O julgamento da morte do economista José Afonso Vieira dos Santos Júnior foi suspenso mais uma vez. Previsto para acontecer nesta terça-feira(27), uma liminar do desembargador Pedro de Alcântara Macedo do Tribunal de Justiça adiou o júri e ainda solicitou uma segunda exumação do corpo.
Esta é a segunda vez que o Tribunal do Júri suspende o julgamento.A primeira, prevista para 29 de janeiro foi adiada porque a ré, a ex-esposa Cybelle Moura de Carvalho, mudou de advogado e este pediu um prazo para ficar a par do processo. E desta vez, a nova defesa pediu a suspensão para a realização de uma nova exumação.
“Nós estamos decepcionados e revoltados, porque por mais que a pessoa tenha direito a defesa, ela tem tido os recursos e tem perdido em tudo. O sentimento é de revolta porque era estão só protelando o que é para acontecer”, destaca a irmã do economista Andrea Santos.
Ela revela que não entende para que uma nova exumação. “Agora é aguardar as novas decisões. A primeira exumação foi pedida pelo Ministério Público porque foi encontrado veneno de rato. Não foi a família, mas nós aceitamos e queremos que tudo seja resolvido”, declarou.
“São doze anos. O que é isso? Isso aqui é uma decepção. Chama-se decepção. Eu sei que aqui tem gente digna de trabalho, mas isso são protelações”, lamenta a mãe do economista, Irismar Lopes.
De acordo com o advogado de Cybelle, Yure Félix, a primeira exumação foi falha, por isso querem uma nova para saber se realmente houve suicídio ou homicídio.
“A exumação anterior, no entendimento da defesa, no entendimento médico legal, foi feita totalmente equivocada. Existe inúmeras inconsistência. Falhas metodológicas, insuperáveis que a única maneira de se dirimir a dúvida é por meio de uma nova exumação”.
A morte do economista ocorreu no dia 16 de outubro de 2006. Ele foi encontrado morto dentro de um apartamento no bairro Primavera, zona Norte de Teresina.
Caroline Oliveira
carolineioliveira@cidadeverde.com
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