23/10/2018

Vítima investiga assalto por conta própria por falta de combustível em delegacia do Piauí

A Secretaria de Segurança Pública informou que ainda vai se pronunciar sobre o caso.

Sede da Polícia Interestadual (Polinter), em Teresina. — Foto: Lorena Linhares/G1

Uma vítima de assalto, que preferiu não se identificar, informou ao G1 que está fazendo a investigação do crime por conta própria devido à falta de combustível na Polinter. O delegado titular, Luciano Alcântara, confirmou o desabastecimento nesta terça-feira (23). No dia 11 deste mês, o mesmo problema aconteceu no IML de Teresina, que demorou 12 horas para recolher um corpo.

De acordo com a vítima, ele mesmo está buscando câmeras de segurança, a pedido dos policiais. Sua casa foi invadida durante a madrugada, quando os bandidos arrombaram o portão externo e depois quebraram a porta de vidro que dá acesso à sala.

Bandidos quebraram a porta de entrada e invadira a casa da vítima. — Foto: Lorena Linhares/G1

“Lá eles acharam dois notebooks, caixas de som e as chaves do carro e da moto e levaram tudo. Como meu quarto fica no fundo da casa, eu não escutei nada”, disse.

Ele relatou a decepção ao procurar a polícia para denunciar o crime. “Quando cheguei na delegacia, me informaram que não tinha como irem atrás porque não tinha combustível na viatura. Eu mesmo que estou indo atrás de tudo. Câmera de segurança, alguma pista com vizinhos”, contou.

Objeto usado para arrombar o portão foi deixado no local. — Foto: Lorena Linhares/G1

Prejuízos
O delegado Luciano Alcântara lamentou a situação e confirmou o problema. “Há algum tempo vem tendo esse desabastecimento, mas parar totalmente aconteceu ontem [22] à tarde. Estamos com todas as equipes paradas na delegacia porque não temos como ir”, informou.

Segundo ele, pelo menos três flagrantes deixaram de ser atendidos por conta do problema esta semana. Luciano explicou que a Polícia Militar está dando apoio, mas que algumas investigações ficam prejudicadas.

Delegado Luciano Alcântara. — Foto: Catarina Costa / G1 PI

“A Polícia Civil atende depois que o crime aconteceu, mas não tem como negar que há prejuízos, podemos perder alguma prova. Levantamentos, oitivas, intimações e outros procedimentos nós não estamos fazendo”, relatou.

A Secretaria de Segurança Pública foi procurada e informou que ainda vai se pronunciar sobre o caso.

Fonte: G1 PI

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