15/05/2016

“Novo Cangaço” ameaça voltar a assaltar Banco do Brasil de Curimatá e matar policiais do Piauí


Clima é de guerra: Dos 14 envolvidos na quadrilha, seis foram presos e cinco morreram em troca de tiros com a Polícia


Secretário de Segurança Fábio Abreu acompanha a operação policial (Foto: Reprodução)

O clima de guerra envolvendo uma quadrilha que auto intitula-se como “novo cangaço” e a Polícia do Piauí tem aumentado e chegado aos olhos e ouvidos de toda a população. 

Circulam desde a sexta-feira passada (13/05), em vários grupos de Whatsapp, principalmente de policiais, áudios que seriam de um policial e um dos membros da quadrilha trocando insultos, palavrões e ameaças. 

Desde o último dia 5 de maio, quando um bando composto por cerca de 14 homens tentou assaltar a agência do Banco do Brasil da cidade de Curimatá, a cerca de 750km da capital Teresina, extremo sul do estado, a Polícia montou uma operação que reuniu PMs do Piauí, de Pernambuco e da Bahia. 

A ação dos bandidos foi frustrada, mesmo eles tendo utilizado uma espécie de ‘escudo humano’, colocando populares do município à frente da sede da agência bancaria. Duas pessoas saíram feridas, mas passam bem. A Polícia estava reforçada e já acompanhava os passos da quadrilha e então cercou por uma mata fechada. 

Dos 14 envolvidos na quadrilha, seis foram presos e cinco morreram em troca de tiros com a Polícia. Na manhã da sexta-feira passada foi morto o líder do bando, Denilton Araquan. Ele era um dos acusados de vários assaltos na região mais procurados daquele trecho. “Ele estava cercado por policiais militares do Piauí, Bahia e Pernambuco na na zona rural de Morro Cabeça no Tempo. Pelo menos outros três acusados seguem foragidos, mas em cerco montado na mata pelas forças de segurança”, informou nota enviada pela assessoria de comunicação da secretaria estadual de Segurança Pública. 

Denilton é natural da Bahia e suspeito de matar um policial militar no seu estado. Com o suspeito morto foram apreendidas metralhadoras e um fuzil M-15. Até agora foram mortos em confrontos com a Polícia os seguintes suspeitos de fazerem parte do tal bando “novo cangaço”: Edenilton do Nascimento, o “Patrão Denilton Araquan” (líder do bando, Bahia), Anaxandro Pereira Matias (Bahia), Edvan José dos Santos, o “Van Van Araquan” (Bahia), Everton Diego Moreira “o Tom, Cego, Ceguinho” e Cícero Augusto Freire Rodrigues (Pernambuco).


Esse era o cartaz de procura-se do líder do bando (Foto: Divulgação)

A partir daí surgiu um vídeo do que seria a mãe de um dos acusados de fazer parte da quadrilha apelando para as Polícias do Piauí, de Pernambuco e da Bahia não mate mais os filhos “Cícero e Henrique”. “Eu sei que vocês têm filhos… Eu quero que ele vá preso, que cumpra pelo que ele fez. Ele vai pagar pelo que ele errou. Mas eu sou uma mãe aflita. Não mata meu menino. Pelo amor de Deus”, implora a mãe. 

Assista o vídeo:



A partir do vídeo surgiu o áudio do policial, identificado como Cabo Sousa, que disse que a mãe dos bandidos deveria ter pensando nisso na “criação” dada a eles. “Na hora de matar polícia e estuprar ninguém pensou nisso. Solta é foguete. Isso aí não me comove não”, diz o policial no áudio. Confira:



No que um dos bandidos, que não se identifica, responde ao policial e à toda a Polícia do Piauí. Ele ameaça voltar para roubar o Banco do Brasil de Curimatá e ameaça matar qualquer policial só para dar o recado. Ele diz que assim como a Polícia sai para trabalhar, eles também saem. “Como uma bala entra ‘em nós’, entra neles também. A juventude do Novo Cangaço vai voltar e vai cobrar, nós vamos roubar esse banco de novo, vamos roubar esse banco e vamos fazer latrocínio. Agora, ‘o polícia’ que estiver de plantão vai pagar por essa covardia aí. Porque vocês são treinados é para prender, não é para matar, não. E nós somos é programados para matar. Nós não temos medo desse negócio de ‘audiozinho’ falando da mãe dos outros não”. Ouça:



Por telefone a reportagem do O Olho ouviu o secretário estadual de Segurança Fábio Abreu na manhã deste domingo (15/05). Ele comentou sobre os áudios e disse que é preciso ter cautela para a veracidade deles e também a maneira como se espalham vias redes sociais. “Não dá para acreditar em muita coisa disso tudo. Primeiro porque usam isso aí para assustar a população, no sentido de apavorar. E o povo já anda assustado com tudo isso que tem acontecido, aí vem um áudio como esse, que ninguém sabe de onde vem e como tudo começou. Até vimos o vídeo da mãe pedindo, o áudio de um suposto policial. O procedimento que adotamos é apurar. Até porque estamos bem próximos de prender todos daquele bando. A última informação é a de que eles foram vistos e cercados em um matagal. Só restam três”, informou Fábio Abreu.

Fonte: O Olho

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