17/05/2018

Suspeito de matar cabeleireira esfaqueada e atropelada deixa carta para polícia

Em texto ex-namorado de Aretha Dantas demonstra raiva da vítima e de uma amiga dela. Suspeito ainda pede para que cuidem do cachorro dele.

Cabelo que seria da vítima foi encontrado na casa do ex-namorado, suspeito do crime (Foto: José Marcelo/G1PI)

O suspeito de matar a cabeleireira Aretha Dantas Claro, de 32 anos, esfaqueada e atropelada deixou uma carta na casa em que morava na Zona Sudeste de Teresina. Policiais que foram até a residência do suspeito, ex-namorado da vítima, nesta quarta-feira (16) encontraram a carta e informaram que no texto o homem demonstra raiva contra a cabeleireira e uma amiga dela.


Os policiais encontraram na casa do suspeito o celular, a carteira de trabalho e cabelo da vítima. Foram encontrados também outros objetos que seriam do ex-namorado da cabeleireira. Uma faca com marcas que aparentam ser de sangue também foi encontrada no local.

Objetos pessoais da vítima e uma faca foram encontrados na casa em que ela morava com o suspeito (Foto: José Marcelo/G1PI)

Segundo o delegado Jarbas Lima, a polícia acredita que a carta é do suspeito de matar a cabeleireira. “Acreditamos ser dele, relatando algumas coisas com muita raiva da vítima. Ele desfere alguns impropérios contra uma amiga da vítima, mas a carta vai ser periciada e melhor analisada”, relatou o delegado acrescentando que a carta foi deixada propositalmente.

Objetos da vítima e do suspeito foram recolhidos pela polícia (Foto: José Marcelo/G1PI)

Jarbas Lima disse ainda que o homem deixou orientações na carta sobre os cuidados com um cachorro dele, da raça pitbull, que foi levado pelo Centro de Zoonoses de Teresina antes dos policiais entrarem na casa. “Ele pede para cuidar do cachorro dele. Não sabemos precisar as circunstâncias da carta e ao longo da investigação vai ser melhor esclarecido”, afirmou.



Manchas que seriam de sangue estão no carro de suspeito do crime (Foto: João Marcelo / G1 PI)


Sobre as circunstâncias do crime o delegado afirmou ainda que há pontos que precisam ser elucidados. “Há possibilidades dela ter sido morta dentro do veículo e jogada na avenida Maranhão e ter sido atropelada para simular um atropelamento ou foi morta dentro da casa, colocada no veículo e colocada lá. Vamos ainda esclarecer”, disse Jarbas Lima acrescentando que diligências estão em curso para prender o suspeito.

Interior do carro possui manchas, que segundo a polícia seriam de sangue (Foto: José Marcelo/G1PI)

Núcleo de Feminicídio investiga crime
Morte de Aretha Dantas Claro, 32 anos, é investigada por Núcleo de Feminicídio em Teresina (Foto: Arquivo Pessoal)

Segundo a delegada Luana Alves, coordenadora do Núcleo de Feminicídio da Polícia Civil, a cabeleireira foi agredida na residência do suspeito. “O que nos interessa é que o local do crime foi elucidado e foi o ex-companheiro que matou. Agora estamos fazendo diligência após a perícia para fazer a prisão dele", disse.

A delegada acredita que o ex-companheiro da vítima cometeu o crime por não aceitar o fim do relacionamento. "Eles tinham relacionamento aproximadamente um ano e dezembro teve a separação em razão da violência desse rapaz e que depois eles reataram”, contou a Luana Alves, acrescentando que o dois separaram novamente e que se encontravam.

Familiares relataram que a vítima recebia ameaças do ex-namorado. Segundo o irmão de Aretha, Aldí Filho, ela havia terminado um relacionamento há pouco tempo e estava apreensiva com a reação do ex-companheiro. “Ela contou para a gente que a mãe do ex ligou para ela dizendo que ele estava transtornado, sentindo a falta dela. Que ele quebrava as coisas lá, que não conseguia mais trabalhar”, disse.

Segundo Rubens Portela Dantas, tio da vítima, Aretha era divorciada e não tinha filhos. A cabeleireira de 32 anos morava com a avó em Teresina, e havia terminado um namoro há pouco tempo.

Fonte: G1 PI

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