17/05/2017

Ilha Grande município porta de entrada para o Delta do Parnaíba

Revoada de Guarás - Foto: Chico Rasta 

A cidade de Ilha Grande, localizada a 340 quilômetros de Teresina, é banhada pelo oceano Atlântico e pelos rios Parnaíba e Igaraçu e faz limite com a localidade parnaibana de Ilha Grande de Santa Isabel. O município é a porta de entrada para o Delta do Rio Parnaíba. Antes de ser emancipada, em 1994, Ilha Grande era conhecida como o povoado Morro da Mariana. A origem deste nome remete ao século XVII e à senhora Mariana Alexandre Viana que, após a viuvez, se instalou próximo às margens do igarapé ligado ao Rio dos Tatus. O artesanato do município é nacionalmente famoso por conta de suas rendeiras que chamaram a atenção de estilistas e artistas de renome. Já, o Santuário de Nossa Senhora Mãe dos Pobres, no Centro da cidade, é um símbolo da religiosidade da população e apresenta obras em cerâmica, além de um mirante. Os festejos da santa ocorrem no mês de julho e juntamente com o Festival do Caranguejo, que é realizado em novembro, formam as festas mais importantes do município. Além disso, Ilha Grande possui as praias do Pontal e do Cotia são praticamente inexploradas. Outra atração natural, são os chamados Lençóis Piauienses, lagoas formadas no meio das dunas, no período chuvoso. O acesso é fácil pelo povoado Morro Branco. 

Como Chegar: 
Carro: A partir da avenida Presidente Getúlio Vargas, cruzar a ponte Simplício Dias e seguir na Rodovia PI 210. Ao avistar uma bifurcação, seguir em frente, à esquerda, na continuação da PI 210 (o caminho à direita é a PI 116 que leva à praia da Pedra do Sal). 

Ônibus: Viação Marcelino (86 99402-1413) e Viação São Francisco. 

O ponto de ambas as viações fica na Praça Constantino Correia, no Centro de Parnaíba, próximo à Sorveteria O Pirata. 

Delta do Parnaíba 
Os passeios ao Delta do Parnaíba são obrigatórios para todos os que visitam o litoral do Piauí. A região era habitada por tribos de índios Tremembés e teve o seu primeiro registro feito por um europeu, por meio do navegante Nicolau Resende, ainda no Século XVI. As dezenas de ilhas que se formam na foz do Parnaíba guardam espécies raras de animais como o guará, pássaro de penugem vermelha escarlate, cuja revoada pode ser vista em uma única ilha do arquipélago, sempre no fim da tarde. Há ainda macacos-prego, guaribas, jacarés, cobras, aves migratórias e muitos outros bichos. Além das ilhas, é possível apreciar as dunas e, durante a época das chuvas, uma região conhecida como Lençóis Piauienses, ainda pouco explorada. Há uma variedade muito grande de pacotes ofertados por diversas agências de turismo, que estão localizadas, sobretudo, em Parnaíba e vendem os tradicionais passeios em grandes embarcações com preço médio de R$ 60. O roteiro sai pela manhã (a hora depende da maré) e geralmente inclui lanche à base de frutas, almoço e caranguejada no fim da tarde. Há também as rotas específicas como aquelas voltadas para a observação de animais (inclusive à noite), pescaria, outros que incluem passeios de buggy, trilhas pelas dunas e degustação de comida local. Os horários variam e a quantidade de passageiros também. 

Santuário 
O Santuário de Nossa Senhora Mãe dos Pobres fica localizado no Centro de Ilha Grande e possui peças de argila de artistas locais que criaram imagens de santos e da Via Crucis para decorar o local. A ideia de construí-lo veio do padre italiano Pedro Quiritti que, com o apoio de outros sacerdotes da Itália, conseguiu trazer da Europa a imagem da Virgem e a colocou no ponto mais alto do Morro da Mariana, em janeiro de 1989. A santa tem sua história ligada à cidade belga de Banneux, onde a menina Mariette Beco teria visto oito aparições de Nossa Senhora, entre janeiro e março de 1930. A Virgem teria dito à garota que bebesse a água de uma fonte e que este líquido seria capaz de curar os enfermos. O santuário de Ilha Grande tem entrada gratuita e está aberto à visitação todos os dias das 7h às 18h. A estrutura tem ainda um mirante, a partir do qual é possível ter uma ampla visão da cidade. Para chegar até ele, é preciso subir 33 degraus, que representam cada um dos anos de Jesus Cristo. O município celebra a santa no mês de julho, sendo este o segundo festejo mais importante, atrás apenas das festas da padroeira Nossa Senhora da Conceição, em dezembro. 

Associação das Rendeiras do Morro da Mariana 
A arte da renda de bilro passa de geração para geração há muitas décadas na cidade de Ilha Grande, e é tecida por dezenas de mulheres que se reuniram e criaram a associação em 1992. Nove anos depois, elas foram apresentadas ao estilista Walter Rodrigues que, por meio de um projeto, iniciou uma parceria que unia essa tradição secular com a alta-costura. Desta forma, a fama da qualidade do trabalho das piauienses ganhou o Brasil e o mundo, e as rendas já foram usadas por artistas e personalidades como a ex-primeira dama, Marisa Letícia. Hoje em dia, as rendeiras trançam as linhas como no passado: usando o bilro, espécie de carretel onde a linha é armazenada, que é feito de coco de tucum e um pedaço de madeira. Elas trabalham na sede da associação ou mesmo em casa e produzem brincos, gargantilhas, bicos, aplicações, luminárias, blusas, vestidos, entre outros objetos, que podem levar de horas a meses para ficar prontos. As peças estão à venda na associação e também podem ser encomendadas e enviadas para todo o Brasil. A sede da associação está situada na Av. Vitoriano Ribeiro, 380. O telefone para contato é (86) 3323-0187 / 99485-9084. Funciona de Segunda a Sábado das 7h às 11h e 13h às 17h. 

Fonte: CCom, via proparnaíba

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