23/11/2017

Ex-tenente diz que andava armado para fazer segurança de Iarla

Wilson Filho/Cidadeverde.com

O ex-tenente do Exército, José Ricardo da Silva Neto, acusado de matar sua então namorada Iarla Lima Barbosa em junho deste ano, após saírem de um bar localizado na zona Leste de Teresina, disse na audiência que terminou por volta das 18h40 desta quarta-feira (22) no Fórum Criminal que estava armado para proteger a namorada na volta pra casa. O resultado da audiência só deve sair em dez dias, já que as alegações finais serão feitas por escrito e não oralmente como estava previsto.

Segundo ele, o caminho para a casa de Iarla era perigoso. Além disso, o rapaz alegou que seu carro era novo e por isso também andava armado.

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O ex-tenente negou ainda que tenha atirado de propósíto na irmã da namorada, Ilana Lima. "Não foi direcionado a ela foi em decorrência da briga", disse durante o interrogatório.

Ao todo foram arroladas 11 testemunhas de defesa do réu e oito pelo Ministério Público. A audiência era para definir se o ex-tenente vai para júri popular ou não, no entanto, por conta do horário avançado, o juiz Antônio Noleto acatou o pedido da acusação e defesa de enviar as alegações finais por escrito em dez dias, a contar do recebimento do processo pelo MPE, representando na ocasião pelo promotor Ubiraci Rocha. Só após as alegações o magistrado vai se pronunciar.

Durante o interrogatório, a irmã de Iarla contou que o acusado era muito ciumento e descreveu o que ocorreu antes dos disparos. 

"Ele tinha ciúmes de tudo, até se uma pessoa olhava para ela. Sempre tentava descobrir a senha do celular.... No dia da festa, ele disse que estava passando mal e foi buscar a gente no banheiro para ir embora. Lá fora, ele perguntou se minha irmã achava que ele era criança porque ela [Iarla] tinha dançado com todo mundo. Mas minha irmã só dançou com os nossos amigos. Logo, ele pegou a arma e disparou", relatou a irmã de Iarla.

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Término do namoro
Durante o interrogatório, a irmã chorou ao relembrar que Iarla confessou que ia terminar o namoro com o acusado. 

"No dia anterior ao que aconteceu, ele dormiu com ela lá em casa. Já na manhã de domingo, minha irmã disse que ia terminar porque ele era muito ciumento, mas não sei se ela chegou a terminar", disse chorando a irmã. Iarla e o tenente oficializaram o namoro em 12 de junho, dia dos namorados. Para celebrar a data, o acusado deu um buquê de flores para a jovem. Uma semana após, a jovem foi morta. 

Hérlon Moraes
herlonmoraes@cidadeverde.com

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