28/05/2014

Memorial do Futebol Piauiense

(Cidadão Parnaibano e Comendador do Estado do Piauí, Pedro Alelaf foi, acima de tudo, um exemplo de persistência)
Por Renneé Cardoso Fontenele
Era 13 de abril de 2004, quando Pedro Alelaf silenciou. Sob a “pena” ágil do exímio Cronista, “o sangue azul de Alelaf deixou de circular na corrente sanguínea do Parnahyba – O Mais Querido”.

Sessenta e oitos anos de dedicação, carinho e de muita esperança: esperança de ver, um dia, o objetivo conquistado. Aconteceu, pouco antes do silêncio, em confidência ao atleta que, também, dera muitas alegrias ao clube, nos gramados, entregando-lhe o troféu, dizendo: “agora eu posso morrer”. Seu Pedro exclamara ao filho Hélio Alelaf, outro ícone do clube azulino.




Consolidação do clube, como um sentimento cívil – eis a inconfundível razão da alegria de “Seu Pedro”, como era sobremodo conhecido. A luta de muitos anos, desde atleta até ser Presidente, seria o meio para se chegar à conquista tão esperada. Títulos, sim! Mas não significava tudo! Queria ele mais, além dos títulos conquistados, e conseguiu consolidar a grandeza do clube, a representação do Parnahyba Sport Club em todo o estado, não deixando se esvair a relevância da primeira agremiação do futebol piauiense, desde sua fundação, por José Correia, não se limitando apenas a um clube de futebol.

Não, de modo algum! Tratava-se do Parnahyba, do “mais querido”,  de tradição, de história e sentimento de um povo que acreditou e ainda crê na evolução através do esporte, sobretudo do futebol.
Radicado em Parnahyba, piauiense de Floriano, Pedro Alelaf iniciou sua carreira no futebol aos 17 anos, quando defendia as cores do Comercial de Campo Maior. Em Parnaíba, com o irmão Salomão na década de 30, Pedro Alelaf e amigos reativaram as atividades do Parnahyba Sport Club, fato que lhe rendeu estima da população parnaibana e de toda a sociedade piauiense. Como jogador do Parnahyba, Pedro Alelaf fizera o primeiro gol azulino em 1936, no retorno do clube, goleando o Flamengo. Em 1938, ainda atuando nos gramados, marcou um dos gols da vitória do Parnahyba sobre o Tuna Luso do Pará (4 a 3). Despediu-se dos gramados em 1946, passando a Presidente do Clube, posteriormente, até o seu infausto, em 13 de abril de 2004. É considerado, pela torcida azulina e por amigos, o Eterno Presidente.
Hoje, 13 de abril de 2012, oito anos de seu infausto, não há um desportista piauiense que, ao ouvir falar em Parnahyba Sport Club, não recorde de Pedro Alelaf, tamanha importância de seu trabalho e de seu amor pelo clube.

SOCIEDADE ESPORTIVA TIRADENTES – O LENDÁRIO TIGRÃO!

(Parnaíba-PI) Por Renneé Cardoso Fontenele
(Em épocas passadas, grandes clubes do país conheceram a fúria do Tigrão piauiense, o temido Amarelão da PM. Hoje, “O Lendário”!)

As histórias e estórias correm soltas. Sobretudo quando se trata de futebol. Associam-se fatos, muitos deles até mesmo não merecendo tal coisa. A título de exemplo, pode-se dizer que restringir a Sociedade Esportiva Tiradentes à derrota elástica sofrida em um dos confrontos com o Corinthians em 1983 e ou ao caso de homicídio envolvendo jogadores do clube (inclusive Jorge Costa, o goleador de 1976), é, no mínimo, uma insensatez.

Bastou apenas uma má apresentação, seguida de goleada como fora (10 a 1), e a “condenação” viria em seguida: “time ruim”, “sem criatividade”, “como foi que o Corinthians perdeu em Teresina?”, e coisas semelhantes!

Os fatos, entrementes, são diversos, muitos dos quais omitidos pela Imprensa Nacional. Revelam, a bem da verdade, um time temido: “Temido Amarelão da PM”, como foi e é conhecido, por muitos!



A Sociedade Esportiva Tiradentes, expressivo clube piauiense, surgiu em 1959, aos 30 dias de junho, por Sargentos e Subtenentes da Polícia Militar do Piauí. Campeão Piauiense de Futebol por 5 vezes (1972, 1974, 1975, 1982 e 1990), o Tigrão, hoje, trabalha somente as categorias de base e o futebol feminino, tendo participado do Estadual Sub-18 deste ano e da Copa do Brasil.

Participou de 5 edições do Brasileirão Série A, em 1973, 1974, 1975, 1979 e 1983. A trajetória do Amarelão da PM é sobremodo digna de aplausos e, claro, reminiscência de um futebol áureo, apresentado por uma equipe nordestina.
Muitos clubes brasileiros, dos maiores centros do país, foram vencidos pelo temido Tigrão, como clubes de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, sem mencionar os do Nordeste e de outras regiões.

Em 1973, entre os 40 clubes, o Amarelão passou para a segunda fase do Brasileiro em 18º, sendo eliminado em seguida, embora vencendo o Ceará no Castelão, empatando com o Coritiba no Couto Pereira e com o Atlético mineiro no Albertão. Em 1974, houve uma divisão em grupos, sendo que o Tiradentes terminou em 11º do Grupo A, perdendo a vaga da segunda fase para o Paysandu que, por 1 ponto, tomou a vaga do clube piauiense. Em 1975, dos 10 clubes do Grupo B (Cruzeiro, Corinthians, Fluminense, Guarani, Atlético paranaense, América mineiro, Ceará, Paysandu, Nacional e Tiradentes), o Tigrão foi o quinto colocado, conseguindo a classificação para a fase seguinte. Na oportunidade, empatava com o Vasco em São Januário e batia o Flamengo no Albertão. Em 1976, jogadores do clube foram envolvidos em um homicídio em Teresina, de modo que o Comando da PM desativou o Departamento de Futebol. De volta aos gramados, em 1979, o Tigrão fizera sua pior campanha, ficando na lanterna do Grupo E. Em 1983, porém, num grupo onde disputavam 3 vagas Corinthians, Fluminense, Fortaleza, CSA e Tiradentes, o Tigrão terminara a fase inicial em terceiro lugar, perdendo a segunda colocação para o Fluminense, pelo saldo de gols, mas passando à fase seguinte.
Alguns jogos marcantes podem ser citados:
Pelo Brasileiro de 1973, o Corinthians conhecia a derrota em Teresina: Caio, o algoz do Timão, fazendo 1 a 0 Tigrão, sobre o maior clube paulista, o Corinthians de Armando, do lateral Zé Maria, do muito reverenciado e craque Rivelino, Tião, Vaguinho, entre outros que viram a vitória piauiense no Albertão, naquele domingo, 16 de setembro de 1973,  uma vitória de nomes simples, como, por exemplo, Toinho, Ivan, Marinho, Caio, Sima, Ventilador, Bina, e outros.

Pelo mesmo campeonato, o Coritiba de Jairo, Scala, Dico e Negreiros, também sofreu a derrota para o Tigrão. Caio e Carlos Alberto marcaram os dois gols da vitória do clube piauiense: 2 a 1 sobre o “Coxa”, em Teresina.

O Vozão, também, seria alvo do Tigrão, no Castelão em Fortaleza. Pelo Brasileiro de 1973, embora o jogo realizado em janeiro de 1974, o temido Tigrão do Piauí deixou as marcas de suas garras: 2 a 0 sobre o alvinegro da capital alencarina. Joel, no primeiro tempo e Marinho, no segundo, decretaram a vitória do Tigrão piauiense em solo cearense.



Em 1974, 27 de março, numa quarta-feira, o famoso “Mecão”, o América de Natal, tomava 3 a 0 no Albertão. Sima, o “Pelé do Nordeste”, abria o marcador da goleada, aos 36 do primeiro tempo. Aos 42, ele, novamente, Sima, fazendo 2 a 0 Tigrão. Joel, aos 38 do segundo tempo, fechava a goleada: Tiradentes 3×0 América-RN.

Outro clube que sofreu a fúria do Tigrão, ainda em 74, foi o Bahia. Mais uma goleada do “Amarelão da PM”, agora sobre os baianos: 3 a 0 o marcador. Miltão marcou dois, e Derivaldo fechou a goleada: 3 a 0 Tiradentes!

O “Fogão” também não escapou da derrota, em 1974. Um timaço alvinegro em campo. Do outro lado, apenas um clube do futebol piauiense. Contudo, o Tiradentes. O Botafogo de Cão, Miranda, Ferreti, Nei, Nílson Dias e Ficher , não agüentou a força do Tigrão no Albertão, naquele sábado, de 4 de maio. Nílson Dias abria o placar, aos 20 do primeiro tempo. Assis, empatava o marcador: 1 a 1. A virada do Tigrão veio com ele, Sima, aos 25 minutos do segundo. Tigrão 2×1 Botafogo.

Outro clube carioca seria batido pelo Tigrão, ainda em 74: o Olaria! O clube carioca, de Dirceu, Jair e Gesse, não suportou a força do clube piauiense, perdendo por 2 a 0. Sima, no segundo tempo, fazia os dois gols da vitória do Tigrão: 2 a 0 Tiradentes.



Dos cariocas aos maranhenses. O mesmo placar fizera o Sampaio Corrêa a vítima seguinte: 2 a 0 no Albertão, com gols de Miltão e Maranhão, para o Tiradentes.

Já em 1975, o América do Rio de Janeiro seria mais um clube carioca a conhecer a derrota: Santos, para o clube piauiense, marcava os dois gols, enquanto Mauro descontava. Tiradentes 2 a 1 sobre o América-RJ.
O Moto Club não teve a mesma “sorte”, perdendo para o Tiradentes por 4 a 1. Sima marcou 2, Edgar e Ubiranir fecharam a conta para o Tigre do Piauí: 4 a 1 Tigrão!

Ainda pelo Brasileiro de 1975, Nivaldo do Tiradentes fazia 1 a 0 no Palmeiras do goleiro Emerson Leão, Eurico, Ademir da Guia, Didi, dentre outros nomes importantes do futebol brasileiro da época, que no Albertão estiveram, na oportunidade. Sima jogou, no entanto, Nivaldo foi o nome: 1 a 0 Tigrão, sobre o “Verdão” do Palestra Itália.



Era quarta-feira 8 de outubro de 1975, em São Januário. A partida prometia: de um lado, Mazarópi, Alfinete, Zanata, Alcir e Roberto Dinamite; de outro, Sima, o artilheiro do Norte-Nordeste do Brasil. Com dois jogadores expulsos (Vicentinho e Joel), o Tigrão foi barreira para o Vasco da Gama, em pleno Rio de Janeiro. Foi Sima, porém, o autor do primeiro gol, aos 44 da etapa inicial: 1 a 0 Tigrão! O Vasco tinha Roberto Dinamite, que, aos 21 minutos da segunda etapa, empatava o placar, dando números finais ao jogo: Tigrão 1×1 Vasco. Saliente-se: o Tiradentes com 9 jogadores em campo!

No dia 29, o Tigrão teria mais um desafio carioca: o Flamengo! Pois bem, a partida foi realizada no Albertão. O Flamengo, de Cantarelli, Júnior, Liminha, Caio Cambalhota e ele, Zico, não esperava vencer o Tigrão lendário do futebol piauiense. Não, evidente que não! Porque, defendendo as cores do “Amarelão da PM”, estava, de pronto, ele, Sima, o goleador! Fato é que marcaram Sima de forma eficaz. Esqueceram, todavia, do atacante Meinha, que balançou as redes rubro-negras logo aos 4 minutos de jogo: 1 a 0 Tigrão, para o delírio de mais de 30 mil torcedores no Albertão! Mas o Flamengo era uma equipe e tanto, empatando e virando o marcador, com Luisinho (aos 20) e Zico (aos 30), fazendo 2 a 1 Flamengo. Na segunda fase do jogo, o Tigrão voltou a mostrar as “garras”. Leal e Roberval marcaram, terminando o confronto em 3 a 2 Tiradentes, e mais um grande clube do futebol brasileiro derrotado pelo lendário Tigrão do Piauí.


Pelo mesmo Brasileirão de 1975, o Santa Cruz, de Ramon e Luís Fumanchu, chegava às semifinais do campeonato, fato que lhe deu a condição de ser o primeiro clube do Nordeste a chegar às semi do Brasileirão, inclusive, derrotando o Palmeiras, por 3 a 2, em São Paulo e o Flamengo, no Rio, por 3 a 1.

Contra o Tigrão, entretanto, a história foi outra: mesmo jogando no Arruda, pela segunda fase do campeonato, o Santa não conseguiu superar o lendário Tiradentes. Ramon, para o Santa, aos 27 minutos fazia 1 a 0. Sima, o matador, aos 49 do segundo, empatava para o Tigrão: 1 a 1, placar final, em Recife!
Prosseguindo em 1975, o América de Natal tornava a perder: 1 a 0 Tiradentes, com gol de Sima, no Albertão!

Em 1983, pelo Grupo D (Corinthians, Fluminense, Fortaleza, CSA e Tiradentes), 5 clubes disputavam 3 vagas. O Tigrão passou, novamente, à segunda fase, terminando a primeira em terceiro colocado, perdendo a segunda colocação no Grupo para o Fluminense, pelo saldo de gols (ambos com 9 pontos), sendo o Corinthians o primeiro do Grupo e o Fortaleza o lanterna. Oportuno observar, diga-se, que o Tigrão bateu todas as equipes do Grupo D, na primeira fase.
Apesar de haver sofrido a dita goleada para o Corinthians, coisa que aconteceria posteriormente, o Tigrão bateu, mais uma vez, a equipe paulista. Era 29 de janeiro de 1983. O Corinthians com seu grande elenco: Solito, Gonzalez, Wladimir, Zé Maria, Zenon, Biro-Biro, Paulo Egídio, Sócrates e Casagrande, além de outros nomes! O Tigrão, com Válter Maranhão, Sabará, Hélio Rocha, Joniel e Zuega, dentre outros nomes, faria o seu papel em casa, com Sabará (o pequeno-gigante), abrindo o placar aos 34 do primeiro tempo. Hélio Rocha, aos 39 minutos iniciais, ampliava o marcador: 2 a 0 Tigrão! Aos 18 minutos do segundo tempo, Sócrates diminuía o marcador. Foi só: Tiradentes 2×1 Corinthians!

Continuando em 83, após o Corinthians, veio o Fluminense. A exemplo de Flamengo, América, Olaria e Botafogo noutras ocasiões, o tricolor das Laranjeiras foi outro carioca que não conseguiu parar o ataque do Tigrão. Com nomes importantes do futebol na ocasião, como Paulo Vitor, Branco, Aldo e Leomir, o  Fluminense perdeu em Teresina por 1 a 0. Sabará, aos 4 minutos do primeiro tempo, definiu a partida: 1 a 0 Tiradentes!
Na sequência, o Tigrão foi ao Castelão, em Fortaleza, enfrentar o Leão do Pici. O Tigrão fez 1 a 0, com Luís Sérgio, mas Rôner empatou para o Fortaleza, terminando o jogo em 1 a 1. Na segunda partida, em Teresina, no Albertão (“Gigante de Concreto”), o Fortaleza seria mais um clube goleado pelo Tigrão. Com  3 gols de Luís Sérgio, e 1 de Hélio Rocha, o Tigrão aplicava  4 a 1 no Leão do Pici, fazendo o Fortaleza  seu gol de honra  através de Lenílson. Curioso notar que o Fortaleza iniciou a partida vencendo, cedendo a virada e o placar elástico posteriormente: 4 a 1 Tigrão!

Por fim, o CSA de Alagoas, perdendo por 2 a 1. A Vitória do Tigrão veio com Sabará, aos 27 minutos do primeiro tempo. Romel, aos 30, empatou para o clube alagoano. Flávio, aos 35 do segundo tempo, fazia 2 a 1 Tiradentes, “O Lendário”!

Como se vê, a história da Sociedade Esportiva Tiradentes, o Tigrão, ou Amarelão da PM, não se restringe ao jogo contra o Corinthians e nem a algum fato negativo relacionado ao modesto futebol do Piauí, mas é motivo de orgulho tanto para o piauiense quanto para o nordestino em geral, em virtude de seus feitos e, sobretudo, de toda sua história por si só!


O DIA EM QUE O DRAGÃO CHOROU AOS PÉS DO LEÃO!

(Parnaíba-PI) Por Renneé Cardoso Fontenele
(Depois de bater o Vila Nova, Barras consegue eliminar Atlético-GO, no Albertão!)

Era, exatamente, 29 de novembro de 2007 (há quatro anos), pela Série C do Campeonato Brasileiro, cuja data ficaria marcada nos registros do Dragão.



O time goiano necessitava vencer, a fim de conseguir o acesso tão cobiçado. A Série B, para o Atlético, parecia bem próxima, porque julgava a partida contra o Leão do Marataoan já vencida.

O Barras, sem condições de avançar na competição, porque já estava eliminado, jogava cumprindo tabela no Octogonal. Ao ABC, restava torcer por uma vitória do tricolor barrense. Dizem, as más línguas, que o clube barrense, àquela altura, havia recebido a famosa “mala-branca”, do clube potiguar, para, assim (vencendo o Dragão), a equipe do ABC, ficar com a vaga.

Fato é que, quando a bola rolou no Albertão, a equipe piauiense foi só ataque, e um bom jogo era realizado na maior praça de futebol do Piauí.

O Dragão foi em busca de sua vitória, mas o Leão estava impossível.  A  animação, e o favoritismo do time goiano, acabaram se tornando objetos da teoria, quando, aos 16 minutos, numa bola cruzada pela esquerda, Niel acerta um belo chute, marcando o primeiro gol tricolor, em Teresina: 1 a 0 Leão!

O primeiro tempo acabou com o marcador em 1 a 0, não fosse a ausência de eficácia do ataque leonino, perdendo a chance de ampliar o marcador.

No prejuízo, o rubro-negro de Goiás retornou para a segunda etapa sob pressão: deveria ganhar, mas estava prestes a tomar o segundo gol. Recebendo pela esquerda, Pantico bate cruzado por cima do goleirão rubro-negro, fazendo 2 a 0 Barras.

O terceiro gol tricolor não saíra por “inconveniência” da trave direita do arqueiro rubro-negro.
Somente aos 42 minutos do final da partida, o Atlético descontava, com Anailson, escorando para as redes tricolores, após cruzamento da direita: 2 a 1 Barras.

O Barras jogou e eliminou o Dragão com Isaías; Niel, Laercio, Pantera e Leandro; Serginho, Totonho, Didi Potiguar (Eduardo) e Luciano (Felipe); Thiago (Pantico) e Joniel.

O Atlético-GO, foi eliminado com Márcio; Guerra, Gilson, Jairo e Rodrigo Silva; Robson (Fabinho), Pituca, Lindomar e Capixaba; Rivaldo e Anailson.



HÁ QUATRO ANOS, LEÃO DEVOLVIA AO VILA NOVA RESULTADO NEGATIVO EM GOIÁS!


(Parnaíba-PI) Por Renneé Cardoso Fontenele

(NO PRIMEIRO CONFRONTO, O VILA VENCEU O TRICOLOR DE BARRAS POR 2 a 1, EM GOIÁS)

Era 14 de novembro de 2007, pelo Campeonato Brasileiro de Futebol Série C. Barras e Vila Nova de Goiás entrariam em campo para mais uma batalha pelo octogonal final do Brasileiro, no estádio Albertão em Teresina.

De um lado, o Vice-Campeão Piauiense de Futebol, o Leão do Marataoan, com uma campanha brilhante e jamais conseguida por outro clube piauiense na terceirona. De outro, o Vila Nova, com Túlio e companhia.



Era a última fase do campeonato. O Vila Nova, certo de que venceria a partida, necessitava vencer o jogo, para continuar sonhando com o título. Mas o Vila não esperava encontrar uma equipe tricolor aguerrida e com grande qualidade técnica e tática. O alvirrubro de Goiás apoiava-se em sua estrutura, como disseram alguns de seus jogadores.

Foi, contudo, a equipe piauiense quem mandou na partida: aos 36 minutos do primeiro tempo, Niel balançava as redes do Vila, fazendo 1 a 0 Leão. O placar não mudaria, até o término da primeira etapa.
No segundo tempo, logo aos 8 minutos, Pantico marcava o segundo gol tricolor, revelando a superioridade do Barras no embate. Os 2 a 0 não refletiam, porém, as jogadas  criadas pelo ataque do Barras. Aos 24 minutos, Anderson descontava para o Vila, dando números finais ao grande jogo.

O Vila Nova terminou o Brasileiro Série C de 2007 em 3º lugar, e o Barras em 7º.



Renneé Cardoso Fontenele
09.03.2011
Neste Carnaval, muitos torcedores falavam sobre Parnahyba e Paysandu. Dois times de Parnaíba que, em seus jogos, lotavam o estádio, proporcionando aos torcedores conversações, a respeito dos confrontos, a semana inteira.
O Clássico “Papay”, como era conhecido, ficou na memória dos torcedores azulinos e alvirrubros – estes, porém, mantêm a memória mais sólida, por assim dizer, do Clube, em virtude da inatividade do Brasinha.

Tubarão e Brasinha faziam seus jogos com muita rivalidade, fato que se estendia até as arquibancadas, com torcedores “em nervos” e, de alguma forma, almejando a vitória. Arquibancada Azul e Vermelha, eis o Clássico Papay, destinando torcedores que saíam de casa, após um dia de domingo reservado ao descanso; outros tantos, em cima da hora, como se diz, chegavam das praias de Atalaia e Pedra do Sal; outros deixavam seus churrascos, encaminhando-se ao Verdinho; e, até mesmo, de outra cidade, antecipando passagens em virtude do Clássico. Saudades do Clássico Maior, do Norte do Piauí.

Mas, há ainda torcedores que desconhecem o Paysandu. Pois bem! Num breve escorço, o Paysandu Esporte Clube, Vice-campeão Piauiense de 1992, foi fundado em 12 de agosto de 1928 e, entre seus fundadores, estavam Cauby, Moacyr e Paracy (família Negreiros), oriundos do Pará, daí o nome Paysandu e a diferença das cores do de Belém. Inclusive, juntos com Biná, Tote, Pepê e outros, Cauby, Moacyr e Paracy vestiram a camisa do Brasinha. O Alvirrubro do Bairro São José que, mais tarde (década de 90), teria em seu quadro de atletas, além de outros bons jogadores, Iarley, jogador sobremodo conhecido no país.

Em 1992, o Brasinha, após eliminar o Ríver, no estádio Mão Santa, e vencer o 4 de Julho, nos pênaltis, dentro do Itacoatiara, fora Campeão do Returno, decidindo, posteriormente, a finalíssima com o 4 de Julho, em Piripiri, cuja partida, para a tristeza dos torcedores que saíram de Parnaíba, lotando os 11 ônibus disponibilizados, Batistinha finalizaria para o 4 de Julho: 1 a 0. Desde 2001 não disputa o Estadual.

Que o Brasinha retome suas atividades – é o desejo dos seus torcedores e o da massa azulina, a fim de que haja, novamente, o grande confronto Papay: Parnahyba e Paysandu.
Obs: a fotografia marca 1993, mas o título foi de 1992!
Assista ao vídeo da Final do Campeonato Piauiense de 1992, entre Paysandu e 4 de Julho, na Arena Colorada, em Piripiri.



Por Renneé Cardoso Fontenele

O futebol piauiense, de 2001 a 2010, revelou um quadro de números favoráveis aos times do interior do Estado.
Partindo das dez finais, nove times disputaram os dez títulos em jogo: três da capital (River, Flamengo e Piauí) e seis do interior (Parnahyba, Barras, Comercial, Oeiras, Picos e IV de Julho). Apenas a final de 2002 foi disputada por dois times da capital (River e Flamengo), enquanto que os times do interior disputaram as finais de 2006 (Parnahyba e Barras), 2008 (Barras e Picos) e 2010 (Barras e Comercial). As demais tiveram seus confrontos com um time da capital e outro do interior.



Por títulos, o Parnahyba e o River empatam, com três cada. Saliente-se, porém, que os do Parnahyba foram consecutivos. Por finais, Parnahyba, Barras e River empatam: estiveram em quatro, de modo que todos os times do interior fizeram quase todas as finais, com exceção de 2002, apenas, disputada por River e Flamengo.
Os maiores finalistas do interior somam oito vezes (Parnahyba e Barras). Já os da capital somam sete (River e Flamengo).
Vê-se, com isso, a preponderância do futebol do interior sobre o da capital, em dez anos mencionados. Viva o futebol do interior do Piauí!








Muitos jogos memoráveis aconteceram no período do Tri Azulino. Eis alguns resultados: goleadas aplicadas pelo Tubarão durante o Tri (2004, 2005, 2006).

2004
Parnahyba 4×1 4 de Julho Mão Santa

2005
Parnahyba 5×1 Ríver Mão Santa
Comercial 0×3 Parnahyba Deusdeth Melo

2006

Parnahyba 3×0 Caiçara Mão Santa
Parnahyba 4×0 Flamengo Mão Santa
Parnahyba 8×1 4 de Julho Mão Santa


Fonte: Blog Futebol Piauiense

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