10/07/2024

Mulher condenada por espancar filha de 1 ano é presa 10 anos após o crime, no Piauí

Mãe foi denunciada à Polícia pelo ex-marido, que percebeu o olho roxo e os braços e pernas inchados da caçula. À época, o Conselho Tutelar afirmou que os machucados comprometeram a locomoção do bebê. Ela foi afastada do convívio das filhas e condenada por maus-tratos.

Mulher condenada por espancar filha de 1 ano é presa 10 anos após o crime, em Teresina — Foto: Arquivo

Uma mulher chamada Maria dos Milagres Sousa da Conceição, de 35 anos, foi presa na manhã desta quarta-feira (10), no bairro Cidade Jardim, Zona Leste de Teresina. Segundo a Polícia Civil do Piauí (PCPI), ela foi condenada a 5 anos e 4 meses de prisão por espancar a própria filha, à época com 1 ano e 3 meses, em 2013.

A mãe foi denunciada à Polícia pelo ex-marido, que chegou à casa da ex-esposa para buscar as duas filhas e percebeu o olho roxo e os braços e pernas inchadas da caçula.

Ele levou o bebê para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), em Teresina, e registrou um boletim de ocorrência contra Maria dos Milagres, que foi afastada do convívio das crianças.

Em seguida, a menina foi encaminhada ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), que constatou vários hematomas em seu corpo, além de fraturas antigas. De acordo com o conselheiro tutelar Bento Alves, que acompanhou o caso na época, os traumas mais graves chegaram a comprometer a locomoção do bebê.

A equipe médica do HUT recomendou que ela fizesse até cinco procedimentos cirúrgicos, mas descartou a ideia devido à pouca idade da vítima.

"Ao se deparar com a situação os próprios médicos ligaram para a Polícia pedindo que a mãe, responsável por isso, fosse presa. Eles afirmaram que, através da primeira análise, era provável que as agressões tivessem começado desde os seis meses de vida do bebê”, relatou Bento.

O conselheiro tutelar explicou ainda que Maria dos Milagres era reincidente. Em agosto de 2013, dois meses antes de ser afastada das filhas, o Conselho Tutelar já havia recebido denúncia de maus-tratos, mas a mulher rebateu as acusações e foi notificada. Um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi lavrado à época.

“Na primeira vez, os exames do Instituto Médico Legal comprovaram as agressões tanto na bebê como em sua irmã de quatro anos. A suspeita atribuiu as mesmas a uma tia das crianças. [...] O que ficou comprovado foi que ela não cumpriu nenhuma das recomendações e que as agressões continuaram”, disse.

Fonte: Portal G1 PI

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