(Crédito: Efrem Ribeiro)
Uma criança de seis anos, Tallison Henrique Lopes Pereira, teve sua perna atingida por um tiro de revólver durante tentativa de defesa de 350 famílias que estão ocupando 100 hectares de terras no assentamento Santa Vitória, na região entre Conjunto Pedra Mole e Gurupá de Cima, na zona Leste de Teresina.
O pai da criança, Bruno Henrique Pereira, disse que os seguranças chegaram às 7h de terça-feira na ocupação, derrubando barracos com facões e motosserras e quando houve reação dos ocupantes, eles atiraram atingindo a perna de seu filho.
Tallisson Henrique Pereira da Silva foi levado por uma ambulância do Serviço Móvel de Urgência (Samu) para atendimento médico no Hospital de Urgência de Teresina. “Ele foi baleado, mas não corre risco de morte, porém continua internado no HUT sendo acompanhado por minha mulher Thais Henrique Pereira”, declarou Bruno Henrique Pereira que é servente de pedreiro.
Duas viaturas da Polícia Militar foram ao local da ocupação porque os sete seguranças que trabalham para o homem que se diz dono da área ocupada chamaram a polícia alegando que um dos ocupantes das terras estava armado. Os policiais, porém, fizeram as buscas nos casebres e não encontraram armas, mas os seguranças ficaram fazendo bloqueio na entrada da ocupação, sendo que alguns deles são policiais militares. Além dos seguranças, alguns homens que estavam no local foram operar as motosserras usadas na derrubada dos casebres.
(Crédito: Efrem Ribeiro)
Francinete Rodrigues Lopes disse que está na invasão porque mora de favor em uma casa no bairro Anita Ferraz com quatro filhos. “Nós somos pobres e achamos esta terra abandonada e resolvemos ocupar, agora os capangas do homem que se diz dono das terras vem com violência para derrubar os barracos”, declarou, lembrando que a ocupação existe há oito meses.
Francisco da Costa Batista, de 62 anos, disse que os seguranças queriam atirar contra ele porque ele tinha decidido resistir e não sair do local da ocupação. “Eles estão usando motosserras e armas para nos intimidar. Eu vivo em uma casa alugada no conjunto HBB e vi na ocupação uma oportunidade de ter uma casa própria”, declarou Francisco da Costa Batista.
(Crédito: Efrem Ribeiro)
Fonte: Portal Meio Norte