17/11/2017

"Não posso dizer não ao presidente", diz João Henrique sobre assumir ministério


O ex-ministro dos Transportes e atual presidente do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (SESI), João Henrique de Almeida Sousa, afirmou nesta sexta-feira (17) ao Cidadeverde.com não irá negar nenhum pedido do presidente Michel Temer .

O peemedebista é um dos nomes cotados para assumir o lugar do ministro Antonio Imbassahy (PSDB/Ba) na Secretaria de Governo. 

"Se eventualmente isso acontecer (se referindo ao convite para o cargo) e se for formalizado um convite para eu ocupar um ministério, eu não tenho a menor condição de dizer não para o presidente. Se ele me convidar eu vou ter que aceitar e irei com prazer. Será uma honra muito grande", afirmou João Henrique.

Ele negou que tenha recebido o convite do presidente Michel Temer, mas não descartou a possibilidade de assumir um cargo na reforma ministerial.

Segundo João Henrique, os boatos de que ele estaria assumindo um ministério surgiu após uma reunião que teve em Brasília na última segunda-feira à noite no Palácio do Planalto. 

"Eu estive no gabinete do presidente Michel Temer, eu, Moreira, Padilha, o general chefe do gabinete militar, o Márcio Freitas, da Comunicação e estava o Imbassahy. Estávamos conversando eu, o presidente e o Imbassahy e as pessoas veem aquilo e avaliam que deve está tendo alguma coisa", afirmou.

"O meu nome circulando de forma positiva para ocupar o ministério me deixa muito honrado, acho que isso é bom para meu Estado. Não estava na minha perspectiva e não sei se está na do presidente que eu deixe o conselho nacional do Sesi para ocupar o ministério", ressalta.

Desiste de candidatura ao governo 
João Henrique revelou que se assumir um cargo no primeiro escalão do governo Temer, não será candidato ao governo em 2018. "Com o convite altera a possibilidade de eu ser o candidato, mas continuarei defendendo que o PMDB tenha uma candidatura própria, eu vou continuar defendendo", afirma.

Ele ressaltou que Temer não iria convidá-lo para ser ministro para depois sair em quatro meses. "Se eu for será para ficar até o final do mandato dele, mas eu vejo tudo isso como perspectiva", diz. Segundo o ex-ministro, a caravana que faz aos municípios tem repercutido positivamente. 

João Henrique disse que tem a convicção que vencerá a convenção do PMDB e lembrou que pediu para marcar para janeiro, mas não foi aceito e ficou para julho. "Tenho a sensação de que haverá de ter dois a três candidatos de oposição que irão disputar o próximo pleito no Estado", declara.

O pemedebista disse ainda que defenderá um nome dentro do PMDB para as eleições ao governo em 2018, mas se for inviável existem nomes fortes como do prefeito de Teresina, Firmino Filho; o deputado estadual Drº Pessoa; o do empresário João Vicente e Freitas Neto.


Maktub
Ele revelou que acredita na filosofia do "maktub", que o destino é "inexorável" e que aprendeu com o presidente Michel Temer. "Ele (Michel Temer) sempre fala nessa história do maktub que as coisas acontecem independente da vontade pessoal da gente", afirma. Para João Henrique, a saída de nomes do PSDB do governo não vai representar um rompimento com o partido. 

"Eu vejo é uma vinculação pessoal, muito grande do PSDB com figuras do partido. Por exemplo, o próprio Imbassahy é uma figura que o presidente tem a maior atenção e respeito. O ministro que está na relações exteriores é um amigo pessoal do presidente que é do PSDB. Os que sairão têm um respeito grande, e a recíproca é verdadeira", destaca.

"Eu não vejo uma ruptura de dizer: vocês estão aqui e eles estão lá. Eu não acredito. O presidente fará uma junção muito grande de partido. Creio que ele será uma figura forte na interlocução da sucessão da presidência. Eu não vejo uma sucessão presidencial do governo sem passar pelo presidente Michel Temer e não vejo o PSDB tão distante a ponto do PSDB está coligado com o PT", acrescentou.



Reforma ministerial
João Henrique admitiu que vários ministros do governo serão candidatos em 2018 e terão o prazo para se afastarem do cargo.

"Acho é que não vai acontecer uma reforma agora da dimensão que se queria fazer de mudar 17 ministros como aconteceu no governo Fernando Henrique. Nessa perspectiva haverá mudanças pontuais. Eu acho que alguns ministros serão substituídos porque irão sair, especificamente no caso do ministro chefe da secretaria de governo eu creio que é uma possibilidade muito grande de que haja alguém do PMDB. Sempre foi assim, os ministros palacianos são sempre do seu partido e muito próximo. Saindo alguém do PSDB entrará alguém do PMDB", finalizou.


Flash Yala Sena
yalasena@cidadeverde.com

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