Decisão judicial afirma que cabo Venício Alves responde pelo crime de fraude processual, que não impõe prisão preventiva. Acusado de atirar contra Emilly Caetano, de 9 anos, continua preso.
Carro onde estava a família foi alvejado várias vezes por soldado da PM. (Foto: Piauí TV 1º Edição)
O cabo Francisco Venício Alves, um dos dois policiais militares que estavam na ocorrência que culminou na morte da menina Emilly Caetano, de 9 anos, teve sua soltura expedida pela Justiça. O cabo estava preso no Presídio Militar em Teresina, e recebeu o relaxamento de prisão após ter sido indiciado pelo crime de fraude processual.
A decisão do juiz Antônio Reis Nollêto explica que o cabo foi preso em flagrante pelo crime de lesão corporal grave e teve sua prisão prevendiva decretada no dia 27 de dezembro. Entretanto, após a conclusão do inquérito policial o cabo Venício foi denunciado pela conduta de fraude processual, que não impõe a prisão preventiva. O Ministério Público havia dado parecer favorável à soltura do policial militar.
Em decisão, juiz ordena o relaxamento da prisão do cabo Venício Alves. (Foto: Reprodução)
O cabo é suspeito de ter guardado estojos de balas disparadas na ocorrência em que a menina Emilly, de 9 anos, foi morta com dois tiros na noite de 25 de dezembro de 2017. O soldado Aldo Luis Dornel, suspeito de ter efetuado os disparos, está preso na Casa de Detenção Provisória, na cidade de Altos.
Abordagem mal feita
A menina Emilly Caeteano da Costa foi atingida por dois tiros no dia 25 de Dezembro, na Zona Leste de Teresina. A criança chegou a ser socorrida e encaminhada para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas não resistiu e veio a óbito. A mãe de Emilly, Daiane Caetano, foi atingida com um tiro no braço. O pai de Emilly, o músico Evandro Costa perdeu a audição e ficou com uma bala alojada.
Um soldado e um cabo da Polícia Militar foram presos e alegaram que o pai da menina, que dirigia o carro que foi alvejado, desobedeceu a ordem de parar. A investigação apurou que apenas o soldado atirou contra o carro da família. Ele não passou no exame psicológico e estava na Polícia Militar mesmo sem uma liminar que o amparasse, segundo a Associação dos Magistrados Piauienses (AMAPI).
Fonte: G1 PI