a ser presas na época e, posteriormente, respondem a esse processo em liberdade.”

Na madrugada de domingo, Pedro estava acompanhado de três amigos quando foram surpreendidos por homens armados ao saírem do baile de reggae. “Todos estavam juntos à noite, participando desse baile de reggae. E na saída desse baile, eles foram surpreendidos por indivíduos que efetuaram diversos disparos. Para nós, fica claro que eles queriam atirar, atingir todos. Não tinha um foco específico no Pedro, tanto que todos foram atingidos”, explicou o delegado.

Ele também detalhou a complexidade da investigação e pediu a colaboração dos envolvidos. “Queremos que eles, enquanto vítimas nesse momento, participem do procedimento das oitivas e que falem o que aconteceu. A gente sabe que vai encontrar resistência, porque a dificuldade que eles têm de vir até aqui é grande, mas vamos tentar superar. Chamaremos também os parentes para colaborar com as informações.”

Outras vítimas e contexto do crime

As outras três pessoas atingidas pelos disparos foram identificadas como:

H. D. dos S. R. — baleado na perna esquerda e no braço esquerdo.

W. V. A. — baleado na perna direita.

H. V. de S. A. — baleado na perna direita.

Pedro usava tornozeleira eletrônica e, mesmo socorrido à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Renascença, não resistiu aos ferimentos.

Fonte: Portal Meio Norte