11/07/2018

Batista não vai à audiência e juiz nomeia interventor até novas eleições no Parnahyba

Presidente afastado é multado por estratégia de adiamento da sessão de conciliação, e Tubarão conhece interina que vai conduzir clube até escolha de novo dirigente.

Parnahyba terá presidente interino até realização de novas eleições (Foto: Renan Morais)

O Parnahyba avançou no processo que colocou Batista Filho e Leony Veras, o Gringo, frente a frente na Justiça. O juiz Georges Cobiniano Sousa de Melo, da 1ª vara cível de Parnaíba, multou o dirigente afastado em R$ 1 mil pela estratégia de tentativa de adiamento da sessão e nomeou Celina Maria Olivindo como presidente interina até que sejam realizadas novas eleições para o cargo no clube. O termo foi assinado pelo magistrado na audiência de conciliação da ação movida por Gringo em que ele acusa o atual presidente por supostas irregularidades na gestão azulina.


Derrotado nas eleições do ano passado, Gringo apontou na Justiça supostas irregularidades cometidas no pleito que prolongou o mandato de Batista Filho e também supostas infrações na prestação de contas. O juiz responsável pelo processo afastou preventivamente o dirigente do cargo e relatou que a ausência de comprovantes de gastos, confirmada pelo Ministério Público Estadual, comprova falta de transparência e é um indício de má gestão no clube. O magistrado afirmou que a permanência de Batista Filho no cargo de presidente "é um perigo para o patrimônio da entidade por ele administrada". O dirigente negou ter descumprido o que determina o estatuto do Tubarão.

A primeira audiência de conciliação não encerrou a briga judicial, e a defesa de Batista Filho pediu mais tempo para apreciar a causa. Por conta da solicitação, Georges Cobiniano Melo remarcou a sessão para o dia 6 de julho, dia do jogo entre Brasil e Bélgica pela Copa do Mundo, mas precisou adiar novamente, desta vez para o dia 9, segunda-feira.

Batista Filho (Foto: Renan Morais)

Diante da ausência de Batista Filho e seus advogados, o juiz apontou no despacho que houve um novo pedido de adiamento protocolado pela defesa do cartola, no domingo, véspera da audiência, o que, para o magistrado, impede que, em caso de deferimento, fossem as partes comunicadas, evitando deslocamento e abertura de audiência. A estratégia de Batista Filho foi considerada pelo juiz como “ato que viola a boa fé e o princípio da cooperação”. Por conta disso, foi aplicada multa de R$ 1 mil a ele.

- Os advogados alegaram que o juiz não podia marcar para segunda-feira e que deveria ter sido 20 dias a partir daquela data. Meus advogados me recomendaram a não ir. E nem daria porque eu tinha compromissos em Teresina - comentou Batista Filho.

Leony Veras (à direita) questiona supostas irregularidades de Batista Filho na Justiça (Foto: José Wilson/Jornal da Parnaíba)

Para conduzir o clube nos próximos dias, o juiz escolheu Celina Maria de Souza Olivindo, professora da Universidade Federal do Piauí, como presidente interina. A administradora receberá remuneração de R$ 2 mil mensal para desempenhar a função e ficará responsável pela gestão azulina até a realização de novas eleições no clube. A interventora deve, também, apresentar relatório de prestação de contas do Parnahyba, especialmente a cerca do dinheiro público investido recentemente. Não há prazo para a realização das novas eleições no Tubarão.

- Vamos disputar novamente as eleições. Cargo para mim me honra, mas não me envaidece. Fiz e contribuir com o clube. Tenho 60 anos de idade, 30 só de Parnahyba. Tenho uma história no futebol piauiense. Não é só eu querer, a própria torcida quer. Teve muita coisa errada nesta eleição, não teve prestação de contas - destacou Gringo.

Em contato com a reportagem, Miguel Bezerra, advogado de defesa, afirmou que vai recorrer da decisão do juiz, sobretudo da multa imposta pelo não comparecimento à audiência.

Fonte: GloboEsporte.com, PI

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