Fotos: Polícia Civil
O ex-servidor comissionado da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) de Teresina, investigado por comandar a exclusão ilegal de multas no sistema do órgão, se apresentou à Polícia Civil do Piauí nesta sexta-feira (25), acompanhado de um advogado. Ele foi interrogado, levado à Central de Flagrantes e encaminhado ao sistema prisional. A audiência de custódia está prevista para este sábado (26).
A prisão do investigado ocorre dois dias após a deflagração da Operação Reset, conduzida pelo Departamento de Combate à Corrupção (Deccor), que revelou um esquema de exclusão indevida de multas de trânsito, beneficiando motoristas infratores e causando prejuízo aos cofres públicos.
Segundo a investigação, entre fevereiro e junho de 2024, pelo menos 2.215 multas foram apagadas de forma irregular, o que representa um dano superior a R$ 503 mil ao município. Além disso, cerca de 12.393 pontos foram removidos das carteiras de habilitação dos condutores favorecidos pela fraude.
De acordo com a polícia, o ex-servidor preso nesta sexta era responsável por dar ordens a funcionários terceirizados para executarem as exclusões no sistema da Strans.
Até o momento, três pessoas foram identificadas como executoras diretas do esquema: o ex-superintendente da Strans, um ex-gerente de trânsito e o servidor terceirizado preso. Os dois primeiros devem cumprir medidas cautelares com uso de tornozeleira eletrônica.
A investigação segue em andamento. A Polícia Civil vai analisar os materiais eletrônicos apreendidos para rastrear as ordens superiores e o envolvimento de agentes políticos, incluindo vereadores de Teresina.
Fonte: Cidadeverde.com
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