23/11/2018

Diretor-Geral da Evangelina Rosa joga a culpa do caos em várias secretarias de Estado

Situação piorou depois que a Secretaria de Administração cancelou delegação para que a maternidade pudesse licitar, diz diretor

DESCASO PÚBLICO: o desabafo de quem vê e sente a realidade por que passa a Maternidade Dona Evangelina Rosa 

O SANGUE ESTARIA NAS MÃOS DE MUITOS
Diretor-geral da combalida maternidade Dona Evangelina Rosa - que exala cheiro de morte -, o senhor Francisco de Macêdo Neto informou ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) que um dos principais entraves para não obter em tempo hábil, medicamentos, material hospitalar, e alimentação, como carne, “é a morosidade nos processos licitatórios que dificultam o regular abastecimento”.

Pior. Segundo ele, o “agravamento da situação se deu com o cancelamento por parte da Secretaria de Administração e Previdência da delegação para que a Maternidade Dona Evangelina Rosa pudesse licitar”. E, como a Secretaria de Saúde é lenta, a situação é a que se desenha.

É o que consta de documentos de posse do Blog Bastidores encaminhados ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) em face de defesa em processo que imputa ao diretor-geral a total responsabilidade pelo descalabro existente na instituição de saúde.

Então responsável pela pasta da Administração, eleito deputado estadual. Gestor centralizou, praticamente, todos os processos licitatórios

ESTADO SEM EFICIÊNCIA E PLANEJAMENTO

Na peça encaminhada à Corte de Contas, o diretor-geral da maternidade informa ainda que em reunião com membros das Secretarias de Planejamento, de Saúde, e de Administração foi informado a situação preocupante porque passava a maternidade.

“Fora informado na reunião a iminente possibilidade de desabastecimento em razão da finalização de estoques de materiais médico-hospitalares, causados pela dificuldade em reposição, e do aumento do consumo desses insumos, devido à abertura de novos espaços de assistência, incluindo 10 leitos de UTI neonatal”, acresce, através do seu advogado, na peça em questão. O documento é datado de 17 de julho deste ano.

“Ressalta-se que foram criados e/ou ampliados no âmbito da MDER, diversos serviços que ainda não foram habilitados, a exemplo da casa de gestante, Bebê e Puérpera (20 leitos), Unidade de Terapia Intensiva Adulto (06 leitos), e Rede de Atenção Psicossocial (06 leitos), cuja liberação para efetuar cobrança via Sistema Único de Saúde, depende da publicação em Diário Oficial pelo Ministério da Saúde”, repassou à época.


Atual secretário de Administração, Ricardo Pontes. Diretor-geral da Evangelina Rosa sustenta que pasta ajudou no caos atual 

“EU SOU UMA DAS MÃE QUE NÃO SAIU COM MEU BEBÊ NOS BRAÇOS”


Uma mãe chegou a desabafar: “Pois é, eu fui uma delas que não conseguiu sair com meu filho nos braços. Meu bebê (es)tava entre essas 29 crianças mortas”.

O comentário da mãe foi precedido por outro, não menos chocante: “Triste realidade. Um local que deveria ser para trazer alegria a uma família, agora é local de extrema tristeza pois nem todas as mães conseguem sair com seus filhos com vida! Muito triste a realidade dessa maternidade”.


Florentino Neto (primeiro plano), atual secretário de Saúde. Pasta não consegue realizar as licitações em tempo hábil para fornecimento de alimentação, medicamentos e materiais hospitalares, diz diretor-geral da maternidade

Fonte: 180Graus/Por Rômulo Rocha – Do Blog Bastidores

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