22/09/2017

PM é baleado durante rebelião na Penitenciária Vereda Grande

Penitenciária Vereda Grande (Foto: Internet)

Os detentos promoveram, na manhã desta quinta-feira (21), uma rebelião na Penitenciária Gonçalo de Castro Lima, a Vereda Grande, na zona rural do município de Floriano, no Sul do Piauí. Segundo a direção da Penitenciária Vereda, a rebelião aconteceu pelo fato dos agentes penitenciários proibirem a entrada de mantimentos trazidos pelos familiares no presídio.

O movimento já foi controlado, mas deixou um rastro de destruição. Os pavilhões A, B e C foram destruídos pelos detentos, que jogaram pedras nos agentes e quebraram as celas. Todos os agentes e policiais que estavam de folga reforçaram o combate à rebelião. Foi jogado bomba de gás lacrimogêneo e spray de pimenta.

Equipes da Força Tática do 3º Batalhão da Polícia Militar (BPM) foram ao local com objetivo de controlar a situação. Durante a rebelião, um policial militar foi ferido atingido por balas durante o tiroteio para o controle da revolta dos presos. A rebelião começou às 10h. A greve dos agentes penitenciários, que começou no dia 11 de setembro, é apontada como uma das causas da confusão na unidade prisional.

Durante o período da greve, estarão paralisadas as atividades de transferências de presos entre unidades, recebimento de presos, transporte de detentos para audiências e visitas. Os agentes continuam exercendo atividades básicas dentro dos presídios. A greve atinge a todas as unidades prisionais do Piauí.

Rebelião controlada
A Secretaria de Justiça do Piauí informou que, com apoio das forças de segurança pública do Estado, controlou, às 13h desta quinta-feira (21), o motim que aconteceu na Penitenciária Regional de Floriano.

O secretário de Justiça, Daniel Oliveira, afirma que a motivação dos presos para se amotinarem foi o não cumprimento, por parte do "comando de greve", da determinação do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) para que os servidores retornem às atividades.

“Vamos comunicar, na Justiça, por meio da Procuradoria Geral do Estado, o fato de o tal 'comando de greve' não estar cumprindo com a determinação judicial de permitir que as visitas entrem com sacolas nos presídios e vamos cobrar para que arquem com o gasto que teremos que fazer na recuperação da unidade", afirma o gestor.

Oliveira reforça que, “lamentavelmente, o comando de greve já está há 10 dias prejudicando muitas ações no sistema prisional, além de não cumprir na integralidade a determinação do TJ, ao boicotar a entrada de familiares com sacolas ou alimentos e pertences para os presos".

Controlado o motim, os presos dos três pavilhões da unidade penal – que tem 380 detentos – foram colocados na área de contenção. Os danos nos três pavilhões da unidade foram de média proporção, de acordo com a Secretaria de Justiça.

Após estabilizar a situação, a Secretaria de Justiça já determinou o levantamento financeiro dos danos e prejuízos causados pelo setor de Engenharia.

Fonte: Portal MN

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