21/11/2025

Operação Laverna II: SSP cumpre medidas contra influenciadores suspeitos de crimes digitais em Parnaíba


A Secretaria de Segurança Pública do Piauí deflagrou, na manhã desta sexta-feira (21), a Fase II da Operação Laverna, em Parnaíba, com apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar. A ação teve como objetivo o cumprimento de medidas cautelares dentro de uma investigação que apura a atuação dos influenciadores S.C.dos.S. (Sarah Brenna), L.M.B., L.C.M.J. e J.V.A.P. (Júnior Mídia), todos suspeitos de envolvimento em crimes digitais ligados à promoção de plataformas de apostas ilegais e rifas clandestinas nas redes sociais.

Divulgação de jogos ilegais e rifas irregulares

Segundo as investigações, S.C.dos.S., L.M.B. e L.C.M.J. usavam intensamente suas redes sociais para promover plataformas de apostas virtuais, como o conhecido “Jogo do Tigrinho”, utilizando vídeos manipulados, supostos ganhos, sorteios e links personalizados para atrair seguidores. O conteúdo era voltado a induzir ao erro e criar expectativas irreais de lucro.

Já J.V.A.P. (Vitor Mídia) direcionava seu conteúdo para a divulgação de rifas ilegais apresentadas como beneficentes, sem comprovação de repasse dos valores arrecadados, obtendo lucro direto com o esquema.

Movimentações financeiras milionárias

A investigação financeira revelou valores incompatíveis com qualquer renda formal declarada pelos envolvidos. Confira os montantes identificados:
  • L.M.B. movimentou R$ 213.606,60;
  • S.C.dos.S. (Sarah Brenna) movimentou R$ 1.311.784,32;
  • O marido dela, A.S.H.A.S., movimentou R$ 1.664.582,01;
  • As contas de L.C.M.J. somaram R$ 637.783,14;
  • J.V.A.P. (Júnior/Vitor Mídia) teve movimentação total de R$ 1.173.117,64, composta majoritariamente por microcréditos entre R$ 0,02 e R$ 20,00, enviados por mais de 3 mil pessoas, padrão típico de rifas clandestinas.
Indícios de crimes e ocultação patrimonial

O delegado Ayslan Magalhães ressaltou que as movimentações financeiras, associadas à falta de comprovação de renda e ao uso de empresas ligadas a pagamentos digitais de jogos ilegais, reforçam os indícios de ocultação patrimonial, dissimulação de recursos, evasão fiscal e vantagem econômica ilícita.

As condutas podem configurar crimes como:
  • Estelionato;
  • Indução do consumidor a erro;
  • Loteria não autorizada;
  • Lavagem de dinheiro.
“O enfrentamento aos crimes digitais continuará de forma firme e incansável. Não vamos tolerar o uso das redes sociais para promover apostas ilícitas, rifas ilegais ou qualquer prática destinada a enganar consumidores”, afirmou o delegado.

Origem do nome da operação

O nome Laverna faz referência à deusa romana associada a atos ocultos e práticas fraudulentas, representando o caráter dissimulado das atividades investigadas.

Forças envolvidas
  • A operação foi executada pela 2ª Delegacia Seccional de Parnaíba, em parceria com:
  • Delegacia de Combate às Facções, Homicídios e Tráfico (DFHT);
  • Superintendência de Operações Integradas (SOI);
  • Diretoria de Inteligência (DINT);
  • Laboratório de Lavagem de Dinheiro (LAB-LD);
  • Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO).
  • Se quiser, posso preparar também um resumo para Instagram.

Da redação do Portal PHB em Nota
Com informações da SSP-PI

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