16/11/2017

Preso por extorsão e calúnia fingiu ser a ex-mulher e pediu R$ 20 mil ao próprio patrão

O homem era funcionário de um empresário piauiense havia 15 anos e fingiu ser a ex-mulher apenas para incriminá-la, segundo o delegado Daniel Pires. 

 
Delegado Daniel Pires investigou o caso por cerca de 15 dias e pediu a prisão do homem (Foto: Gilcilene Araújo/G1) 

Um homem de 32 anos foi preso nesta quinta-feira (16) por extorsão e calúnia após 15 dias de investigações policiais em Teresina. O delegado Daniel Pires, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), contou que o preso fingiu ser a ex-esposa para incriminá-la. Ele ameaçou o próprio chefe, um empresário piauiense, pedindo R$ 20 mil. Uma das ameaças surpreendeu a polícia: ele dizia que iria matar a si mesmo. 

"Ele fingia ser a ex e chegou a registrar Boletim de Ocorrência em agosto contra ela, dizendo que ela o estaria ameaçando. Para reforçar isso, ele usou um celular e um chip desconhecidos para fazer ameaças ao próprio chefe por WhatsApp. Nas mensagens, a pessoa dizia que iria matar o empresário, a filha desse empresário e o funcionário, ou seja, ele mesmo, se não recebesse R$ 20 mil", explicou o delegado. 

Após 15 dias de investigações, a polícia cumpriu mandado de prisão e de busca e apreensão e o celular e o chip usados para cometer o crime foram recolhidos. Segundo o delegado, ele confessou o crime e disse que pretendia incriminar a ex-esposa. Ele está preso temporariamente, ou seja, inicialmente por cinco dias, prazo que pode ser prorrogado por igual período. O delegado Daniel informou que ainda vai analisar se pedirá a prisão preventiva. 

"Eu vou analisar se será necessário. Ele é réu primário e trabalhava com esse empresário havia 15 anos. Ele fez tudo apenas para incriminar a ex. Além da extorsão, ele vai responder por calúnia por tê-la incriminado", informou. 

O homem pode cumprir pena de quatro a dez anos de prisão pelos crimes. O celular e o chip usados nos crimes foram apreendidos. Nenhum valor foi pago pelo empresário.

Fonte: G1 PI 

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