04/08/2022

Empresário, advogado e idoso suspeitos de matar adolescentes passam por audiência nesta quinta (4), no Piauí

Luian Ribeiro de Oliveira, de 16 anos, e Anael Natan Colins, 17, foram encontrados mortos em Teresina, em novembro de 2021.

Luian Ribeiro de Oliveira, de 16 anos, e Anael Natan Colins, de 17 anos — Foto: Reprodução/WhatsApp

O Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) realiza, nesta quinta-feira (4), a audiência de instrução e julgamento dos suspeitos de envolvimento na morte de Luian Ribeiro de Oliveira, de 16 anos, e Anael Natan Colins, 17, em Teresina.

Durante a sessão, que iniciou por volta das 9h, são ouvidas testemunhas de acusação e defesa, além de advogados e réus, para que o juiz possa definir se o caso será ou não julgado pelo Tribunal Popular do Júri, que julga crimes contra a vida. Ao todo, são 15 testemunhas. Destas, seis estão previstas para esta quinta (4). As restantes devem ser ouvidas na sexta-feira (5).

Entre os réus, estão o empresário João Paulo Carvalho, o tio dele, o servidor público Francisco das Chagas Sousa, e o primo, o advogado Guilherme de Carvalho.

Os dois primos Guilherme de Carvalho e João Paulo de Carvalho Gonçalves Rodrigues, de 35 anos, estão presos suspeitos do crime desde o dia 8 de fevereiro deste ano. O pai de Guilherme, Francisco das Chagas de Carvalho, de 70 anos, também foi preso, mas teve a prisão domiciliar concedida por ser hipertenso e portador de arritmia ventricular.

Os três podem responder pelos crimes de: duplo homicídio triplamente qualificado (emprego de meio cruel, tortura e impossibilidade de defesa das vítimas), cárcere privado, ocultação de cadáver e fraude processual.

A audiência acontece na 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina, no Fórum Cível e Criminal Desembargador Joaquim de Souza Neto, localizado no Centro da capital.

Relembre o caso
Luian Ribeiro de Oliveira, de 16 anos, e Anael Natan Colins, de 17 anos, foram encontrados mortos em 15 de novembro de 2021, na zona rural Leste de Teresina, após ficarem dois dias desaparecidos. Os dois eram amigos de infância e moravam na região do bairro Planalto Uruguai, na Zona Leste da capital.

Segundo o coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o Barêtta, os adolescentes estavam juntos no dia 12 de novembro de 2021 e invadiram o sítio do servidor público Francisco das Chagas Sousa, de 70 anos, para entrar em uma festa que acontecia no terreno ao lado, um sítio localizado na BR-343, no bairro Gurupi, na saída Leste de Teresina.

Após serem flagrados pelo proprietário, os jovens foram dominados por ele e pelo filho, o advogado Guilherme Carvalho, que chamaram, em seguida, o sobrinho de Francisco, o empresário João Paulo Carvalho, 35 anos.

Depois, conforme a polícia, Luian e Anael foram levados até o local onde foram mortos, no povoado Anajás, às margens da PI-112, Zona Rural Leste da capital, a 20 km de distância de onde foram pegos. A polícia não informou se eles foram torturados no local, mas foram encontrados com os braços quebrados.

Adolescentes Luian Ribeiro de Oliveira, de 16 anos, e Anael Natan Colin, 17, foram assassinados em Teresina — Foto: Reprodução/Fantástico

Segundo o delegado Luís Guilherme, o advogado Guilherme de Carvalho foi o autor dos dois tiros que mataram os jovens. A arma usada seria do empresário João Paulo Carvalho. Na caminhonete do empresário, segundo a polícia, foram encontradas marcas de sangue.

Já o servidor público Francisco das Chagas, segundo a Polícia Civil, teria participado das agressões que os adolescentes sofreram antes de serem executados, ainda na casa onde foram dominados.

Empresário foi liberado e deixou DHPP horas após prisão — Foto: Lívia Ferreira/g1

No dia 25 de janeiro, o empresário João Paulo de Carvalho Gonçalves Rodrigues chegou a ser preso suspeito de participação no crime. No entanto, foi liberado cerca de seis horas depois.

No dia 26 de janeiro, o delegado geral da Polícia Civil do Piauí, Lucy Keiko, informou que havia cinco pessoas suspeitas de envolvimento nos assassinatos dos adolescentes. Na ocasião, o servidor público estadual, tinha confessado o crime e assumido a responsabilidade sozinho.

Fonte: Portal G1 PI

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