08/12/2022

PF cumpre mandados no PI contra suspeitos de se passar por 'traders' para aplicar golpes; prejuízo de R$ 60 milhões

PF informou que os alvos se passavam por traders, que são investidores do mercado financeiro, e diziam que aplicariam valores das vítimas com retorno de até 25% por mês, mas tudo não passava de fraude.

PF cumpre mandados no PI contra suspeitos de se passar por 'traders' para aplicar golpes que somam R$ 60 milhões — Foto: Divulgação/PFPI

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (8) a Operação “Stop Loss” para cumprir mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra suspeitos de se passar por traders (investidores do mercado financeiro) para aplicar golpes. Segundo a PF, os prejuízos foram causados a centenas de vítimas de pelo menos três estados somam R$ 60 milhões. A PF não informou ainda se os mandados foram cumpridos e nem os nomes dos alvos.

Conforme a PF, o grupo criminoso praticava crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e de pirâmide financeira (Esquema Ponzi) em diversas cidades do estado do Piauí, Alagoas e Maranhão.

Ao todo, há 12 policiais mobilizados para o cumprimento de quatro mandados judiciais nas cidades de Teresina e São José dos Pinhais, sendo dois mandados de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão. As ordens foram expedidas pela Vara Federal Cível e Criminal da Subseção da Justiça Federal de Floriano.

PF cumpre mandados no PI contra suspeitos de se passar por 'traders' para aplicar golpes; prejuízo de R$ 60 milhões — Foto: Divulgação/PFPI

No esquema, segundo a PF, os suspeitos fingiam ser investidores do mercado financeiro para captar economias de vítimas/investidores, justificando que iriam aplicar os recursos no mercado de valores mobiliários.

"As investigações mostraram a captação de recursos de clientes [vítimas] por meio de fraude, com promessas de ganhos mensais de até 25% sobre o capital investido, para supostamente serem aplicados no Mercado Financeiro através de empresa não autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a captar recursos e realizar investimentos no mercado", informou a polícia.

Conforme investigação, os suspeitos emitiram e ofereceram ao público valores mobiliários consistentes em contratos de investimento coletivo em nome de empresa de fachada, sem registro prévio de emissão junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e sem qualquer garantia às vítimas.

O inquérito policial foi instaurado em 2022 e apurou que o grupo arrecadou das centenas de vítimas espalhadas pelas cidades de Floriano, Picos, São Luís e Maceió o montante que ultrapassa R$ 60 milhões de reais.

"Além disso, restou demonstrado até o momento que os valores disponibilizados pelas vítimas/investidores para os criminosos variavam de R$ 5 mil a R$ 4,2 milhões, depositados em contas da empresa de fachada bem como diretamente nas contas pessoais de membros da associação, entre elas familiares e amigos dos investigados", descreveu a PF em nota.

Os envolvidos devem responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, Crime contra a Economia Popular, Associação Criminosa e Lavagem de Dinheiro.

A operação contou com a colaboração do Ministério Público Federal (MPF), Coordenação-Geral de Repressão à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro da Polícia Federal (CGRC/PF) e da Polícia Civil do Piauí.

Stop Loss
O nome da operação, Stop Loss - "parar a perda" em tradução literal -, é uma referência ao mecanismo de proteção que pode ser utilizado para impedir a desvalorização antes que o preço de uma ação ou ativo semelhante continue a cair. Com isso, quando as aplicações atingirem o limite de perda programado pelo investidor, uma ordem de venda é enviada automaticamente.

Fonte: Portal G1 PI

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