Na terça-feira (21), resultado de exame de DNA descartou hipótese de corpo encontrado carbonizado na zona rural da capital ser do jovem Lucas Vinícius Monteiro Oliveira, de 24 anos.
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Lucas Vinícius Monteiro Oliveira, de 24 anos, está desaparecido — Foto: Reprodução
Os pais do estudante de direito Lucas Vinícius Monteiro Oliveira, de 24 anos, que está desaparecido há 59 dias, fizeram um apelo nas redes sociais após saberem que o corpo encontrado carbonizado próximo ao Rodoanel, na zona rural Sudeste de Teresina, não é do filho deles. O jovem foi visto pela última vez na madrugada do dia 24 abril, na ponte Juscelino Kubitschek, sobre o Rio Poti, que liga a Zona Leste ao Centro da capital.
O caso é investigado pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). A namorada do estudante, Gabriela Vasconcelos, que teria sido a última pessoa a vê-lo, disse à polícia que ele pulou da ponte após uma discussão, quando eles voltavam de uma festa. O motivo do desentendimento não foi informado.
Nos primeiros dias após o desaparecimento, o Corpo de Bombeiros realizou buscas e não encontrou o jovem. Os bombeiros realizaram mais buscas no rio, a pedido da Polícia Civil, mesmo cerca de 20 dias depois do sumiço do estudante.
Em casos de afogamento, geralmente, o comum é que o corpo da vítima apareça boiando em no máximo 72 horas. O Corpo de Bombeiros comunicou, na época, que também estava monitorando informações da população que indiquem a possibilidade de corpos ou vestígios às margens do rio, por exemplo.
"O corpo não é do Lucas Vinícius. Então eu gostaria de saber onde está ele onde ele está, porque se ele estivesse no rio já teria sido localizado faz tempo. Queremos saber onde o corpo dele está, se ele está vivo, se não está, onde está, precisamos encontrar ele. Queremos resposta. Imploramos ao DHPP porque já faz mais de 50 dias e não temos uma resposta. Não conseguimos ter vida própria mais", desabafou a mãe, Ana Lúcia.
Em maio, o coordenador do DHPP, delegado Francisco Costa, o Barêtta, afirmou que a falta de monitoramento de câmeras na Ponte JK, na Avenida Frei Serafim, prejudicou a investigação, mas que o procedimento estava avançando. “Dificultou um pouco, mas não fez com que a polícia deixasse de esclarecer os fatos. Estamos usando outros métodos que demoram”, disse.
O pai do estudante, Antônio Moisés, também fez um apelo à polícia. "Estamos tentando saber onde nosso filho está, já faz mais de 50 dias e nada de resposta, ninguém dá uma posição para a gente", declarou.
Relembre o caso
Lucas Vinícius é natural de São Paulo e mora em Teresina há cerca de dois anos. O relacionamento dele com Gabriela tinha também cerca de dois anos. A família de Lucas vive em São Paulo, e viajou para o Piauí para acompanhar a investigação.
O advogado Ítalo Veras, que representa Gabriela Vasconcelos, namorada de Lucas Vinicius, disse que na madrugada de 24 de abril o casal voltava de uma festa, onde estavam com outros amigos, e teria discutido no caminho. O advogado não deu detalhes do motivo da discussão.
Ao chegar à ponte JK, na Avenida Frei Serafim, o rapaz teria tentado saltar do carro. Gabriela, que dirigia, parou o veículo para que ele não pulasse. Em seguida, o estudante saiu do carro, caminhou até a beirada da ponte e caiu no rio.
Depois do ocorrido, Gabriela pediu ajuda a motoristas que passavam pela ponte, e chegou a se colocar diante de um carro, para fazê-lo parar, segundo o advogado.
A jovem ligou ainda para amigos do casal, que haviam ficado na festa, e eles também teriam ido ajudá-la. Ela foi socorrida por essas pessoas e levada a um hospital.
Fonte: G1 PI