16/05/2018

Polícia fecha clínica de aborto após denúncia de adolescente no Sul do Piauí

Adolescente contou à Polícia que foi coagida a fazer um aborto pelo namorado, preso durante a operação. Jovem estava no sexto mês de gestação e passou por complicações por conta do procedimento.

Adolescente passou por complicações após passar por procedimento abortivo e foi atendida no Hospital Regional de Picos. (Foto: Reprodução Tv Clube)

Um local onde supostamente eram realizados abortos clandestinos foi descoberto pela Polícia da cidade de Paulistana, a 463 km de Teresina. Duas pessoas suspeitas de conduzir os procedimentos e o namorado de uma adolescente que foi submetida a um procedimento de aborto foram presos na manhã desta quarta-feira (16). O caso teria sido descoberto após denúncias da adolescente, que teria sido obrigada pelo namorado a passar por um aborto.


Inicialmente, a Polícia Militar havia informado que o namorado da jovem também era menor. Contudo, a Polícia Civil esclareceu que o rapaz é maior de idade e foi preso durante a operação. Trata-se de Cleiton Rodrigues de Oliveira.

De acordo com o major Felipe Oliveira, comandante da Polícia Militar de Paulistana, o caso foi denunciado há alguns dias pela adolescente de 16 anos. A menor relatou aos policiais que foi coagida a se submeter ao procedimento abortivo por ameaças do namorado, que não aceitava a gravidez. A adolescente estava no sexto mês de gestação.

Após o procedimento, realizado em uma casa localizada próximo ao centro de Paulistana, houve uma complicação e a adolescente teve que ser levada para o hospital da cidade. Como o quadro de saúde da vítima era grave, ela foi encaminhada para o Hospital Regional de Picos. Após deixar o hospital a adolescente teria procurado a Polícia.

A denúncia foi recebida pela Delegacia Regional de Paulistana, que descobriu a existência da suposta clínica clandestina. Além do namorado da adolescente, Cleiton Rodrigues de Oliveira, duas pessoas foram presas durante a operação suspeitas de operar a suposta clínica: a técnica de enfermagem Vilma Inocência Ribeiro e Jéssica Rita da Conceição, dona da casa onde o procedimento foi realizado.

De acordo com o depoimento da menor, foi cobrado o valor de R$ 300 pelo procedimento. O delegado Cícero de Oliveira, titular da delegacia de Paulistana, disse que a adolescente também pode responder pelo crime. “Vamos investigar. Se ficar até o final do inquérito ficar comprovado que ela fez isso de forma coagida, por conta de ameaças, ela não responde”, disse o delegado.

No local foram apreendidos equipamentos e medicamentos que seriam usados para induzir o aborto. A clínica clandestina funcionava em uma casa localizada próximo ao centro de Paulistana. “A menor contou que durante as manobras abortivas as duas mulheres lhe falaram para que ficasse tranquila, por que eram acostumadas a fazer aquele tipo de procedimento”, disse o delegado.

Fonte: G1 PI

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