​Acusada de tortura e escravizar afilhada é indiciada pela Polícia Civil do Piauí

Empresária Danielly Mesquita Medeiros foi presa por manter a afilhada em condição análoga a escravidão por 15 anos em Teresina.

Delegado Odilo Sena

Ezequiel de Sá / Lupa1

A Polícia Civil do Piauí concluiu o inquérito que investigava a Danielly Mesquita Medeiros, acusada de torturar e manter a afilhada em condições de escravidão em Teresina.

Na decisão a polícia indiciou a acusada pela os crimes de sequestro e cárcere privado, redução à condição análoga a escravidão e tortura física/pscologica. Agora a acusada deve ir a julgamento.

De acordo com o Delegado Odilo Sena, o inquérito aponta para o envolvimento direto ou indireto de outras pessoas no crime, caso comprovado elas também devem responder às penalidades previstas na lei.

Entenda

Uma jovem identificada pelas iniciais J.S.F, de 27 anos, foi resgatada pela Polícia Civil no dia 23 de maio após ser mantida em condições semelhantes a escravidão por 15 anos. A acusada do crime, Francisca Daniele Mesquita Medeiros, a madrinha da vítima, foi presa no bairro Ilhotas, na zona Sul de Teresina

Ao Lupa1, o Delegado Odilo Sena, titular do 6° Distrito Polícia, informou que a jovem estava vivendo desde os 12 anos de idade em condições desagradáveis.

Jovem desde os 12 anos de idade vivia em cárcere privado, sendo obrigada a realizar todas as tarefas domésticas, onde a dona da casa a mantinha sob constantes ameaças, além das torturas físicas e psicológicas”, disse o delegado.

Francisca é servidora pública, exercendo a profissão como fisioterapeuta e foi candidata a vereadora e deputada nas eleições de 2020. Ela trouxa a jovem para a capital com a promessa de que a ofereceria uma vida melhor.

Fonte: Portal Lupa1