13/02/2019

Obra do Porto de Luís Correia é destaque nacional: 40 anos de atraso


A longa história da construção do Porto de Luís Correia foi parar na imprensa nacional nesta terça-feira (12). A Agência FolhaPress divulgou que o governo planeja retomar, em 2019, o projeto que se arrasta há quase 40 anos. A reportagem também frisa que este será o primeiro porto do Estado. 

"As obras começaram nos anos 1980, e o estado já deixou cerca de R$ 500 milhões no empreendimento, nunca finalizado. A última tentativa de concluir o porto ocorreu em 2008, mas, após suspeitas de irregularidades, o projeto foi novamente abandonado. Hoje, parte da estrutura persiste no local, a cerca de 350 quilômetros da capital Teresina. A previsão é que outros R$ 258,3 milhões sejam necessários para terminar a obra", diz a reportagem.

A agência ressalta que o Piauí é o único estado litorâneo do Brasil que não possui um porto e que há estudos já concluídos que comprovam a viabilidade da obra, do ponto de vista técnico e de demanda. Segundo a matéria publicada, a superintendente de parcerias e concessões do estado, Viviane Moura, destacou que falta atrair empresas interessadas em usar o novo porto -que fica entre os portos de Itaqui, no Maranhão, e de Pecém, no Ceará. "Vamos fazer a prospecção comercial, e temos visto empresas interessadas", afirma.

A prioridade é atrair transporte de gado vivo nos terminais, segundo os estudos de viabilidade do projeto, que identificam um "cinturão" de estados produtores que teriam fácil acesso ao porto: Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais. Há também a expectativa de atrair transporte de cargas de grãos, frutas, equipamentos de energia elétrica, entre outros.

"Existe um problema de escoamento dos produtores de soja do sul do estado para o porto de Itaqui, porque eles têm que passar por balsa para chegar ao Maranhão. Há uma queda na produtividade por conta disso." Além do investimento de R$ 258 milhões necessário, calcula-se um gasto anual de R$ 7,66 bilhões com mão de obra e despesas gerais de manutenção. 

Para contornar o principal desafio -encontrar interessados nos terminais-, o governo planeja um "roadshow" nos próximos dois meses, dentro e fora do país. Caso seja bem sucedido, o governo deverá levar à licitação a concessão do porto. A ideia é que o vencedor termine a obra e se torne operador do empreendimento, podendo arrendar terminais a essas empresas interessadas. Entre maio e junho, Viviane já espera que essa licitação esteja estruturada e possa ser levada a consulta pública, uma das etapas do processo.

Informações Cidade Verde

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