Encontro discutiu a possibilidade de colaboração do aplicativo com a polícia. Para o juiz Moura, reunião mostrou 'um aceno de boa vontade' entre as partes.
O juiz da Central de Inquéritos de Teresina, Luiz de Moura Correia,
responsável pelo pedido de suspensão do aplicativo de mensagens
instantâneas WhatsApp em todo o Brasil, recebeu nesta quinta-feira (12),
representantes do Facebook, empresa detentora do aplicativo, e da
Polícia Civil do Piauí. Segundo o Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), o
encontro foi para tratar sobre o caso de suspenção do aplicativo que
veio à tona depois da decisão polêmica realizada pelo magistrado ainda
no final do mês de fevereiro.
De acordo com o TJ, o juiz serviu de interlocutor para um primeiro encontro entre as partes desde o pedido da Justiça Estadual. No encontro que aconteceu na manhã desta quinta (12), o delegado do Departamento de Inteligência da Polícia Civil, Daniel Pires, e o advogado do WhatsApp João Azeredo, discutiram os pontos de vista legal e logístico a possibilidade de cooperação entre as partes.
Para o juiz Moura, o simples encontro e uma primeira conversa entre os
lados já mostra “um aceno de boa vontade” em chegar a uma colaboração.
As partes concordaram que precisa haver uma adequação à legislação
brasileira que possibilite um canal de comunicação permanente, onde
possa existir uma efetiva ajuda entre ambos.
O encontro se dá após toda a polêmica envolvendo a decisão de retirar o
aplicativo do ar. A decisão datada de 11 de fevereiro, mas que só veio a
público dias depois, surgiu depois que a empresa descumpriu as
constantes solicitações de informações ao aplicativo para uma
investigação sigilosa iniciada pela Polícia do Piauí ainda em 2013. A
decisão foi derrubada 24 horas depois pelos desembargadores Raimundo
Nonato da Costa Alencar e José de Ribamar Oliveira, atendendo ao recurso
das operadoras telefônicas.
Do G1 PI