23/04/2022

Mais de 500 mil filhotes de tartarugas nascem em praias do Piauí em uma semana e são liberados ao mar

Somente este ano, 7 mil animais da espécie nasceram nas praias piauienses. A expectativa é que mais de 15 mil filhotes sejam liberados ao mar este ano.

Tartarugas são liberadas ao mar no Piauí — Foto: Reprodução

Mais de 500 filhotes de tartarugas-de-pente foram liberados ao mar em Luís Correia, no Litoral do Piauí, durante ação do Instituto Tartarugas do Delta. Somente este ano, 7 mil animais da espécie nasceram nas praias piauienses.


Segundo a bióloga Werlanne Magalhães, vice-presidente do Instituto, 185 mil ninhos foram registrados entre as Praias de Atalaia e Macapá. A expectativa é que mais de 15 mil filhotes sejam liberados ao mar este ano.

Nesta sexta-feira (22), o Instituto acompanhou o nascimento e liberação ao mar de 136 filhotes na Praia do Coqueiro pela manhã e 122 filhotes no turno da tarde na Praia Peito de Moça. A ação foi acompanhada por crianças.

Tartarugas nascem em praias do Litoral do Piauí — Foto: Reprodução

Werlanne explicou que os voluntários do Instituto fazem o monitoramento das praia, registros dos terrenos e acompanham os ninhos até o momento do nascimento, que dura cerca de 50 a 60 dias.

"É importante não somente monitorar os ninhos, mas presenciar o nascimento, que pode ser atrapalhada por alguns fatores, como a ida do filhote para o lado contrário e a presença de outros animais. O objetivo é garantir que maior número de tartarugas sigam para o mar", explicou.

Até o mês de maio há possibilidade de mais nascimentos, desta vez na Praia Pedra do Sal, em Parnaíba, com filhotes de tartarugas da espécie couro e oliva.

Falta financiamento
A bióloga destacou que o monitoramento dos ninhos pode deixar de ser feito por falta de financiamento. Os integrantes do Instituto têm trabalhado de forma voluntária.

Este mês, eles contaram com apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para custear o combustível das equipes durante visitas nas praias.

"Todo o trabalho é voluntário. Próximo mês não tem apoio financeiro para manter o monitoramento. Não sabemos como isso será possível", comentou Werlanne.

Fonte: Portal G1 PI

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