28/08/2020

STJ afasta Witzel do cargo e tenta prender Pastor Everaldo por suspeitas de irregularidades na saúde

Vice Cláudio Castro assume. Determinação faz parte de investigação sobre supostos desvios nos contratos emergenciais para a Covid-19. O G1 tenta contato com a defesa do governador.

STJ afasta governador Wilson Witzel

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, nesta sexta-feira (28), o afastamento imediato do governador Wilson Witzel (PSC) do cargo por irregularidades em contratos na saúde.

O vice, Cláudio Castro, assume o governo do RJ.

O STJ também expediu mandados de prisão contra o Pastor Everaldo, presidente do partido; Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico; Sebastião Gothardo Netto, médico e ex-prefeito de Volta Redonda.

Havia ainda mandados de busca e apreensão:

contra a primeira-dama, Helena Witzel;
contra o presidente da Alerj, André Ceciliano;
no Palácio Guanabara -- sede do governo.

Por que Witzel foi afastado
A ordem de afastamento e os mandados de prisão é decorrência das investigações da Operação Favorito e da Operação Placebo -- ambas em maio, e da delação premiada de Edmar Santos, ex-secretário de Saúde.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que o governo do RJ estabeleceu um esquema de propina para a contratação emergencial e para liberação de pagamentos a organizações sociais (OSs) que prestam serviços ao governo, especialmente nas áreas de saúde e educação.

A PGR sustenta que Witzel usou o escritório de advocacia da mulher, Helena, para receber dinheiro desviado por intermédio de quatro contratos simulados no valor aproximado de R$ 500 mil - cerca de R$ 15 mil mensais de cada uma das quatro.

A decisão do ministro Benedito Gonçalves levou em conta as investigações de outras duas ações: a Favorito, que prendeu o empresário Mário Peixoto, e a Placebo, sobre desvios de dinheiro público destinado à montagem de seis hospitais de campanha do estado para o tratamento da Covid-19.

A operação desta sexta
Às 6h20, carros da Polícia Federal (PF) chegaram ao Palácio Laranjeiras -- residência oficial do governo do RJ -- para notificar Witzel do afastamento.

Paralelamente, equipes chegavam à residência de Everaldo, uma cobertura no Recreio.

PF cumpriu mandados em cobertura onde mora o Pastor Everaldo — Foto: Reprodução/TV Globo

A Operação Placebo
Em maio, Witzel e a mulher foram alvo de mandados de busca e apreensão da PF, expedidos pelo STJ.

A PF buscava provas de supostas irregularidades nos contratos para a pandemia. A Organização social Iabas foi contratada de forma emergencial pelo governo do RJ por R$ 835 milhões para construir e administrar sete hospitais de campanha.

Esta reportagem está em atualização.

Viaturas da PF na porta do Palácio Laranjeiras — Foto: Reprodução/TV Globo

Fonte: G1 PI

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