05/09/2017

PF descobre fraude do INSS com 109 beneficiários fantasmas e rombo anual de R$ 1,2 milhão

Operação cumpre 14 mandados judiciais em Teresina e mais cinco cidades do Maranhão, que são Codó, Timbiras, Coroatá, Presidente Dutra e São Luís. 

 
Sede da Polícia Federal onde uma pessoa presta depoimnento na Operação Lava Jato em Teresina 
(Foto: Catarina Costa/G1 PI) 

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (5) a Operação Fantôme, que investiga crimes previdenciários nas cidades de Teresina e mais cinco cidades do Maranhão, que são Codó, Timbiras, Coroatá, Presidente Dutra e São Luís. São cumpridos 14 mandados judiciais, além da determinação para que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspenda o pagamento de 109 benefícios de 'fantasmas', que geraram um prejuízo anual de R$ 1,2 milhão. 

Entre os mandados judiciais estão dois de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão, além do sequestro de bens imóveis e de veículos em poder dos principais investigados. A Força-Tarefa Previdenciária é feita em parceria com a Secretaria de Previdência e o Ministério Público Federal (MPF). 

As investigações, iniciadas no ano de 2012, levaram à identificação de um esquema criminoso no qual eram falsificados documentos públicos para fins de concessão de benefícios de Amparo Social ao Idoso a pessoas fictícias, além do recebimento indevido de benefícios previdenciários após o falecimento do titular. 

"A organização criminosa contava com um funcionário de uma instituição bancária em Timbiras e outro da agência dos Correios em Codó. Essas pessoas eram responsáveis pela abertura de contas correntes, realização da prova de vida e renovação de senha bancária. Fazia parte, ainda, um servidor do INSS, atualmente aposentado, além de intermediários e agenciadores", informou a Polícia Federal. 

O prejuízo, inicialmente identificado, aproxima-se de R$ 10,2 milhões. O prejuízo anual, a ser evitado com a suspensão dos benefícios, gira em torno de R$ 1,2 milhão. Os investigados presos serão indiciados pelos crimes de estelionato previdenciário, organização criminosa e lavagem de capitais. 

A operação contou com a participação de 50 policiais federais e de dois servidores da área de Inteligência Previdenciária, a Assessoria de Pesquisa Estratégica e Gerenciamento de Riscos (APEGR). O nome Fantôme, na tradução da língua francesa significa 'fantasma', em alusão ao esquema criminoso cujo modus operandi seria a utilização de pessoas fictícias, criadas apenas para que o verdadeiro autor não aparecesse nas operações fraudulentas.

Fonte: G1 PI 

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