31/10/2017

Corpo da estudante foi encontrado às margens de rodovia federal. Suspeito está preso.

Suspeito de matar a namorada em Teresina escondeu carro na casa de parentes, diz delegado

Corpo de estudante é encontrado no povoado Mucuim (Foto: Lucas Marreiros, G1 PI)

Após a localização do corpo da estudante Camilla Abreu, nesta terça-feira (31), em Teresina, foi confirmada uma agressão contra a vítima. O capitão da Polícia Militar do Piauí, suspeito do crime, foi preso na tarde desta terça-feira (31) e informou a localização do corpo, em um povoado às margens da BR-343.

De acordo com o coordenador da Delegacia de Homicídios, Francisco Baretta, inicialmente já foi possível confirmar que a estudante foi agredida. “Houve uma pancada que o legista já confirmou”, disse Baretta. O delegado relatou que o suspeito contou uma versão de que deu tiro dentro do carro após ter mantido relação sexual com a vítima.

“Evidentemente estamos investigando para saber. Se ele confessasse ou não a polícia tinha construído as provas para prender ele e deixar um bom tempo na cadeia”, pontuou.

Legistas e equipe da delegacia de homicídios foram ao povoado para localizar corpo (Foto: Lucas Marreiros, G1 PI)

Sobre a confissão do suspeito, Baretta diz que a investigação vai esclarecer outros pontos sobre o crime. “Confessou com riqueza de detalhes na versão dele. A dinâmica, cabe à polícia demonstrar. Ele coloca que houve um desentendimento, uma briga, alegando motivo de traição. Na realidade vamos apurar isso aí. O primeiro ato foi prender ele, apreender o veículo e encontrar o corpo”, disse.

O coordenador da delegacia de homicídios afirmou que há um prazo para a investigação ser concluída. “O carro estava guardado na casa de parentes dele e será encaminhado ao instituto de criminalística”, afirmou Baretta acrescentando que o suspeito era um homem agressivo e tinha um histórico de discussões. O delegado evitou ainda falar do estado em que o corpo foi encontrado.

Peritos fazem investigação no local onde foi encontrado o corpo (Foto: Lucas Marreiros, G1 PI)

"Tenho revolta", diz pai da vítima ao encontrar corpo
O pai da vítima, Jean Carlos Abreu, disse esperar que o suspeito fique preso. O homem acompanhou a localização do corpo e disse que desconfiava do namorado da filha. “Eu falei para ela porque o pai quando vê, ele avisa. Eu soube das agressões depois porque se soubesse antes teria tirado ela dele”, disse o pai da vítima. Jean Carlos disse que soube nos últimos dias de outros episódios de violência envolvendo o policial militar.

“Era normal o comportamento comigo, mas tinha alguma coisa por trás. Agora entendi que era uma pessoa violenta. Uma vez ele deu um tiro em um rapaz porque deu um beijo na minha filha no rosto”, contou ele acrescentando que o suspeito tinha muitos ciúmes da filha dele.

Jean Carlos Abreu falou ainda que esperava encontrar a filha viva. “Ninguém imaginava que ele tivesse matado ela. Na sexta ele entregou a arma no quartel, que era para o comando ter pego ele nesta hora. Esperava encontrar ela viva. Eu tinha esperança. Tenho revolta, mas não tenho nem palavras”, disse o pai.

Família registrou desaparecimento após encontro
Camilla desapareceu na madrugada de quinta-feira (26) após ir para a faculdade de Direito. Depois, ela teria se encontrado com o namorado, um capitão da Polícia Militar, de 35 anos, com quem namorava havia um ano.

O tio da vítima contou que desde quinta-feira não há contato da jovem com a família. "Ela saiu para a faculdade, depois se encontrou com o namorado e foram a um restaurante. Depois disso não tivemos mais contato com ela. Não ligamos na quinta-feira, pois achávamos que estava na casa do namorado, mas, com o passar do tempo, fomos ligando e ela não atendia", contou Jandeylton Rodrigues, tio da jovem.

Depois de tentar falar com Camilla pelo celular, sem sucesso, os familiares decidiram, no fim da tarde da sexta-feira (27), ligar para o namorado. A resposta do homem deixou a família ainda mais preocupada, diz o tio.

"Ele [o namorado] não atendia às chamadas, mas, no fim da tarde de sexta-feira, conseguimos falar com ele. A história que ele nos contou foi que a deixou no portão de casa e saiu", disse Rodrigues.

Fonte: G1 PI

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