26/01/2018

Juiz concede liberdade a cabo da PM acusado de fraude em morte de menina

Decisão judicial afirma que cabo Venício Alves responde pelo crime de fraude processual, que não impõe prisão preventiva. Acusado de atirar contra Emilly Caetano, de 9 anos, continua preso.

Carro onde estava a família foi alvejado várias vezes por soldado da PM. (Foto: Piauí TV 1º Edição)

O cabo Francisco Venício Alves, um dos dois policiais militares que estavam na ocorrência que culminou na morte da menina Emilly Caetano, de 9 anos, teve sua soltura expedida pela Justiça. O cabo estava preso no Presídio Militar em Teresina, e recebeu o relaxamento de prisão após ter sido indiciado pelo crime de fraude processual.


A decisão do juiz Antônio Reis Nollêto explica que o cabo foi preso em flagrante pelo crime de lesão corporal grave e teve sua prisão prevendiva decretada no dia 27 de dezembro. Entretanto, após a conclusão do inquérito policial o cabo Venício foi denunciado pela conduta de fraude processual, que não impõe a prisão preventiva. O Ministério Público havia dado parecer favorável à soltura do policial militar.

Em decisão, juiz ordena o relaxamento da prisão do cabo Venício Alves. (Foto: Reprodução)

O cabo é suspeito de ter guardado estojos de balas disparadas na ocorrência em que a menina Emilly, de 9 anos, foi morta com dois tiros na noite de 25 de dezembro de 2017. O soldado Aldo Luis Dornel, suspeito de ter efetuado os disparos, está preso na Casa de Detenção Provisória, na cidade de Altos.

Abordagem mal feita
A menina Emilly Caeteano da Costa foi atingida por dois tiros no dia 25 de Dezembro, na Zona Leste de Teresina. A criança chegou a ser socorrida e encaminhada para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas não resistiu e veio a óbito. A mãe de Emilly, Daiane Caetano, foi atingida com um tiro no braço. O pai de Emilly, o músico Evandro Costa perdeu a audição e ficou com uma bala alojada.

Um soldado e um cabo da Polícia Militar foram presos e alegaram que o pai da menina, que dirigia o carro que foi alvejado, desobedeceu a ordem de parar. A investigação apurou que apenas o soldado atirou contra o carro da família. Ele não passou no exame psicológico e estava na Polícia Militar mesmo sem uma liminar que o amparasse, segundo a Associação dos Magistrados Piauienses (AMAPI).

Fonte: G1 PI

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