22/07/2021

Dupla acusada de matar policial militar em Teresina é condenada a 20 anos de prisão

O crime ocorreu quando o policial militar chegou à sua residência, localizada no bairro Porto Alegre, na Zona Sul de Teresina, no dia 4 de agosto de 2020.

Policial Militar é morto a tiros na Zona Sul de Teresina — Foto: Gil Oliveira/TV Clube

Eudes Soares de Morais Sousa e Samuel Rodrigues Leite de Sousa foram condenados a 20 anos de prisão pelo assassinato do policial militar Marco Roberto Freitas, no dia 4 de agosto de 2020. A decisão, do dia 19 de julho, é do juiz Raimundo José de Macau Furtado, da 9ª Vara Criminal de Teresina.

O crime ocorreu quando o policial militar chegava à sua residência, localizada no bairro Porto Alegre, na Zona Sul de Teresina. Marco Roberto estava em sua motocicleta quando começou a conversar com um amigo na calçada da residência.

Segundo a ação penal, Eudes Soares e Samuel Rodrigues chegaram ao local em uma motocicleta e abordaram Marco Roberto. Os acusados exigiram os pertences do policial, que reagiu trocando tiros com os criminosos, e foi atingido com um dos disparos. O amigo da vítima entrou na residência para se proteger dos disparos.

Um dos envolvidos foi atingido com um disparo realizado pelo policial. Em seguida os dois homens fugiram sem conseguir levar nenhum pertence. Samuel Rodrigues, alguns dias após o crime, deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento do Promorar com um ferimento provocado por um tiro. Ele foi identificado com um dos autores do crime, e Eudes Soares foi identificado em seguida.

Em depoimento, os dois negaram a autoria dos crimes. Samuel Rodrigues disse que o ferimento de bala que possuía na perna teria ocorrido como punição por parte de uma facção criminosa. Já Eudes Soares afirmou que só teria confessado a prática do crime durante a fase inquisitorial porque teria sido coagido por uma facção criminosa.

Na decisão, o juiz Raimundo José destacou que existem provas suficientes contra os homens, inclusive com uma testemunha que reconheceu um deles. Além disso, eles chegaram a confessar o crime, apesar de depois terem voltado atrás nas declarações.


“Ressalte-se que ambos os réus, em sede inquisitorial, relataram minuciosamente como tudo aconteceu, confessando a prática criminosa. Tal narrativa é idêntica à apresentada por todas as testemunhas em juízo. A autoria e materialidade do crime de latrocínio restou comprovada pelas provas coligidas aos autos, não há o que falar em absolvição”, afirmou o juiz.

Samuel Rodrigues e Eudes Soares foram condenados a 20 anos de reclusão em regime fechado e ao pagamento de 10 dias-multa, cada um no equivalente a 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época do assassinato.

O juiz ainda negou o pedido da defesa para que os condenados recorressem em liberdade, já que ambos estão presos desde agosto de 2020.

“Necessária se faz a manutenção da prisão preventiva dos sentenciados, para acautelar a credibilidade da Justiça em razão da gravidade do crime, da culpabilidade e da intensidade do dolo com que o delito de latrocínio foi perpetrado pelos sentenciados, além da hediondez”, pontuou o juiz na decisão.

Fonte: Portal G1 PI

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