14/03/2018

Delegado Jorginho morre aos 61 anos, vítima de infarto, em seu apartamento

Graciane Sousa/Cidadeverde.com

O delegado Carlos Jorge Moura de Queiroz, 61 anos, conhecido como Delegado Jorginho, morreu na manhã desta quarta-feira(14) no apartamento onde residia com a família, no bairro Noivos, na zona Leste de Teresina. Delegado e agentes da Polícia Civil, que trabalhavam com Jorginho, estão no prédio.

Da sacada do apartamento de Jorginho há algumas pessoas bastante emocionadas. O corpo ainda está no local.

Com obesidade mórbida, ele passou mal agora pela manhã. Uma equipe do Samu foi chamada e, apesar de não ter demorado a chegar, quando subiu ao seu apartamento constatou que ele já estava morto, vítima de infarto. 

O juiz Raimundo Rolland, um dos irmãos do delegado, confirmou que ele sofreu um ataque fulminante do coração próximo das 8h. 

"Por volta das 7h30, a esposa dele se levantou e disse que ia tomar café. Ele disse: vai meu bem. Quando voltou, ele já estava sem vida", disse o irmão que contou ainda que Jorginho pesava mais de R$ 150 kg. 

"Ele já não dormia bem por conta de problemas relacionados à obesidade. Não gostava de ir pra médico....era uma peça que todo mundo gostava", disse o irmão bastante abalado. 

Da sacada do apartamento de Jorginho há algumas pessoas bastante emocionadas. O corpo ainda está no local.

Natural de Fortaleza-Ce, Jorginho fez carreira no Piauí como delegado da Polícia Civil, onde entrou nos anos de 1980 e chegou a ser candidato a vereador em 2012, por Teresina. O delegado também tentou a carreira musical, que o fez ser reconhecido nacionalmente, com participação no Programa do Jô, com a música Mundé de Mulher: "cobra que não rasteja não engole sapo".

Arquivo Pessoal

Em 2015, Jorginho Queiroz chegou a ser internado por crise hipertensiva. Na época, o próprio delegado postou uma foto em seu perfil no Facebook, fazendo sinal de vitória no hospital. "Não adianta pedir, porque o Pai, a mãe e o filho indefere. Amém!", escreveu.

Jorginho completaria 62 anos em maio. Ele morava com a esposa, dois filhos e a mãe. O velório será realizado na funerária Pax União, na avenida Miguel Rosa, para onde a família prepara o translado.

Delegado do caso Donizetti Adalto (Por Zózimo Tavares)

Jorginho ganhou projeção na Polícia Civil como delegado do Caso Donizetti Adalto. O apresentador de TV e candidato a deputado federal foi assassinado no começo da madrugada de 19 de setembro de 1998, a poucos dias das eleições. 

À época do crime, praticado após uma reunião política na zona Norte de Teresina, Jorginho era delegado do 2º Distrito Policial, onde atuou em seus últimos dias de vida, depois de passar por diversas outras delegacias da capital.

A polícia descobriu que Donizetti fora vítima de uma emboscada. O apresentador foi assassinado com oito tiros de revólver, depois de uma brutal sessão de espancamento na qual teve ossos quebrados e perdeu quase todos os dentes, ficando completamente desfigurado.

Já no dia seguinte ao assassinato, as Polícias Civil e Federal prenderam várias pessoas como suspeitas de envolvimento no crime. Uma delas era o então presidente da Câmara Municipal de Teresina, vereador Djalma Filho, candidato a deputado estadual em dobradinha com o apresentador.

Fotos: Arquivo Pessoal


Caroline Oliveira, Graciane Sousa e Zózimo Tavares
redacao@cidadeverde.com

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