03/12/2015

PMs protestam com caixões em frente ao Palácio de Karnak em Teresina

Ato aconteceu após Justiça decretar a prisão de 15 líderes do movimento 'Polícia Legal'.  Um dos líderes foi o presidente da Associação dos Cabos e Soldados de Parnaíba (Abecs), Cabo Aguinaldo.

Imgem: reprodução reportagem  PI/TV

Após a Justiça decretar a prisão de 15 líderes do movimento 'Polícia Legal, policiais militares saíram pelas ruas de Teresina em protesto. A categoria parou a Avenida Frei Serafim, no Centro de Teresina, na noite dessa quarta-feira (2) e colocou na frente do Palácio de Karnak caixões com iniciais de patentes dos oficiais mortos este ano.

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Por volta das 19:50 de hoje (02/12), foi decretada a prisão do presidente da Associação dos Cabos e Soldados de Parnaíba (Abecs), Cabo Aguinaldo, por contrariar as ordem do comando geral do 2° Batalhão de Polícia Militar do Piauí Major Osmar (2° BPM) em retornar ao seu posto de trabalho. Desde o último sábado (28/11), quando Parnaíba aderiu a greve da Polícia Militar do Piauí iniciada em Teresina e algumas cidades do interior, os manifestantes acampados em frente ao 2° BPM travam uma verdadeira queda de braço com o governo e a direção da corporação local.

De acordo com o Cabo Aguinaldo, no sábado o comandante do Batalhão, Major Adriano Lucena, teria ameaçado prendê-lo na tentativa de impedir o manifesto. O Cabo teria se imposto e dito que somente aceitaria a prisão por escrito. No entanto, mediante uma portaria datada do dia 30 de novembro assinada pelo coronel Carlos Augusto Gomes de Souza, comandante geral da Polícia Militar do Piauí, foi ordenado aos comandantes e subcomandantes da entidade que efetuem a prisão em flagrante dos militares por insubordinação.


Foto: Blog do Pessoa

Vou ser preso por lutar por uma categoria que há mais de um século vive sob os pés de um regulamento arcaico. Estou sendo preso, mas com dignidade. Estão prendendo um guerreiro, um pai de família, um representante de uma categoria que confia no nosso trabalho. Eles pensam que vão nos calar, mas eles apenas estão nos dando força. Não nos preocupamos com essa prisão, isso é mais uma represália desse governo do Estado que esqueceu a segurança pública, mas a nossa honra e a nossa dignidade eles não vão tirar”, disse o Cabo.

Durante o ato os policiais pediram dignidade, com a implantação de leis mais justas, promoções e melhores salários. A manifestação durou cerca de duas horas e ganhou apoio do Corpo de Bombeiros, que também participou do protesto.

"É uma situação difícil, baixo salário, condições de trabalho e apenas estamos lutando por isto", declarou o subtenente bombeiro Waldemar Silva.


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Em meio ao protesto, os policiais falaram das prisões dos líderes do moviment e encerraram a manifestação com uma oração em frente ao Palácio de Karnak.


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"Os policiais estão reivindicando nada mais do que o direito de carreira, salário, dignidade e respeito. São 20 anos sem promoção e as lideranças presas estavam lutando por isto", declarou capitão Tales.


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Em nota, as Associações Unidas de Militares Estaduais do Piauí informou que os integrantes do movimento passaram a noite reunidos com a assessoria jurídica na tentativa de reverter a decisão da justiça.


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As associações consideraram a decisão arbitrária, já que há dois meses buscaram diálogo com as autoridades para solucionar os impasses quanto ao desvio de função, pagamento de risco de vida e cumprimento de acordos judiciais de reajuste salarial.


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Entenda o caso
No dia 28 de novembro, policiais militares e bombeiros do Piauí anunciaram uma paralisação para cobrar a aprovação da Lei de Organização Básica da PM, que prevê melhorias salariais e promoções. Com a deflagração do movimento “Polícia Legal”, os militares impedem que viaturas irregulares saiam dos quartéis.

Em coletiva para a imprensa realizada nesta quarta-feira (2), a corregedoria da PM pediu a prisão de 15 líderes da ação que parou vários quartéis no estado. A Polícia Militar afirmou que se o movimento persistir serão tomadas medidas ainda mais enérgicas.

“Solicitamos essas prisões e uma já foi efetuada. O pedido foi realizado e acatado pela Justiça porque existem provas contra esses militares que os colocam efetivando crimes como abuso de autoridade, desacato e injúria”, afirmou o corregedor geral da PM, coronel George Félix Carvalho.

Com informações do G1 PI e Ascom

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