03/06/2025

Artista plástico Francisco Galeno morre aos 69 anos em Parnaíba, Litoral do Piauí

Natural da cidade de Parnaíba, ele é reconhecido no cenário artístico brasileiro por obras de cores vibrantes e formas geométricas variadas. Entre as produções, está o painel da Igrejinha Nossa Senhora de Fátima, em Brasília.

Artista plástico Francisco Galeno morre aos 69 anos no litoral do Piauí — Foto: Reprodução

O artista plástico Francisco Galeno foi encontrado morto, na tarde desta segunda-feira (2), na casa onde morava, próximo ao complexo Porto das Barcas, na cidade de Parnaíba, no litoral do Piauí. Ele tinha 69 anos. A causa da morte não foi confirmada.

Francisco de Fátima Galeno Carvalho, natural da cidade de Parnaíba, é reconhecido no cenário artístico brasileiro por obras de cores vibrantes e formas geométricas variadas, que exaltam, com uma estética modernista, festas populares e elementos culturais tradicionais.

Entre as obras, está o painel da Igrejinha Nossa Senhora de Fátima, localizada na Asa Sul, em Brasília, no Distrito Federal. Projetada por Oscar Niemeyer e com azulejos de Athos Bulcão, é considerada o primeiro templo religioso construído na nova capital e foi inaugurada em 1958. Francisco Galeno foi chamado para recriar o altar em 2009, depois que pinturas interiores originais de Alfredo Volpi foram destruídas por fiéis.

Interior da Igrejinha de Fátima, em Brasília, com pintura de Francisco Galeno — Foto: Wikimedia Commons

O piauiense mantém um atelier na cidade natal e em Brazlândia, no Distrito Federal, onde também morou por muitos anos.

A polícia foi acionada e deve abrir um inquérito para investigar a causa da morte.

Conexão com a arte

Galeno cresceu cercado de artesãos. Filho de um pescador que fabricava canoas e de uma mãe costureira, ele passou a pintar e frequentar exposições em galerias de arte na capital Teresina ainda na juventude.

Em 1965, o artista mudou-se com a família para o Distrito Federal.

“Percebi que para encontrar um caminho próprio eu teria que olhar para dentro de mim e recuperar a minha infância às margens do Rio Parnaíba. Então, comecei a trabalhar com os carretéis que a minha mãe usava, com os anzóis do meu pai, com os carrinhos de lata de sardinha que a gente fazia”, declarou em biografia.

Fonte: G1/PI

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 

COOKIES