O inicio de uma dança folclórica do Piauí
Foto: R F Produções |
O Dia Nacional do Bumba Meu Boi. A Lei foi criada tendo como base o Projeto de Lei da Câmara nº 133/2009, de autoria do deputado federal Carlos Brandão (PSDB/MA).
Em Parnaíba Uma das maiores manifestações culturais do Nordeste mantém as suas raízes há pelo menos 115 anos. O Bumba meu Boi, dança folclórica que encanta pelas suas cores e pela batida dos tambores, tem o São João da Parnaíba como a sua maior concentração anual devido ser uma competição que este ano chega a sua 15º edição e vai contar com três grupos de Bumba meu boi adulto, (Novo Prateado, Estrela Cadente e Flor do Lírio). Já na categoria mirim o evento vai contar com um numero bem mais superior que á adulto por motivos de falta de entendimento por parte da Liga de Bois e da prefeitura. Temos na categoria mirim 5 grupos, (Bumba-meu-boi Mirim Estrela Mandacaru, Caprichoso, Campina Verde, Estrela Cadente e Prateado) Segundo a divulgação do evento esse ano Serão distribuídos mais de R$ 170 mil em prêmios. "Dividido para várias categorias e não só para Bumba-meu-boi".
Conheça um pouco da história do Bumba meu Boi:
Bumba meu boi ou boi-bumbá é uma dança do folclore popular
brasileiro, com personagens humanos e animais fantásticos, que gira em torno de
uma lenda sobre a morte e ressurreição de um boi.
Em diversas cidades do Brasil, especialmente no Norte e no
Nordeste, mas também em algumas do Sudeste, como Campos dos Goytacazes, no Rio
de Janeiro, existem agremiações chamadas bois que realizam cortejos ou outros
tipos de apresentações, utilizando a figura do animal, tendo muitas vezes
caráter competitivo.
A festa tem ligações com diversas tradições, africanas,
indígenas e europeias, inclusive com festas religiosas católicas, sendo
associada fortemente ao período de festas juninas.
Ao espalhar-se pelo país, o bumba meu boi adquire nomes,
ritmos, formas de apresentação, indumentárias, personagens, instrumentos,
adereços e temas diferentes. Dessa forma, enquanto em Pernambuco é chamado
boi-calemba ou bumbá; no Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas e Piauí é
chamado bumba meu boi; no Ceará, é boi de reis, boi-surubim e boi-zumbi; na
Bahia, é boi-janeiro, boi-estrela-do-mar, dromedário e mulinha-de-ouro; em
Minas Gerais, Rio de Janeiro, Cabo Frio e Macaé (em Macaé, há o famoso boi do
Sadi) é bumba ou folguedo-do-boi; no Espírito Santo é boi de reis; em São Paulo
é boi de jacá e dança-do-boi; no Pará, Rondônia e Amazonas, é boi-bumbá ; no
Paraná, em Santa Catarina, é boi-de-mourão ou boi-de-mamão2 ; no Rio Grande do
Sul é bumba, boizinho , ou boi-mamão.
Manifestações culturais e religiosas em torno da figura do
boi existiram em diversas culturas antigas pelo mundo. A festa do bumba meu boi surgiu no nordeste do
país.
Sobre o surgimento dessa festa, foram criadas lendas, mas
todas sem qualquer fundamento histórico. Uma dessas lendas em torno de seu
surgimento diz que essa festa surgiu no Estado do Piauí, pois a região onde
hoje se situa o Piauí começou a ser povoada por vaqueiros que vinham da Bahia
em busca de novas pastagens para o gado.
Porém, o único fato conhecidamente certo sobre a história do
surgimento dessa festa é o de um episódio ocorrido no período da dominação
holandesa no estado de Pernambuco, mais precisamente em Recife. Esse
acontecimento é denominado de episódio do Boi Voador, e que, a partir daí,
teria evoluído para uma lenda com uma história mais elaborada tal como é hoje.
Foto: R F Produções |
Seu primeiro registro ocorre num jornal do Recife, no ano de
1840.
Mas é no Estado do Maranhão que o bumba meu boi tem sido
mais valorizado em todo o nordeste e, dali, passou a ser exportado para o
Estado do Amazonas com o nome de boi-bumbá, visitado anualmente por milhares de
turistas que vão conhecer o famoso Festival Folclórico de Parintins, realizado
desde 1965.
Existem algumas variações a respeito da lenda do boi. A
história mais comum aborda a escrava Catirina (ou Catarina), grávida, que pede
ao marido Chico (ou Pai Francisco) para comer língua de boi. O escravo atende
ao desejo da esposa, matando o boi, e sendo preso a mando do dono da fazenda.
Com a ajuda de curandeiros, o boi é então ressuscitado.
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Foto: R F Produções |
Dependendo da versão, outros personagens podem ser
incorporados, tais como: Bastião, Arlequim, Pastorinha, Turtuqué, o engenheiro,
o padre, o médico, o diabo, entre outros. Quase todos quase sempre
interpretados por homens, que se travestem para compor os personagens
femininos.
Em algumas versões, Pai Chico chama-se Mateus e o boi não é
morto por ele, mas apenas se perde e acaba morto no decorrer da história, sendo
também ressuscitado ao fim.
Por: Renato Farias/Edição: PHB em Nota