15/03/2017

Greve dos agentes penitenciários atinge 100% dos trabalhadores


O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), José Roberto, afirmou que a greve da categoria, de um dia, teve a adesão de 100%, dos 800 trabalhadores nas 15 unidades penitenciárias de Teresina e do Interior.

Segundo ele, a greve é pela aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 308-2004, que prevê a criação da Polícia Penal, dedicada exclusivamente ao controle e das atividades das penitenciárias; e contra a PEC 287/2016, que prevê a reforma da Previdência.

José Roberto fala que um estudo feito pela Universidade de São Paulo (USP) aponta que a média da expectativa de vida dos agentes penitenciários é de 45 anos, enquanto a proposta da reforma da Previdência estabelece a idade mínima para se aposentar de 65 anos. “Não vamos nos aposentar nunca. Essa idade de 65 anos, dificilmente vamos atingir”, afirma.

Ele declara que a situação dos agentes é de pressão e de má condições de trabalho. José Roberto diz que são 800 agentes para atender 4 mil presos. Segundo ele, na Casa de Custódia são 12 de plantão para trabalhar com 1.022 presos. “Não temos como controlar uma situação dessa com esse número”, declara o presidente do sindicato.

Com a greve, presos deixaram de ser soltos; visitas íntimas e familiares não foram realizadas; as escoltas e condução dos presos para audiências marcadas pela Justiça também foram prejudicadas e as visitas de advogados e defensores públicos foram proibidas.

Os serviços mantidos foram de contagem de presos; os banhos de sol; alimentação e vigilância dos presídios.

Durante um discurso, na Casa de Custódia, José Roberto disse que o diretor da penitenciária, o tenente Jean Carlos, anunciou que as visitas que não foram feitas nesta quarta-feira (15), serão repostas no sábado e domingo. O presidente do Sinpoljuspi, porém, afirma que caso isso aconteça, os agentes bloquearão as entradas. Ele fala que as visitas sã ofertadas às segundas e quartas-feiras, e que os sábados e domingos não são incluídos na agenda. “Podem nos matar, mas vamos bloquear a entrada para evitar a reposição de visitas”.

Fonte: Meio Norte

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