Operação Laje: suspeitos de ameaçar polícia em mensagens são presos em Teresina: 'aqui a polícia não entra'

09/05/2023

Operação Laje: suspeitos de ameaçar polícia em mensagens são presos em Teresina: 'aqui a polícia não entra'

O grupo ocupava um prédio abandonado como esconderijo e para o tráfico de drogas. Do alto de uma laje, eles tinha visão privilegiada da região, o que deu origem ao nome da operação.

Suspeitos durante a Operação Laje na Zona Sul de Teresina — Foto: Divulgação/SSP-PI

A Polícia Civil do Piauí deflagrou nesta terça-feira (9) a Operação Laje contra suspeitos de integrar uma facção criminosa. Segundo a polícia, os criminosos divulgavam mensagens online fazendo ameaças veladas: "aqui a polícia não entra". O grupo ocupava um prédio abandonado no bairro Alto da Ressurreição, Zona Sudeste de Teresina, para cometer crimes.

A ação está sendo realizada pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) contra um grupo suspeito de ocupar o prédio para cometer crimes. Eles usavam o local como esconderijo e para o tráfico de drogas.

Segundo o delegado Charles Pessoa, coordenador do Draco, o grupo havia divulgado mensagens nas redes sociais após realização de operações contra outros grupos criminosos.

Operação Laje prende no Piauí suspeitos de integrar facções criminosas — Foto: Ravi Marques/TV Clube

"Eles faziam espécies de ameaças, dizendo que a polícia não estava em alguns lugares. Depois de outras ações da polícia, eles diziam: 'aqui na laje a polícia não entra'. Aqui [a operação] é uma clara demonstração de que não há lugar onde as forças policiais não possam entrar", declarou.

Segundo o delegado, o grupo chegou a mobiliar parte dos cômodos e parte dos integrantes ficava no alto de uma laje, com vista privilegiada da região, conseguindo certo controle no cometimento de crimes, além de facilidade para fuga. A situação deu origem ao nome da operação.

Operação Laje: suspeitos de ameaçar polícia em mensagens são presos em Teresina: 'aqui a polícia não entra' — Foto: Divulgação/PCPI

Ao todo, conforme a polícia, foram expedidos 30 mandados judiciais de busca e apreensão contra os investigados.

Ainda não há informações sobre quantas pessoas já foram presas, mas pelo menos oito foram conduzidos pela polícia, entre homens e mulheres. Foram apreendidas ainda armas, drogas e dinheiro. Mais de 120 policiais participam da ação.