22/06/2022

'Queremos saber onde nosso filho está', dizem pais de estudante que desapareceu há 59 dias, no Piauí

Na terça-feira (21), resultado de exame de DNA descartou hipótese de corpo encontrado carbonizado na zona rural da capital ser do jovem Lucas Vinícius Monteiro Oliveira, de 24 anos.

Lucas Vinícius Monteiro Oliveira, de 24 anos, está desaparecido — Foto: Reprodução

Os pais do estudante de direito Lucas Vinícius Monteiro Oliveira, de 24 anos, que está desaparecido há 59 dias, fizeram um apelo nas redes sociais após saberem que o corpo encontrado carbonizado próximo ao Rodoanel, na zona rural Sudeste de Teresina, não é do filho deles. O jovem foi visto pela última vez na madrugada do dia 24 abril, na ponte Juscelino Kubitschek, sobre o Rio Poti, que liga a Zona Leste ao Centro da capital.

O caso é investigado pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). A namorada do estudante, Gabriela Vasconcelos, que teria sido a última pessoa a vê-lo, disse à polícia que ele pulou da ponte após uma discussão, quando eles voltavam de uma festa. O motivo do desentendimento não foi informado.

Nos primeiros dias após o desaparecimento, o Corpo de Bombeiros realizou buscas e não encontrou o jovem. Os bombeiros realizaram mais buscas no rio, a pedido da Polícia Civil, mesmo cerca de 20 dias depois do sumiço do estudante.

Em casos de afogamento, geralmente, o comum é que o corpo da vítima apareça boiando em no máximo 72 horas. O Corpo de Bombeiros comunicou, na época, que também estava monitorando informações da população que indiquem a possibilidade de corpos ou vestígios às margens do rio, por exemplo.

"O corpo não é do Lucas Vinícius. Então eu gostaria de saber onde está ele onde ele está, porque se ele estivesse no rio já teria sido localizado faz tempo. Queremos saber onde o corpo dele está, se ele está vivo, se não está, onde está, precisamos encontrar ele. Queremos resposta. Imploramos ao DHPP porque já faz mais de 50 dias e não temos uma resposta. Não conseguimos ter vida própria mais", desabafou a mãe, Ana Lúcia.

Em maio, o coordenador do DHPP, delegado Francisco Costa, o Barêtta, afirmou que a falta de monitoramento de câmeras na Ponte JK, na Avenida Frei Serafim, prejudicou a investigação, mas que o procedimento estava avançando. “Dificultou um pouco, mas não fez com que a polícia deixasse de esclarecer os fatos. Estamos usando outros métodos que demoram”, disse.

O pai do estudante, Antônio Moisés, também fez um apelo à polícia. "Estamos tentando saber onde nosso filho está, já faz mais de 50 dias e nada de resposta, ninguém dá uma posição para a gente", declarou.

Relembre o caso
Lucas Vinícius é natural de São Paulo e mora em Teresina há cerca de dois anos. O relacionamento dele com Gabriela tinha também cerca de dois anos. A família de Lucas vive em São Paulo, e viajou para o Piauí para acompanhar a investigação.

O advogado Ítalo Veras, que representa Gabriela Vasconcelos, namorada de Lucas Vinicius, disse que na madrugada de 24 de abril o casal voltava de uma festa, onde estavam com outros amigos, e teria discutido no caminho. O advogado não deu detalhes do motivo da discussão.

Ao chegar à ponte JK, na Avenida Frei Serafim, o rapaz teria tentado saltar do carro. Gabriela, que dirigia, parou o veículo para que ele não pulasse. Em seguida, o estudante saiu do carro, caminhou até a beirada da ponte e caiu no rio.

Depois do ocorrido, Gabriela pediu ajuda a motoristas que passavam pela ponte, e chegou a se colocar diante de um carro, para fazê-lo parar, segundo o advogado.

A jovem ligou ainda para amigos do casal, que haviam ficado na festa, e eles também teriam ido ajudá-la. Ela foi socorrida por essas pessoas e levada a um hospital.

Fonte: G1 PI

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