09/01/2018

Associação pede para que investigação da morte de menina fique com PM-PI

A morte da menina estava sendo investigada nas Polícias Civil e Militar, mas no momento vale o inquérito produzido pela Polícia Civil.

Amepi protocola documento alegando ser competência da PM investigar crimes de militares

A Associação dos Oficiais Militares do Estado do Piauí (Amepi) protocolou nesta terça-feira (9) um documento no Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) e na seccional piauiense da Ordem Nacional dos Advogados do Brasil (OAB-PI) para tratar dos procedimentos de investigação da abordagem que terminou na morte da menina Emilly Caetano da Costa. A menina morreu após ser atingida por tiros efetuados em uma ação de policiais militares.


No pedido, uma norma técnica, a associação quer que a Polícia Militar do Piauí (PM-PI) e não a Polícia Civil faça a investigação a respeito dos tiros disparados pelo soldado Aldo Dornel contra o carro em que estava a família de Emilly Caetano. Na última segunda-feira (8) o comandante da Polícia Militar do Piauí, coronel Carlos Augusto, tornou sem efeito a portaria que direcionava a investigação para a Polícia Militar.

“É uma atribuição da Polícia Judiciária Militar e é uma prerrogativa dos oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Prerrogativa e atribuição não se abdica ou se delega”, disse o presidente da Amepi, tenente coronel Carlos Pinho. O oficial comentou que a abordagem do soldado Aldo Barbosa Dornel e cabo Francisco Venício Alves foi tecnicamente correta.

“No tocante àquela abordagem tecnicamente ocorreu obedecendo aos padrões normativos da instituição. A decisão de atirar e as consequências desse ato de atirar é que são questionáveis e causaram efeitos que não se deseja”, afirmou Carlos Pinho.

O presidente da Amepi disse ainda que faltam condições de trabalho dentro da corporação e que acabariam empurrando o policial militar para uma situação de estresse e desequilíbrio. “Isso é uma decisão que decorre da fragilidade do sistema, que é conferido aos policiais militares em termos de treinamento, de estrutura para o trabalho, que muitas vezes joga o policial militar para essas precipitações”, pontuou o tenente coronel.

Câmeras mostram abordagem que terminou em morte de Emile Caetano

Morte com dois tiros
A menina Emilly Caeteano da Costa foi atingida por dois tiros no dia 25 de Dezembro, na Zona Leste de Teresina. A criança hegou a ser socorrida e encaminhada para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas não resistiu e veio a óbito. A mãe de Emilly, Daiane Caetano, foi atingida com um tiro no braço. O pai de Emilly, Evandro Costa perdeu a audição e está com uma bala alojada.

Os policiais militares que participaram da ocorrência, soldado Aldo Barbosa Dornel e cabo Francisco Venício Alves, foram autuados pela Corregedoria da Polícia Militar, e estão presos no Presídio Militar. Após um impasse na invetigação, já que no dia que o crime aconteceu a Polícia Militar baixou uma portaria informando que crimes praticados por militares deveria ser investigado pela polícia judiciária militar, a Polícia Civil ficou responsável pela investigação.

Entre os possíveis crimes imputados aos soldados estão homicídio e fraude processual.

Fonte: G1/Por: PITV 1ª Edição

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