04/04/2017

Viaturas da Polícia Civil estão sem combustível em todo o Piauí há 20 dias, diz Sindepol

Segundo sindicato dos delegados, todo o trabalho da polícia está prejudicado. Secretaria de Segurança informou que cartões para abastecimento das viaturas serão regularizados nesta terça-feira (4). 

Imagem ilustrativa/Web
O Sindicato dos Delegados de Polícia Civil de Carreira do Estado do Piauí (SINDEPOL) denunciou nesta segunda-feira (3) que as viaturas da Polícia Civil estão sem combustível há 20 dias. Segundo a presidente do sindicato, delegada Andrea Magalhães, o cartão usado para o abastecimento está suspenso em todo o estado. Secretaria de segurança pública do estado admite pendência no pagamento, mas nega falta de combustível. 

“Estamos há 20 dias sem poder dar continuidade no nosso trabalho. Na capital estamos recebendo uma ‘notinha’ para abastecer 20 litros para uma semana, o que é muito pouco. No interior alguns estão conseguindo gasolina fiado para fazer investigações e intimações. Me pergunto quem é que vai pagar essa conta”, falou. 

Em nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Piauí informou que os créditos nos cartões de abastecimento das viaturas devem ser regularizados a partir desta terça-feira (4). Segundo a SSP-PI, havia uma pendência no pagamento com a empresa responsável pelo serviço, mas que a Secretaria Estadual de Fazenda quitou a dívida. Disse ainda que não houve interrupção no abastecimento das viaturas durante este período de atraso. 

Um delegado de uma cidade localizada no médio Parnaíba, que pediu para não ser identificado, afirmou que os créditos dos cartões de combustível foram cortados há cerca de um mês. Sem crédito, os veículos vêm sendo abastecidos com notas e o débito já chega a R$ 900. 

“Cortaram o cartão há um mês e desde então a gente vem andando o mínimo possível, mas isso compromete o trabalho da Polícia Civil. Como podemos investigar, fazer diligências, cumprir mandados de prisão, levar um preso para o presídio sem combustível? O veículo é fundamental para a efetivação do nosso trabalho, sendo que nossa delegacia responde por cinco cidades”, disse para o G1. 

A presidente do Sindepol informou que o caso foi repassado ao Ministério Público do Piauí e ao poder Judiciário do estado. Destacou ainda a importância de a população estar ciente sobre a situação. “Vamos denunciar sempre que algo acontecer, afinal quem paga com a interrupção do nosso trabalho é a população e ela tem que estar consciente de tudo que acontece. Somos cobrados diariamente e assim não podemos fazer nada”, finalizou.

Fonte: G1 PI 

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